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Um cinismo gigantesco

Matar crianças é a coisa mais humanitária do mundo

Folha de S. Paulo publica texto afirmando que Israel pretege vidas humanas

O jornal golpista Folha de S. Paulo publicou um artigo chamado “Israel busca proteger a vida e o Hamas sacrifica os palestinos”, escrita por Daniel Bialski, Rony Vainzof e Claudio Lottenberg, todos eles diretores da Confederação Israelita do Brasil. Só pelo título, já é possível notar o chorume contido na matéria, de um cinismo inacreditável diante da realidade do que está acontecendo em Gaza.

O artigo começa dizendo que “Presenciamos, com enorme consternação, em pleno século 21, a barbárie praticada pelo grupo terrorista Hamas, que prega a extinção do Estado de Israel em sua carta de fundação. Os seus líderes fazem declarações extremistas, com apelo para ‘atacar todos os judeus do planeta'”.

Israel bombardeia livremente milhares de civis, obriga milhões de pessoas a se deslocar de suas casas, cometeu um genocídio inacreditável e os três autores tem a cara de pau de falar na “barbárie do Hamas”.

Os Hamas, segundo nossos puros diretores da confederação israelita, prega a extinção do Estado de Israel, um grande motivo para Israel, um Estado fortemente armado, matar milhares de civis inocentes. Coloquemos na balança: pregar o fim do Estado de Israel versus exterminar milhares de pessoas inocentes. Uma é pregar, ou seja, falar, dizer a outra é exterminar literalmente. Mas os autores do texto acham mesmo que a barbárie vem do Hamas.

Esse é o “argumento” que os sionistas conseguem expressar para defender o massacre que Israel está promovendo. Vejam só.

Mas vamos ao problema central. Pregar o fim de um Estado é um direito de qualquer grupo. É uma colocação política e nada mais do que isso. Se pode dizer que um Estado X, ou seja, determinada instituição política, formada sobre determinadas bases, deve acabar. Eis um argumento totalmente legítimo e político. Se isso justifica o que Israel está fazendo, então qualquer colocação política pode estar sujeita a ser reprimida com a mais absurda força bruta.

Do mais, o Hamas está coberto de razão em pedir a extinção desse Estado artificial que foi inventado pelo imperialismo para controlar a região. O imperialismo inventou, o imperialismo enviou europeus para lá, o imperialismo acobertou a colonização do local, o imperialismo acobertou a expulsão dos palestinos, o imperialismo armou Israel até os dentes e acoberta os contínuos massacres contra o povo.

Esse Estado tem que acabar!

“Israel sempre busca agir tentando minimizar os danos aos civis palestinos, ao fazer alertas sobre os ataques iminentes, e atrasando ou abortando operações em zonas-alvo. Enquanto Israel busca proteger a vida humana, o Hamas sacrifica os palestinos, e somente busca atentar contra a vida dos israelenses.”

Pois bem, esse Estado artificial e genocida, vejam só, se preocupa com os palestinos. Quanta bondade!

“Como impedir que o Hamas pratique tais atrocidades de novo, considerando que é um grupo genocida, pedindo o assassinato de judeus e a aniquilação de Israel? Não há outra resposta que não o direito absoluto de Israel se defender contra o terrorismo, proteger sua população e desmantelar definitivamente o Hamas para poder voltar a viver em paz.”

Vamos dar razão aos autores do texto, ignorando o caráter artificial do Estado de Israel que explicamos acima. Um Estado teria, em geral, direito de se defender de um ataque. Mas um Estado não tem o direito de fazer o que Israel está fazendo e faz há décadas que é uma limpeza étnica contra os palestinos.

É um cinismo nojento dizer que o Hamas é genocida quando ele não é nada mais do que um grupo que está se defendendo de um Estado que pratica limpeza étnica contra seu povo.

“É assustador assistirmos um festival de antissemitismo e discurso do ódio. Especialistas no conflito culpam as vítimas do massacre recente —israelenses — por terem sido atacados. É o velho antissemitismo, dessa vez, camuflado dentro de um infeliz verniz acadêmico.”

E aí, para finalizar, o bom e velho “antissemitismo”. Na falta de argumentos, acuse o outro de ser antissemita. Como se os árabes não fossem semitas. Mas isso não importa, a discussão é política, como explicamos acima. Não adianta vir com o truque de tipo identitário, porque isso não cola.

O imperialismo tenta desesperadamente esconder os crimes de Israel. Por isso, os autores do texto se sentem à vontade para dizer todas essas barbaridades. Mas negar a realidade não adianta. Ele passa por cima quando menos esperamos.

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