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Civilização contra barbárie

Maioria dos países repudia “Israel”

Resolução da Assembleia Geral da ONU sobre genocídio em Gaza isola "mundo civilizado" como patrocinadores dos crimes de Israel

A máscara do apoio ao sionismo caiu na última sexta-feira (27), quando a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução (não vinculativa, como de costume para o órgão performático do imperialismo) clamando por uma “trégua humanitária” em Gaza à luz do início da incursão terrestre de “Israel” no enclave palestino. Por 120 votos a favor contra apenas 14 contrários e 45 abstenções, ficou claro que a maioria do mundo é contrário ao banho de sangue promovido pelos sionistas em Gaza.

Eis os 14 países que votaram pela continuação do horror israelense contra os palestinos:

  • Áustria
  • Croácia
  • Estados Unidos
  • Fiji
  • Guatemala
  • Hungria
  • Israel
  • Ilhas Marshall
  • Micronésia
  • Nauru
  • Papua Nova Guiné
  • Paraguai
  • República Tcheca
  • Tonga

Surpreende a posição húngara do governo nacionalista de Viktor Orbán, acusado abertamente de antissemitismo por sua cruzada contra a ingerência das ONGs de George Soros em seu país. Orbán parecia ter certa autonomia em relação ao imperialismo, mas a crise palestina, coveira dos oportunistas políticos, deixou mais claro seu papel na política internacional. Os demais países, sabidamente controlados pelo imperialismo, alguns deles tão pequenos que parecem existir apenas para fazer número nesse tipo de votação, acompanharam os Estados Unidos e Israel em sua posição genocida.

Os demais membros do G7, nome fantasia do bloco de países imperialistas, optaram por abster-se, certamente com medo do repúdio popular que sofreriam em seus casa, caso votassem contra uma trégua humanitária diante do despejo de um carpete de bombas sobre a população civil palestina. Assim como no caso do grupo que votou contra a resolução, houve uma surpresa nos votos a favor. Os franceses, talvez único país imperialista que busque certa autonomia em relação à dominação norte-americana, votou pela trégua. O presidente francês Emmanuel Macron, porém, já visitou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na semana passada e, sem condenar as agressões sionistas, falou em terrorismo do Hamas e ofereceu apoio francês aos aliados israelenses. Parece que o voto francês na ONU não passa de um sinal demagógico para evitar conflitos domésticos. Finalmente, Macron é alvo de enormes manifestações populares praticamente desde o primeiro dia de seu segundo mandato.

Em seu discurso na Assembleia Geral, o embaixador israelense Gilad Erdan disse que esse “será um dia que ficará marcado na infâmia”. Só se for pela lembrança dos atos perpetrados por “Israel”.

Em nome dos norte-americanos, representantes canadenses buscaram apresentar uma pequena emenda que condenava o Hamas por “um dos piores ataques terroristas na história”. A emenda foi derrubada por 88 votos a favor e 55 contra, com 23 abstenções e prevaleceu o texto original redigido por representantes de países árabes.

A represente dos Emirados Árabes Unidos, país que temporariamente integra o Conselho de Segurança da ONU, declarou que, ao contrário das resoluções do Conselho, as aprovadas pela Assembleia Geral “carregam incrível peso e autoridade moral” por envolver todos os países-membro. Em termos relativos, mais de 62% dos 193 membros da ONU repudiaram as ações de “Israel”.

No último dia 19, em ocasião da visita do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak a Israel, Netanyahu, em coletiva de imprensa com Sunak disse que as ações de “Israel” eram “a batalha por todo o mundo civilizado. A batalha de Israel, a batalha dos países árabes modernos, a batalha da civilização ocidental, a batalha do mundo livre, a batalha pelo futuro” (Meeting Sunak, Netanyahu calls on world to stand with Israel in ‘its darkest hour’, The Times of Israel, 19/10/2023).

Se o “mundo civilizado” está com Israel, ele é uma minoria. Mas examinemos a civilidade dos que negaram ou se abstiveram diante da trégua. O que esperar dos Estados Unidos, que ceifaram milhões de vidas apenas neste século nas guerras do Afeganistão e do Iraque e que continuam a aumentar seu contador de vítimas na Ucrânia? O que esperar do Reino Unido, apenas uma sombra da brutal potência colonial que foi no século XIX, mas que está sempre a postos para mais uma ofensiva imperialista com seus parceiros norte-americanos?

Países considerados “ditaduras autocráticas” como Rússia, China, Irã e Coreia do Norte estão ao lado de países historicamente pacíficos como o Brasil e a quase totalidade dos países latino-americanos em defesa de que se interrompa o morticínio em Gaza. A vasta maioria dos países africanos que já foram subjugados pelas potências imperialistas, que têm conhecimento de causa sobre o terror vivido pelos palestinos no último mês, também se posicionaram pela trégua humanitária.

A “civilização” a que se refere Netanyahu nada mais é do que a barbárie imperialista. Israel mostra em Gaza a verdadeira face do imperialismo, uma política de limpeza étnica genuinamente nazista e o mundo, “civilizado” ou não, rejeita essa barbárie.

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