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Petróleo Zero

Marina Silva quer matar o povo de fome

A ministra do Meio Ambiente, ligada ao Itaú e à Open Society, defende o fim da Petrobrás, é uma FHC fantasiada de mulher ambientalista

A ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva, é notoriamente ligada ao imperialismo, ao Itaú e à Open Society de George Soros. Ela já foi usada de manobra contra a presidenta Dilma em 2010 e em 2014, ano em que apoiou Aécio neves no segundo turno. O ambientalismo, sua principal bandeira, é uma das principais pautas do imperialismo para atacar os países atrasados. A ministra deixou transparecer a sua política pró imperialista em uma entrevista à ONG Sumaúma neste mês de março. A própria ONG fez questão de destacar a posição de Marina sobre a Petrobrás, que na prática pede a sua extinção, ou seja, a sua política é a mesma nos grandes monopólios imperialistas do petróleo.

A entrevistadora Eliane Brum, ex El Pais, perguntou a Marina: “Em 2008, no segundo mandato de Lula, você deixou o governo e, em 2009, deixou o PT. O petróleo pode ser tema de discórdia neste terceiro mandato? Como você pretende enfrentar essa questão?” a qual a ministra respondeu: “Temos que começar celebrando conquistas, para a gente não ficar sempre na estaca zero. Nós tínhamos um governo que fez a escolha pelo petróleo, fez a escolha pelo genocídio, fez a escolha por não vacinar, fez a escolha por não respeitar direitos humanos, fez a escolha por ser racista e fez a escolha por ser machista e homofóbico.”

A primeira resposta da ministra é totalmente absurda. Ela coloca Bolsonaro como aliado do petróleo na tentativa de indispor as bases da esquerda contra esse recurso natural e principalmente contra a Petrobrás. Bolsonaro foi responsável junto a Temer a fazer milhões de brasileiros regredirem a fornos à lenha. Não só isso como entregou uma enorme parcela da empresa para os estrangeiros, manteve a política de paridade de preços internacional a serviço dos acionistas estrangeiros. Para Bolsonaro, o petróleo só deve ser explorado se for lucrativo para empresas estrangeiras. É claro que na prática uma Amazônia controlada pelo imperialismo seria muito mais desmatada que uma Amazônia brasileira.

Mas depois, Marina piora ainda mais a sua declaração: “Na minha opinião, e aí é a minha opinião pessoal, a Petrobras não pode continuar como uma empresa de exploração de petróleo. Isso é um desafio para o governo e um desafio para os seus acionistas. Ela tem que ser uma empresa de energia que vai usar inclusive o dinheiro do petróleo para fazer essa transição [energética], para deixar essa fonte que é altamente impactante para o equilíbrio do planeta.” Aqui já está escancarada a política imperialista de destruição da Petrobrás. A empresa existe para extrair, refinar e distribuir os derivados de Petróleo. No ramo da energia já existe a Eletrobrás, que Marina não comenta nada. Marina portanto defende a extinção da Petrobrás, o sonho de FHC e de Joe Biden.

É preciso compreender a gravidade dessa colocação. No Iraque, o imperialismo assassinou milhões de pessoas em nome do petróleo, na Síria o mesmo, na Líbia o país deixou de existir. No Irã o golpe de Estado de 1953, para retomar o controle do petróleo, criou a ditadura mais brutal do mundo na época. Na Venezuela o governo está sempre sob ameaça de golpe e ao mesmo tempo consegue se sustentar por ter acesso a esse recurso importantíssimo. No Brasil, é possível que existam as maiores reservas de petróleo do mundo, é uma riqueza imensurável. Basta imaginar o Brasil, com o tamanho e desenvolvimento de sua classe operária, e a quantidade de dinheiro que possui o Qatar por exemplo. É um dos recursos que permite que o Brasil potencialmente seja a nação mais rica do planeta.

Isso sem falar da política recente em que a Petrobrás foi um dos principais alvos do golpe de Estado de 2016. Toda a sua diretoria era espionada pela NSA, como denunciou Snowden. Marina pode fazer um discurso bonito, mas ela esconde a política real do imperialismo, o saque do petróleo brasileiro pelos monopólios imperialistas. A Open Society e o Itaú não querem um planeta verde, querem lucrar e a Petrobrás estatal é um entrave aos seus lucros. Toda a política de proteção ambiental é, na verdade, a preparação de um golpe para roubar os recursos naturais do Brasil. Os países imperialistas falam da Amazônia, mas não preservam as suas próprias florestas, a França inclusive mantêm minas de ouro na sua colonia, a Guiana Francesa.

A Petrobrás tem que usar o dinheiro para investir em outras energias definitivamente, mas não como forma de abolir a extração de petróleo, mas sim como desenvolvimento da economia nacional, inclusive construindo hidrelétricas, que Marina também ataca. Com tamanha riqueza não é preciso se deter ao ramo da energia, o petróleo brasileiro deve servir de base para a industrialização do país em todos os ramos. Dos mais tradicionais como siderurgia e automóveis aos mais modernos, computação, semicondutores etc. Mas ao se analisar a política dos ambientalistas fica claro que não é só contra a Petrobrás que eles lutam, mas sim contra toda a indústria brasileira. A indústria estrangeira no entanto, paga os seus salários, então eles “travam uma luta” bem menos enérgica.

E ainda em um plano mais imediato, há uma população na casa dos 30 milhões de brasileiros que passam fome dada a miséria criada pelo golpe de Estado. A indústria do petróleo é uma das principais do país, ela portanto não deve ser reduzida, mas sim ampliada, para lutar contra o problema da fome e da pobreza como um todo. Ao invés de se falar em fim da Petrobrás, uma loucura imperialista, a ministra deveria falar em estatização total do petróleo nacional para que todas as questões do meio ambiente estivessem sujeitas a crivo da população. A Shell, a Total Energies, a ExxonMobil, a Statoil não tem interesse nenhum no meio ambiente brasileiro. Apenas a Petrobrás, sujeita ao Estado nacional, poderia inserir e seu planejamento a questão ambiental. O mesmo vale para todas as grandes indústrias. A Vale é o melhor exemplo, a empresa pública nunca teve grandes desastres, privatizada destruiu o Rio Doce.

Só por suas ligações com o imperialismo Marina deveria ser expulsa do governo Lula. Mas com tais declarações fica clara que ela é uma agente estrangeira no governo Lula. O Brasil tem plena capacidade de preservar o meio ambiente e manter um desenvolvimento industrial real, a oposição entre ambos é uma política imperialista. A Europa e os EUA estão muito atrás em qualquer preservação ambiental, mas a propaganda em cima da Floresta Negra ou das florestas de Sequoias é inexistente ante a gigantesca propaganda de “preservação da Amazônia”. Marina Silva é uma ministra a serviço do imperialismo, dos bancos e das ONGs estrangeiras, ela não pertence há um governo fruto da luta da classe operária.

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