Durante entrevista para a Band News, o presidente Lula voltou a atacar a ‘independência’ do Banco Central e com discurso bem radicalizado afirmou categoricamente que o Brasil não pode ser refém do diretor da instituição, Campos Neto. Desde quando assumiu a presidência da república, Lula vem defendendo que o Banco não pode ser independente e que tem que abaixar a taxa básica de juros que neste momento chega à casa de 13,75%, a maior do mundo e deve baixar imediatamente.
Esse tipo de situação tem deixado a economia do país totalmente paralisada. Faz com que o Brasil não consiga se desenvolver, impede a reindustrialização e quem sofre mais é a classe pobre e oprimida da população brasileira. As farpas entre o presidente do BC e o Lula têm se acentuado, durante a entrevista, nesta quinta-feira, o presidente eleito foi direito e afirmou que não foi Campos Neto o escolhido pelo povo para governar. A imprensa golpista e a direita estão defendendo com unhas e dentes essa suposta “autonomia” do BC.
“Ora, por que que esse cidadão, que não foi eleito para nada, ele acha que ele tem o poder de decidir as coisas e ainda ‘vou pensar como posso ajudar o Brasil’. Não, você não tem que pensar em como ajudar o Brasil, você só tem que pensar como reduzir a taxa de juros para que esse país volte a ter crédito, para economia voltar a funcionar, é isso que tem que fazer”, disse Lula.
Roberto Campos Neto foi indicado ao cargo por ninguém menos que Bolsonaro, obviamente atendendo aos interesses de banqueiros internacionais. Essa escolha tem sabotado sistematicamente o desenvolvimento do país. A política desse cidadão é totalmente contrária aos interesses povo brasileiro e por isso deve retirado do cargo que ocupa. Banco Central independente é para manter os lucros da burguesia internacional. Na realidade, de independente o Banco não tem nada, muito pelo contrário, é submisso ao controle do grande capital.
“E isso não é bravata minha porque não tenho interesse de ficar brigando com presidente do Banco Central. A única coisa que eu acho é o seguinte: esse país não pode ser refém de um único homem”, completou o presidente Lula. A presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, também já se posicionou contra a questão e exigiu, inclusive, a saída do presidente da instituição. “É um absurdo uma taxa de juros de 13,75%”, afirmou Gleisi em entrevista a Guilherme Amado, do Metrópoles. “Está gerando desvantagem competitiva para o Brasil. É contra o Brasil. Acho que ele tinha que pedir para sair do Branco Central, ele não tem nada a ver com esse projeto que ganhou nas urnas.
Porém, este não é o único cavalo de Troia dentro do governo atualmente, é preciso colocar para fora todos os golpistas, bolsonaristas e outros sabotadores do país. Ministros do União Brasil, do PSD, Solidariedade e outros partidos direitistas não são bem-vindos em um governo eleito pelo povo e que coloca em xeque o golpe de Estado de 2016.
