Em razão do dia de Al-Quds, ocorreram diversas manifestações em apoio à Palestina e em defesa do fim do Estado de Israel pelo planeta. Os maiores atos foram registrados no Irã, onde o povo saiu às ruas em mais de mil cidades, gritando palavras de ordem como “Morte a Israel”, “Morte aos Estados Unidos” e “recuperaremos Jerusalém”.
O dia de Al-Quds (ou “dia de Jerusalém”) foi instituído no Irã, durante a Revolução Islâmica em 1979, pelo ayatollah Khomeini, para ser um dia de luta pela queda de Israel. O dia foi marcado por fortes discursos em defesa da libertação palestina, além de fortes críticas ao regime de apartheid israelense.
As principais cidades que receberam manifestações foram a capital iraniana, Teerã, e as cidades de Tabriz (noroeste), Hamadan (oeste), Yazd (leste), Bandar Abbas (sul) a Abadan (sudoeste). Além do Irã, outros países também contaram com mobilizações em apoio à libertação palestina: foram o caso do Iraque, que registrou atos em sua capital, Bagdá, do Líbano, que contou com atos em Beirute, e da Síria, em que aconteceram manifestações em um campo de refugiados em Damasco. A cidade de Gaza, na sitiada faixa de Gaza, também registrou no dia de Al-Quds.
Além das já citadas, outras palavras de ordem foram estampadas em cartazes. Por exemplo, “a destruição de Israel está próxima”, “a Palestina é o eixo da unidade do mundo muçulmano”, “Não aos Estados Unidos” e “Sim à Jerusalém, não à normalização” – em referência à normalização das relações com Israel, promovida pelos Emirados Unidos, pelo Bahrein e por Marrocos.
O presidente iraniano, em apoio às manifestações, participou da marcha e fez uma declaração contra “os crimes do regime sionista, especialmente os insultos à Mesquita Al-Aqsa”. A mesquita, citada por Ebrahim Raisi, é o principal templo sagrado muçulmano e foi vítima de ataques por parte das forças armadas israelenses durante o ramadã – mês sagrado para as religiões islâmicas.
Além do Oriente Médio, a população de países da América Latina também saiu às ruas para denunciar o regime genocida de Israel e para defender a libertação da Palestina. Na Venezuela, ocorreu uma manifestação na praça Bolívar, em Caracas, e contou com representantes diplomáticos do Irã e membros do governo de Nicolás Maduro.
No Brasil, ocorreu uma exposição de fotos na Avenida Paulista para denunciar os atentados à mesquita de Al-Aqsa e o regime de colonização israelense.
Finalmente, ocorreram manifestações em todo Oriente Médio e, inclusive, em outros países do mundo como uma forma de defesa da Palestina. As palavras de ordem, sobretudo no Oriente Médio, foram duríssimas, como não podiam deixar de ser, para expressar a difícil situação a que o povo palestino está submetido por conta da opressão imperialista. É preciso acabar com o regime genocida de Israel, com o princípio de um Estado binacional, democrático, laico e livre do controle do imperialismo para a região.
A classe operária de todos os países do mundo deve prestar total solidariedade aos companheiros palestinos, que lutam pela libertação nacional. Organizações como o Hamas e o Hezbollah cumprem um grande papel progressista para os oprimidos de todo o mundo ao organizar uma resistência contra o apartheid sionista.