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HISTÓRIA DA PALESTINA

Massacre de Saliha: mais de 100 mortos pelas tropas sionistas

O ataque foi iniciado com as tropas explodindo possivelmente uma mesquita, onde diversos aldeões palestinos se abrigavam. Entre 60 a 94 foram assassinados de uma só vez

Na época do Mandato Britânico da Palestina, antes da fundação de “Israel”, Saliha era um vilarejo de cerca de 11.735 km², com uma população de aproximadamente mil muçulmanos. A maior parte da atividade econômica da aldeia era voltada para a produção de cereais. Em 1948, com a Resolução 181 da Organização das Nações Unidas, através da qual foi oficializado o Plano de Partilha da Palestina, ficou determinado que o vilarejo de Saliha faria parte do Estado Palestino. Contudo, na configuração territorial, ele faria fronteira norte com o que deveria ser o Estado Judeu.

As tropas do sionismo atacaram Saliha em 30 de outubro daquele mesmo ano, ataque este que durou até o dia 2 de novembro, resultando em mais um dos incontáveis massacres que resultaram na Nakba. Cometido pela Sétima Brigada das Forças de Defesa de Israel, sob o comando do general Moshe Carmel, o ataque foi iniciado com as tropas explodindo um local (possivelmente uma mesquita, como era prática comum), onde diversos aldeões palestinos se abrigavam. Estima-se que entre 60 a 94 foram assassinados de uma só vez.

Para se aferir como realmente se deu a limpeza étnica da Palestina, são necessários os testemunhos daqueles Palestinos que foram expulsos de suas terras. O jornalista inglês Robert Fisk, ao entrevistar um dos dois sobreviventes do massacre, contribui para desvelar com qual nível de violência se deu a expulsão de quase 1 milhão de palestino de suas terras em pouco menos de dois anos. O sobrevivente, no caso, é Nimr Aoun e, segundo ele:

“Quando o exército judeu chegou, foram entregues panfletos aos aldeões dizendo que seriam poupados se se rendessem, o que fizeram devidamente. A área estava cercada por treze tanques (outros relatos falam de 10 carros blindados) e, enquanto os aldeões permaneciam juntos, os israelenses abriram fogo. Ele sobreviveu, embora ferido, escondendo-se sob os cadáveres e depois rastejando na calada da noite, encontrando um burro e cavalgando nele até Maroun para uma cirurgia.”

Em outra ocasião, relatou uma vez que as tropas sionistas haviam cercado o vilarejo, oficiais ordenaram que os aldeões entregassem suas armas e se rendessem em frente a uma mesquita. Quando a ordem foi obedecida, os oficiais ordenaram as tropas sionistas a abrir fogo, matando cerca de 70 pessoas:

“Os cadáveres foram deixados a apodrecer durante quatro dias, e depois vieram as escavadoras israelitas e empilharam-nos na mesquita, que foi depois explodida com explosivos”.

Segundo relata Ilan Pappe em seu livro “A Limpeza Étnica da Palestina”:

“[…] execuções ocorreram aqui também .Em 31 de outubro de 1948, as forças judaicas executaram mais de oitenta cervejas apenas na aldeia de Hula, enquanto na aldeia de Saliha as tropas israelenses massacrou mais de 100 pessoas. Uma pessoa, Shmuel Lahis, que mais tarde se tornaria Diretor-Geral da Agência Judaica, foi levado perante um tribunal militar na época, por executar sozinho trinta e cinco pessoas”.

Os palestinos que sobreviveram foram expulsos da aldeia de Saliha, o mesmo modus operandi que se repetiria inúmeras vezes até a consumação da Nakba.

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