A principal liderança indígena de Acará, Lúcio Tembé foi alvo de ataques na madrugada do ultimo domingo (14/5). Segundo informações, o indígena levou um tiro no rosto e se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Belém.
“A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informa que equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar atuaram na ocorrência da vítima identificada como Lúcio Gusmão Tembé. Ele foi encaminhado para uma unidade de saúde. O caso é investigado pela delegacia de Quatro Bocas. No momento diligências são realizadas com objetivo de coletar todos os vestígios e provas que possam contribuir para elucidação do crime, com a identificação dos responsáveis”, escreve o órgão.
Mais uma vítima da polícia e do latifúndio, um ativista do movimento indígena e da luta contra a exploração do óleo de Dendê. De acordo com o relato de testemunhas indígenas, Lúcio regressava à aldeia quando o carro em que viajava atolou. Ao descer do veículo para tentar liberá-lo, o cacique foi abordado por dois homens em uma moto. Um dos motoqueiros puxou uma arma de fogo e disparou contra Lúcio, atingindo-o no rosto.
O índio está fortemente ameaçado pelo latifúndio, pois seus interesses esbarram a grande propriedade de terra improdutiva. Diante disso os índios não devem esperar a tutela do governo, pois o que existe dos fazendeiros e dos governos estaduais e municipais é a “bala”, como vimos no caso do cacique Tembé.
Os indígenas não podem ter ilusões nas instituições burguesas, pois o imperialismo tem promovido uma política demagógica sobre a questão, porém a vida real do índio é a do cacique e tantos outros indígenas que são assassinados ou encarcerados.
Diante da ofensiva é preciso uma organização de auto defesa dos índios e os sem-terra, pois a maioria dos indígenas são sem terra