A revista oficial da burguesia internacional, a Financial Times (FT), publicou entrevista com Marina Silva, intitulada “Brazil environment minister demands ‘ceiling’ on oil production” (Ministra do Meio Ambiente do Brasil exige ‘teto’ para produção de petróleo) para promover seus interesses em sabotar o potencial energético brasileiro. A ministra do Meio Ambiente, que tem ligações com George Soros e com ONGs imperialistas, deixou suas digitais na imprensa golpista internacional.
De acordo com Marina, o Brasil deve considerar limitar a produção e a exploração de petróleo. “Uma questão que terá que ser enfrentada é a questão dos limites, um teto para a exploração de petróleo. É um debate que não é fácil, mas que os países produtores de petróleo terão de enfrentar”, disse Marina Silva ao Financial Times.
Os interesses do Financial Times
“Seus comentários (da Marina Silva) refletem uma tensão nos esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para jogar os dois lados do debate climático – queimando as credenciais ambientais do Brasil na proteção da ecologia crucial da Amazônia, enquanto apoia a perfuração de petróleo por seus benefícios econômicos. O Ministério da Energia estabeleceu uma meta de aumentar a produção de 3 milhões de barris por dia no ano passado para 5,4 milhões até o final da década”, afirma a revista.
Aqui o Financial Times está fomentando uma discórdia para desestabilizar o governo. E vai além:
“Mas sua missão enfrenta obstáculos até mesmo dentro do governo de esquerda, principalmente do Ministério de Energia e da estatal Petrobras, que esperam aproveitar novos campos offshore gigantes para aumentar a produção de petróleo”.
E expõe, um pouco mais, sobre as preocupações do imperialismo:
“O plano energético tornaria o Brasil o quarto maior produtor mundial, à frente de Irã, Canadá e Kuwait. No início deste mês, o país se juntou ao grupo Opep+ – que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados -, embora Lula tenha insistido que seu status continuará sendo o de observador”.
Petróleo não serve apenas para fins energéticos
A demanda por petróleo é cada vez mais, na realidade. Petróleo é matéria-prima, além de combustíveis:
- Em cosméticos, 80% dos ingredientes são petróleo. Os componentes mais comuns são óleos, ceras, perfumes, corantes e outros produtos petroquímicos. Subprodutos de petróleo também são encontrados em xampus, condicionadores e corantes capilares;
- Borracha sintética, tecnologia essencial para dar estabilidade térmica e resistência aos produtos, substituindo o látex com mais versatilidade;
- Artigos esportivos, sapatos e pneus tem uso da borracha sintética, que também é utilizada como isolante para fios e cabos;
- Desde a lubrificação íntima óleo de motor são feitos de petróleo, e certamente sempre estarão nos carros elétricos. Graxa, parafinas de velas podem conter até mais de 80% de óleo;
- O benzeno é produto do petróleo e estão em quase todos os medicamentos.
- A maioria dos produtos de limpeza contém petróleo;
- Asfalto;
- Tecidos sintéticos com fibras à base de petróleo. A maior das roupas é feita de fibras sintéticas, como cortinas, sofás, carpete, etc. Alguns dos tipos mais comuns são o nylon, spandex, acrílico e poliéster. Então, da próxima vez que você colocar um pedaço de roupa, tenha em mente que você está praticamente vestindo petróleo;
- Alimentos, que independentemente do nível de “orgânico” que seja, em algum momento do circuito produtivo se fez a partir de petróleo. Fertilizantes sintéticos e pesticidas também estão nesse circuito produtivo. Além disso, conservantes, aromas e corantes fazem parte do cotidiano. Graças ao petróleo a produção de alimentos pode ser elevada;
- Quase todos os plásticos são feitos a partir de petroquímicos, isso inclui os telefones celulares e computadores que servem para ler esta coluna.
O que quer Marina?
Marina é uma peoa do jogo da burguesia imperialista que quer produzir fome e miséria no País. De acordo com Marina, em entrevista para o FT, “O Brasil é produtor de petróleo. Este é um debate que terá de ser feito, mesmo no contexto de guerras. Estamos comprometidos com o objetivo de triplicar as energias renováveis. Mas tudo isso não pode ser feito se não discutirmos a questão dos limites à exploração”.
Diante da infinidade de produtos derivados de petróleo, qual é o limite que Marina Silva quer impor? O limite ao crescimento? Causar a fome e desnutrição? Quer limitar a produção a partir da limitação do acesso da população ao transporte mais barato e alimentação digna?
Como é triste e lamentável ter uma ministra como essa, que vai na contramão do discurso do governo que quer matar a fome do povo!
O governo devia prepara uma desacoplagem desse sistema de imposição da “Economia Verde”, a bem da proteção do povo. É notório que apesar de todas as sinalizações do governo, o Financial Times, porta-voz do imperialismo e todos os demais representantes da classe dominante internacional, vão continuar tensionando o tema em favor de nossa miséria. Por exemplo, de acordo com o FT:
“Alexandre Silveira, ministro da Energia do Brasil, disse ao Financial Times que não vê “nenhuma contradição” entre as metas de petróleo e gás do país e sua aspiração de liderar a transição mundial para a energia verde. Ele disse que as receitas do petróleo ajudariam a financiar a mudança”.
E continua:
“O foco de Brasília nos combustíveis fósseis, no entanto, tem provocado ceticismo internacional, especialmente porque Lula regularmente pede aos países ocidentais que arquem com um fardo financeiro maior para proteger a floresta amazônica e o meio ambiente global”.
Isso significa que o imperialismo está incomodado tanto com a possibilidade de desenvolvimento brasileiro com base na riqueza do petróleo, tanto em relação à persistente busca de Lula por recursos para a Amazônia. Essa situação remete à Zelensky buscando recursos para a guerra da Ucrânia/EUA/OTAN contra a Rússia. Após esta matéria do FT, o governo brasileiro deveria mudar os rumos de sua política definitivamente.
Até porque os ataques do imperialismo continuam, o FT ouviu membro do Greenpeace Brasil para endossar Marina e o imperialismo:
“O Brasil disse uma coisa, mas fez outra na cúpula da COP28 [em Dubai]. É inaceitável que o mesmo país, que diz defender a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 grau, esteja anunciando seu alinhamento com o grupo dos maiores exportadores de petróleo do mundo”, disse Leandro Ramos, do Greenpeace Brasil.
Batendo ponto no Financial Times (25 participações), Marina Silva colabora com a sabotagem ao governo Lula, mas, principalmente, para ajudar a propagar uma das maiores ideologias deste século, com rótulo de ciência, o “aquecimento global”. Estão endossando uma farsa e parte da esquerda está comprando a tese da ONU, uma instituição que pertence aos grandes capitalistas.
