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Lula na Arábia Saudita

Magnatas do petróleo vão “ajudar” Brasil a produzir energia verde

As organizações de luta dos trabalhadores precisam pressionar no sentido oposto, da defesa dos interesses nacionais, de mais de 200 milhões, pela exploração de 100% do petróleo

Segundo maior produtor mundial de petróleo com uma produção média diária de aproximadamente 11 milhões de barris, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e alguns capitalistas receberam, em Riad, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, país concorrente no mercado mundial de petróleo e que, atualmente, tem produção média de 3 milhões de barris por dia. 

As reservas estimadas dos sauditas também são as segundas maiores do mundo. O país tem disponíveis exorbitantes 297 bilhões de barris, cerca de 17% de todas as reservas mundiais, ficando atrás apenas da Venezuela, que foi alijada do mercado mundial do petróleo nos últimos anos por conta da criminosa política de bloqueios e embargos contra o País, e seguidas tentativas do imperialismo (e é claro das companhias petrolíferas) de derrubar o governo que cria obstáculo para que o “ouro negro” seja roubado do nosso vizinho.

Como se livrar dos concorrentes?

Como os EUA produzem apenas parcialmente para o seu consumo interno e é o maior importador de petróleo, o problema para a Arábia Saudita e os grandes monopólios do setor é conter os demais concorrentes que, se aumentarem sua produção e exportação, podem provocar uma queda no valor do barril do petróleo e, consequentemente, dos lucros desses senhores.

Além da Venezuela, os tubarões sauditas, norte-americanos e consorciados também vêm agindo para eliminar outros concorrentes como a Rússia, com uma produção média diária de 10 milhões de barris, aproximadamente, e possui 6% de participação nas reservas mundiais, com 107 bilhões de barris; após terem contido e assaltado o Iraque, detentor da quinta maior produção de petróleo no mundo com capacidade de cerca de 4 milhões de barris por dia e com 145 bilhões de barris a serem explorados (8% de todo petróleo descoberto no Mundo). Esses dois foram contidos, em maior ou menor grau, pelas guerras provocadas, justamente, pelos EUA.

O “sujo” petróleo brasileiro e a propostas dos “amigos”

Eis que se anunciam estudos que apontam que o Brasil – que possuí reservas provadas de 14,856 bilhões de barris de petróleo – pode ter, apenas na Margem Equatorial, reservas de mais de 40 bilhões de barris, sem contar o que pode ser encontrado, por exemplo, na Amazônia, região próxima da Venezuela, com as maiores reservas do melhor petróleo do mundo. Ou seja, nosso País pode – seguramente – figurar entre as maiores reservas de petróleo do Mundo e tornar-se um forte concorrente no mercado internacional.

O que propõem então nossos “amigos” (da onça) da Arábia Saudita, fazendo coro com nossos “grandes amigos” magnatas do petróleo como George Soros, que financiam ONGs para fazerem campanhas a respeito do assunto no Brasil, com a ministra Marina Silva, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro? Que não invistamos em explorar nosso petróleo, que abandonemos por completo a ideia de nos tornarmos um dos maiores produtores e exportadores mundiais de petróleo. Deixemos isso, esse trabalho “sujo” e penoso, que rende para os bilionários príncipes sauditas um PIB de mais de um trilhão de dólares (2022), eles se sacrificam pelo povo brasileiro!

A Arábia Saudita tem menos de 35 milhões de habitantes e, se o PIB fosse dividido igualmente por toda a população (PIB per capita), isso significa cerca de 28.904 euros por habitante (cerca de R$150 mil anuais ou R$12,5 mil por mês por habitante). É claro que a imensa maioria do povo saudita não vê a “cor” desse dinheiro.

Os príncipes, “tão bonzinhos”, como que saídos de um conto de fadas, querem livrar o Brasil dessa imensa riqueza e se ofereceram para nos “ajudar” a produzirmos “energia limpa”; até mesmo que “podem” investir US$10 bilhões em projetos de infraestrutura ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e energia limpa no Brasil, sendo US$9 bilhões nos próximos sete anos. Ou seja, estariam dispostos a aplicar cerca de um milésimo do seu PIB anual (que poderia despencar caso o Brasil e outros países passassem a produzir mais petróleo) para que o Brasil produza apenas “energia limpa”, enquanto eles produzem “energia suja”.

A direita “ecológica” aplaude

Mostrando seu cinismo e seu papel servil ao imperialismo, a imprensa capitalista “nacional” comemora. O que é bom para os príncipes sauditas e para os grandes monopólios do petróleo, seria bom para o Brasil.

Mostrando seu atordoamento, sob intensa pressão do imperialismo e dos Cavalos de Troia pró-imperialistas e “ambientalistas” do seu governo, Lula celebra, como que encantado com o “ouro de tolo”: “em dez anos, Brasil será a Arábia Saudita da energia renovável”, afirmou o presidente segundo a Agência Brasil.

A esquerda e as organizações de luta dos trabalhadores precisam pressionar no sentido oposto, da defesa dos interesses nacionais e dos mais de 200 milhões de brasileiros que nada têm a ganhar com essa “oferta” dos “mui amigos” príncipes e tubarões consorciados.

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