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Rapper britânico

Lobby sionista por trás de censura a Lowkey

Em razão de sua posição política em defesa dos palestinos, expressa através de sua arte e de seu podcast, o lobby sionista pressiono o Spotify para remover o rapper da plataforma

Com a ação libertadora da resistência palestina no último 7 de outubro, “Israel” e sua máquina de propaganda sionista colocaram em movimento uma enorme campanha de perseguição a todos os apoiadores da luta dos palestinos, atingindo níveis jamais vistos.

A fim de demonstrar que essa perseguição não vem de hoje, que apenas foi elevada a novos patamares, sendo parte intrínseca do sionismo a tentativa de silenciar os palestinos, cumpre relembrar a tentativa do lobby israelense de censurar o rapper britânico de origem iraquiana Lowkey. À época, essa tentativa saiu pela culatra.

Além de rapper, Lowkey também é um ativista pela causa palestina e, igualmente, apresentador do podcast The Watchdog, do sítio de jornalismo investigativo MintPress, através do qual expressa sua oposição ao sionismo e a “Israel”.

Tendo em vista suas posições políticas, e o fato de expressar elas também em suas músicas, foi alvo de tentativas de censura por parte do lobby sionista que, agindo através de organizações “não governamentais” como a We Believe e o aplicativo Act.Il, fez a típica campanha de difamação acusando o rapper de ser antissemita, e expressar ódio aos judeus em sua música. Uma curiosidade que vale ser mencionada: o referido aplicativo (Act.Il) é um serviço de rede social usado por apoiadores de Israel para se opor ao “conteúdo anti-Israel” online.

O próprio rapper esclarece bem o funcionamento desse aplicativo:

“O objetivo do aplicativo é mobilizar exércitos eletrônicos para se inserirem em conversas no que chamam de um novo tipo de guerra… Vejo isto como essencialmente uma extensão da guerra pela liberdade de expressão contra os palestinianos dentro da Palestina.”

Através de mecanismos como este, o lobby israelense fez uma campanha para pressionar a plataforma de música digital Spotify a fim de retirar a música de Lowkey das redes, tirando parte de seu ganha-pão.

Ocorre que essa tentativa saiu pela culatra. Apoiadores do músico fizeram uma petição online direcionada ao Spotify, pedindo para não ceder à pressão dos sionistas. A petição ganhou, inclusive, adesão de nomes de peso da cultura mundial, inclusive atores de Hollywood, como Mark Ruffalo, Michael Malarkey and Liam Cunningham. É claro, Lowkey também recebeu apoio dos músicos Roger Waters (fundador do Pink Floyd e notório apoiador da luta dos palestinos), de Peter Gabriel (ex-vocalista das lendas do rock progressivo, Genesis) e da banda de rock Primal Scream.

Ainda em relação ao apoio vindo do mundo da música, o rapper britânico recebeu apoio de inúmeras figuras do hip hop. Mas o apoio não ficou restrito ao âmbito cultural, de forma que o parlamentar Nkosi Zwelivelile Mandela, neto de Nelson Mandela, também saiu em defesa de Lowkey.

Em suma, a tentativa do lobby sionista de calar o rapper britânico revelou-se um fracasso retumbante. Tentaram-no perseguir por sua defesa contundente do povo palestino, mas não conseguiram, dando uma demonstração da decadência da máquina de perseguição de “Israel”.

Contudo, o sionismo não se deu por satisfeito, e abriu outra frente para continuar sua perseguição a Lowkey. Afinal, o rapper continuava em sua defesa dos palestinos e com suas denúncias da ditadura sionista, em especial denunciava a tentativa do lobby em lhe retirar do Spotify.

A frente se deu na União Nacional dos Estudantes da Inglaterra. O lobby sionista, através de uma carta assinada por ex-presidentes da UNS demonstra “preocupação com eventos antissemitas que ocorreram no âmbito da UNS”. Contudo, o único exemplo que deram foram do rapper Lowkey, e do fato de que ele participaria de uma conferência promovida pela entidade, conferência esta que acabou sendo cancelada por pressão da União dos Estudantes Judeus (UJS, esta que mantém laços estreitos com o governo de “Israel”.

Conforme exposto no sítio Mintpress, a carta diz que Lowkey seria um raivoso racista anti-judeu. E por que razão? Pois, ele disse que a imprensa imperialista usou o fato de Zelensky ser judeu para mascar o fato de que o regime ucraniano surgido após o Euromaidan (golpe promovido pelo imperialismo em 2014) ser todo dominado por reais nazistas ucranianos.

Assim, vê-se que as acusações de antissemitismo feitas pelo lobby israelense (e reverberadas pela imprensa burguesa mundial) são sempre acusações falsas. Na realidade, são acusações para tentar desmoralizar perante a opinião pública aqueles que lutam contra o imperialismo e, principalmente, aqueles que lutam pela libertação do povo palestino, contra o Estado de “Israel”. Conforme o lobby sionista, todos os que se opõe à ditadura fascista de “Israel” seriam antissemitas.

Nesse sentido, conforme também relatado pelo Mintpress, “UJS está atualmente a liderar uma campanha para que a nova presidente da UNS, Shaima Dallali – uma muçulmana – seja removida do seu cargo antes mesmo de o iniciar. Na terça-feira, enviaram uma carta ao conselho de administração da NUS alegando que Dallali era anti-semita”.

Vale lembrar que a perseguição a Lowkey ocorreu antes de 7 de outubro. Desde então, as acusações do lobby sionista, de que todos que lutam pelos palestinos são antissemitas e devem ser processados e presos, chegou ao paroxismo.

Na Europa, em países como a França, a Alemanha, e a Inglaterra, os governos nacionais passaram normas proibindo não só as manifestações em defesa da Palestina, mas o próprio uso dos símbolos e bandeiras características do povo palestino.

Nos EUA, atores de Hollywood como a ganhadora do óscar Susan Sarandon e a atriz Melissa Barrera também estão sendo perseguidas por saírem em defesa dos oprimidos.

O músico Roger Waters, baixista e fundador do Pink Floyd, também não foi poupado da perseguição, afinal é um defensor da Palestina de longa dada. Vem sendo perseguido por sua posição durante toda sua turnê mais recente, em especial na América do Sul, em países como Argentina, Uruguai e Colômbia.

E, é claro, a perseguição do lobby sionista recaiu forte no Brasil. Já em outubro o jornalista Breno Altman foi censurado, tendo seu canal do Youtube parcialmente desmonetizado. Agora, foi proibido de falar contra “Israel”, em ação movida pela Conib, sob pena de multa de centenas de milhares de reais. Clara censura! A perseguição do sionismo também caiu sobre o Partido da Causa Operária (PCO), cujos membros de sua direção como Franciso Weiss, Vinícius Rodrigues e João Jorge Caproni Pimenta foram alvos ou de ameaças de morte, ou de abertura de processos criminais, tanto por parte de parlamentares bolsonaristas, como por parte do lava-jatista Deltan Dallagnol.

A tentativa do lobby sionista de pressionar o Spotify para remover o rapper Lowkey da plataforma, e os casos citados acima, servem para mostrar que as redes sociais estão profundamente totalmente alinhadas ao sionismo. Quando não é uma censura direta, é indireta, no sentido de se dificultar/impedir as denúncias do que acontecem em Gaza de serem divulgadas.

Apesar de ser algo de extrema gravidade, abre janelas de oportunidade para a ação dos oprimidos, afinal, a ofensiva virulenta do sionismo contra os direitos democráticos mostra um total desespero de Israel. É um sinal de que estão perdendo a guerra, o que os obriga a adotar cada vez mais métodos extremos (antidemocráticos) para esconder a realidade, no mesmo sentido em que ocorre com o bombardeio genocida de Gaza.

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