Os crescentes lucros dos maiores bancos privados do País e as gritantes contradições da situação de crise da população em geral revela que é necessário dar um basta à enxurrada de dinheiro que beneficia meia-dúzia de capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais que estão lucrando bilhões às custas da miséria do povo.
Segundo os últimos dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômico (Dieese), divulgados no dia 08 de dezembro, de janeiro a setembro de 2023, os lucros dos três maiores bancos privados do País (Banco Itaú/Unibanco, Bradesco e Santander), juntos corresponderam a R$46,77 bilhões. O Bradesco alcançou um lucro de R$13,42 bilhões; o Itaú/Unibanco R$26,12 bilhões e o espanhol Santander R$7,13 bilhões. Quando adicionados outros dois bancos estatais, também gigantes do sistema financeiro, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, esses cinco bancos totalizam, no período citado, a soma de R$80,64 bilhões (Banco do Brasil, R$26,12 bilhões e Caixa, R$7,76 bilhões).
O lucro dos banqueiros se dá em grande medida graças à política econômica imposta ao governo Lula que sofre uma intensa pressão dos setores da direita dita “civilizada” dentro do próprio governo, setores estes cujo objetivo é atender os interesses daqueles parasitas sociais.
As altíssimas taxas de juros (a maior do mundo) mantida pelo Banco Central “independente” (Campos Neto é um representante direto dos banqueiros no BC) garante aos monopólios financeiros uma enorme poupança, facilmente constatada pelos enormes lucros obtidos pelos bancos, mesmo com a crise econômica mundial.
Não é à toa que a principal fonte de lucro dos bancos foi a concessão de empréstimos. Conforme os dados do Dieese, “os ativos dos cinco bancos somados totalizaram R$9,72 trilhões em setembro de 2023, com alta média de 8,2% em relação a setembro de 2022. Parte desse crescimento se deve ao crescimento das carteiras de crédito desses bancos que, somadas, atingiram R$4,82 trilhões, com alta média de 6,8% em 12 meses. No segmento de Pessoa Física, os itens que se destacam são crédito consignado, cartões de crédito e imobiliário. Para Pessoa Jurídica, o segmento de pequenas e médias empresas também apresentou variações significativas”. (Dieese 08/12/2023)
O parasitismo dos bancos em relação ao conjunto da sociedade, em particular sobre o povo trabalhador, é um dos maiores fatores de crise e evidencia o nível de degradação do capitalismo em sua etapa atual, imperialista. Para garantir os ganhos bilionários dos bancos em um reduzido grupo de monopólios, dezenas de milhões de pessoas são condenadas à fome, impondo-se no País, por conseguinte, um regime de terror, repressão e cassação de direitos democráticos da maioria do povo. É a ditadura dos bancos.