Por quê estou vendo anúncios no DCO?

E aí, governo brasileiro?

Manter relações com Israel é ser cúmplice de genocídio

Até governo ultra-moderado da Bolívia decidiu romper com Estado sionista

Para os trotskistas, que sempre defenderam a destruição da excrecência que é o Estado de Israel, um enclave imperialista imposto aos árabes para agir como uma polícia de todo o Oriente Médio, o rompimento de relações diplomáticas com o Estado sionista sempre foi uma coisa óbvia. Afinal, trata-se de uma ocupação ilegal, criminosa do território onde vive um povo há séculos.

A carnificina em curso, no entanto, coloca na ordem do dia a reivindicação de “fim das relações com o Estado de Israel” não apenas para as organizações trotskistas, mas sim para qualquer governo que seja minimamente democrático e que não seja um fantoche do Departamento de Estado norte-americano. O que Israel tem feito ao povo palestino supera, em uma série de aspectos, o que os nazistas fizeram na Segunda Guerra Mundial. O bombardeio da população civil palestina, população essa que sequer conta com um exército para sua proteção, já seria suficiente para prender todo o alto escalão do governo israelense por crime contra a humanidade.

As barbaridades de Israel são tão grandes que, mesmo os sionistas sendo integralmente apoiados pelo imperialismo norte-americano, o governo Netanyahu já está sofrendo várias sanções diplomáticas. Na terça-feira (31), o governo ultra-moderado de Luís Arce – tão moderado que está causando uma crise com os setores populares do partido que o elegeu – decidiu romper relações diplomáticas com Israel, tornando-se o primeiro país latino-americano a fazê-lo desde o começo do conflito.

“Exigimos o fim dos ataques na Faixa de Gaza, que até agora causaram milhares de mortes de civis e o deslocamento forçado de palestinos; bem como a cessação do bloqueio que impede a entrada de alimentos, água e outros elementos essenciais à vida, violando o Direito Internacional e o Direito Internacional Humanitário no tratamento da população civil em conflitos armados”, afirmou a vice-ministra das Relações Exteriores da Bolívia.

No mesmo momento em que a Bolívia rompia com Israel, o governo chileno convocou seu embaixador em Tel Aviv para falar sobre “as violações inaceitáveis ​​do Direito Internacional Humanitário que Israel cometeu na Faixa de Gaza”, segundo um boletim do Ministério das Relações Exteriores. Chama a atenção que o governo Boric já sequer é um governo ultra-moderado, como o de Luís Arce, mas um governo pró-imperialista, que inclusive se chocou recentemente com o governo Lula por defender que os países latino-americanos condenassem a Rússia pela invasão da Ucrânia. O governo colombiano, chefiado por outro presidente bastante moderado, Gustavo Petro, que chegou a tentar formar uma organização pró-imperialista com Boric em oposição ao Foro de São Paulo, também convocou seu embaixador e afirmou: “Se Israel não parar o massacre do povo palestino, não poderemos estar lá”.

Ao mesmo tempo em que os governos ultra-moderados da América Latina ensaiam um rompimento com Israel, o Irã, que coleciona choques contra o imperialismo desde a revolução de 1979, pediu que países muçulmanos deixem de enviar petróleo e itens básicos a Israel até que os bombardeios em Gaza sejam interrompidos.

Há definitivamente uma forte tendência dos países que não estão diretamente sob a bota do imperialismo a romper as relações com o criminoso Estado de Israel. Isso, por sua vez, acontece por dois motivos: 1) as atrocidades dos sionistas ultrapassaram qualquer limite imaginável; 2) a esmagadora maioria dos países quer o imperialismo enfraquecido no Oriente Médio.

Diante desse cenário, é uma vergonha para qualquer governo que aspire alguma independência dos Estados Unidos manter as relações com Israel. O governo Lula deve seguir a tendência dos países oprimidos e não apenas romper as relações de Israel, como se valer de sua posição de destaque na Organização das Nações Unidas (ONU) e colocar em pauta os crimes do Estado sionista.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.