As Organizações não-governamentais (ONGs) são órgãos de planejamento e espionagem para o imperialismo. Existem cerca de 10 milhões de ONGs em todo o mundo. Além de terem ligação direta com os Estados imperialistas, produzem ideologia e a comunicação que serve para dominar a sociedade.
De acordo com o Ipea, no Brasil, existem cerca de 815 mil ONGs que geram 6 milhões de postos de trabalho, dos quais 2 milhões e 300 mil são empregos formais. Além desse volumoso número, existem milhões de pessoas que servem gratuitamente às ONGs, sem contar os financiadores e doadores, aqueles que incentivam a desestabilização e os inocentes que acreditam nessas organizações.
ONGs se especializam a partir de determinado ângulo ou temática. A Open Society, por exemplo, é uma ONG especializada em temas relativos à “sociedades abertas”, ao “liberalismo” político em oposição às “sociedades fechadas”. Fantasiosamente cria ditaduras a partir de mitologias, de mentiras contra países que não se alinham aos Estados Unidos.
Márcia Tiburi é uma das funcionárias mais conhecidas de ONG, financiada pela Open Society, uma das organizações mais nefastas do mundo, responsável por uma série de golpes de Estado e mortes decorrentes de guerras indiretas e “revoluções coloridas” pelo mundo.
Anos atrás, Márcia Tiburi se autoexilou em Paris, supostamente fugindo do bolsonarismo. Agora, Tiburi, via coluna no Brasil 247, escreveu uma carta a uma amiga sionista. O eixo da conversa foi uma das pautas da Open Society, que é o fanatismo religioso. A ideia é tentar classificar a guerra de Israel contra a Palestina como uma guerra movida pelo fanatismo.
Tiburi começa: “Percebi que suas redes sociais deram um salto em número de seguidores desde que você começou sua intensa campanha sionista. Sempre ouvi seus argumentos sobre a existência de um Estado de Israel […]. A princípio não sou contra os Estados, desde que a religião fique de fora disso”, e continua “eu fiquei preocupada. Vi que você caminhava para o fanatismo“. (grifos nossos)
Tiburi, como lhe é peculiar, escreve uma carta em tom pedante, apesar de que esta não contribuiria nem mesmo com a lição mais elementar sobre o conflito, até porque essa guerra não se explica pela religião, mas pelos interesses do imperialismo no Oriente Médio e da limpeza étnica pelo Estado fascista de Israel. Tiburi, como especialista em “fascismo”, sequer mencionou o real fascismo de Israel na carta à amiga.
Essa amiga da carta, segundo Tiburi, teria a chamado de “petista defensora do Hamas”, e a resposta dada pela funcionária da Open Society foi: “logo eu que acho o Hamas um bando de machistas amantes da guerra”.
Essa é a velha desculpa identitária para condenar todos os povos que se levantam contra a opressão. O Hamas não é um partido machista, é um partido que, apesar de sua ideologia islâmica, tem relações profundas com as massas palestinas. São representantes do povo, incluindo das mulheres da Palestina, na luta armada contra o Estado nazista de Israel.
Além disso, o Hamas considera o papel das mulheres palestinas fundamental no processo de construção do presente e do futuro, assim como sempre foi no processo de construção da história palestina. É um papel fundamental no projeto de resistência, libertação e construção do sistema político.
Além caluniar o Hamas, Tiburi tenta igualar o banho de sangue causado por Israel na Faixa de Gaza com a ação heroica dos combatentes do Hamas contra essa opressão de décadas. “Queria que você pudesse ver que o ataque do Hamas a Israel, a morte e o sequestro dos israelenses é tão horrível quando é tenebroso o genocídio que o Estado de Israel move contra o povo palestino”.
Márcia Tiburi demonstra que é tão sionista quanto à amiga que ela tenta convencer que estava errada. Primeiro porque as mortes aos civis ocorrida no dia 7 de outubro foram cometidas principalmente pelos israelenses, com o uso de helicópteros Apaches, fuzilando o público da rave; segundo porque não se compara 1.200 mortes de israelenses aos bombardeios sistemático e uso de fósforo branco que ocasionaram mais de 12 mil mortes de palestinos em pouco mais de um mês.
Só mesmo uma mente perturbada é capaz de igualar uma ação defensiva do Hamas a uma ação genocida por parte de Israel. O que preocupa nesse posicionamento de Márcia Tiburi é que mais de 6 milhões de onguistas no Brasil vão pelo mesmo caminho, o caminho do sionismo envergonhado e pró-imperialista.