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Cartolas vendem o Futebol

Libra quer vender Campeonato Brasileiro a preço de banana

Fim do Futebol, futebol virou jogo de azar.

O futebol é o esporte mais popular do mundo e tem como protagonista o Brasil, país que mais fornece bons jogadores ao mundo inteiro, esporte esse que é conhecido por unir pessoas de diferentes classes sociais e culturas. No entanto, nas últimas décadas, o futebol tem passado por um processo de privatização e concentração de renda, o que tem levado à polarização dos clubes e à destruição dos times várzea. Essa tendência é particularmente evidente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, onde a privatização do futebol tem sido um tema polêmico e controverso.

De um lado há os grandes cartolas internacionais querendo entrar no futebol brasileiro; do outro lado há realidade da privatização do esporte que manda exemplos do mundo inteiro sobre a real materialidade que nos espera após a privatização. Esse rebuliço no esporte brasileiro se deve a recente notícia de quinta-feira no qual os clubes da Série B do Campeonato Brasileiro acertaram o acordo para venda de 20% dos diretos de transmissão por 50 anos notícia veiculada em todos os sites esportivos inclusive do grupo Globo e Uol.

No Brasil temos a CBF, A Liga Forte de Futebol Brasileiro – LFF e a Liga Brasileira de FutebolLibra os principais grupos responsáveis pela organização dos campeonatos e pelas decisões acerca do esporte, como regras, normas internas e influencias em leis que atuam dentro e fora do estádio. Recentemente a venda do futebol da série B pela CBF aceitado pela representação da maioria dos clubes da série B não reflete a realidade dos times que disputam os campeonatos bem como não representa a a influência e o impacto que tem os clubes e o futebol em sua diferentes regionalidades no Brasil. O contrato além de pouco pouco esclarecido é um grande tiro no pé dos clubes que compõe o campeonato.

As principais críticas se voltam para a proposta de comprar os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro por 50 anos algo inimaginável atualmente devido a rapidez de informação e mudança bruscas de tecnologias, um contato com tamanho tempo rebaixa a série B a um patamar ainda pior do que é a sua realidade atual gerida pela trágica gestão da CBF.

Esse alvoroço na venda do campeonato se deve em grande medida pelo fato de que os dirigentes de futebol também serem donos de empresas que atuam tanto no ramo esportivo, como no ramo marketing e mercado financeiro. O contrato não é grande negócio para os clubes da Série B, principalmente para os clubes de menor receita e menor torcida, mas é para os investidores e empresário do ramo a “quebra da banca” para os bolsos desses acionistas e empresários.

Nada muda no futebol além do fato de que esses “negociadores” estrangeiros irão de forma arruinar o futebol da série B como já fizeram em vários outros países, com modelos semelhantes da privatização do esporte. Basicamente o contrato tem vários “empresários?” envolvidos, por exemplo a empresa Brax Sport Assets Brax Produção e Publicidade LTDA, com capital social de 3 milhões de reais assumirá o controle dos direitos de transmissão da Série B, assumindo o “risco da operação” e exigindo 4 anos de contrato, com alienação total da negociação com emissoras convencionais e patrocinadores que no caso são as “casas de apostas”.

Muitas apostas e pouco futebol, no atual modelo os clubes terão um aporte financeiro de 9 milhões de reais já retirados impostos e o a contribuição da Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) pagos pela Brax, esse valor é ligeiramente superior aos 7,6 milhões pagos pela CBF anteriormente. O que pega desse contrato é que ninguém sabe quem serão as emissoras de transmissão do esporte, ou seja, vendem o esporte lucram com a atividade esportiva e não se comprometem com o espetáculo, são aproveitadores e vão lucrar muito pois para além da falta de compromisso com a transmissão do esporte, estão tarados para lucrar com apostas, ou seja, querem transformar o futebol em “jogo do bicho”.

O crime de venda do esporte não para por aí, os especuladores acionistas do esporte, os cartolas e toda a equipe um sete um do futebol nessa jogada contra o futebol emplacaram outra empresa com contrato de 50 anos de direitos de transmissão dos jogos da Série B, durante 50 anos ninguém sabe quem serão as emissoras, lançam um valor para medir o futebol inteiro da séria B que seria algo em torno de 4,85 bilhões pela compra de 20% dos direitos, quando diluídos esse valor pelo perpétuo tempo de 50 anos temos aproximadamente 94 milhões distribuídos para todas as equipes da série B, ou seja uma vergonha e um crime de roubo e estelionato do futebol, cabe comparar que a pena máxima de um apenado no código penal é de 40 anos fechado com sua liberdade restrita, 50 anos é uma prisão perpétua para o futebol brasileiro sem transmissão e possivelmente sem dinheiro, pois grande parte desses oportunistas estão manchados com uma tradição desse tipo de “empresários” estarem diretamente ligados a corrupção do esporte tanto em níveis econômicos, quanto a nível esportivo com controle de resultados.

A empresa que está assinando essa pena ao campeonato brasileiro é a Serengeti Asset Management

e a Life Capital Partners com aval da LFF e da Libra que representam a Série A e B do Brasileirão, ou seja, os empresários estão unidos para sabotar o futebol brasileiro em proveito próprio para dar as empresas estrangeiras o controle do esporte no Brasil. A Serengeti e a Life são empresas que gerenciam fundos de investimentos e vão colocar nos bancos que atualmente estão em crises o dinheiro do futebol, no final das contas quem será o maior prejudicado serão os clubes e os torcedores.

E nesse sentido polarização dos clubes é um resultado direto da privatização do futebol. Clubes com acesso a capital estrangeiro e investidores financeiros têm recursos financeiros significativamente maiores do que clubes comunitários e amadores. Isso leva a uma vantagem desigual em termos de recrutamento de jogadores, estrutura de equipe e recursos de marketing. Como resultado, esses clubes têm mais chances de vencer os campeonatos e, assim, aumentar ainda mais sua vantagem competitiva.

No entanto, a privatização do futebol não é um fenômeno novo. Na Europa, por exemplo, muitos dos principais clubes de futebol são de propriedade de investidores privados, como o Manchester United e o Chelsea, que pertencem a bilionários estrangeiros. Embora esses clubes tenham sido capazes de construir equipes altamente competitivas e bem-sucedidas, já esse suposto sucesso se deve a sua direta influência no domínio comercial do esporte pelo mundo, no qual empresários ligados a esses clubes subtraem dinheiro do esporte pelo mundo inteiro com essas aventuras em outros países.

A polarização dos clubes também tem impactos negativos em clubes comunitários e amadores, muitos dos quais lutam para sobreviver em face da concorrência cada vez maior dos clubes privilegiados. A concentração de recursos financeiros e de talentos em um número limitado de clubes também torna o futebol menos diversificado e menos acessível para aqueles que não têm recursos financeiros ou acesso a academias de futebol de elite e assim não seriam “vistos” pelos “olheiros” para compor as o plantel, na verdade é um sistema engendrado para destruir o esporte em médio e longo prazo no qual todo resultado será comprado.

O fim do futebol brasileiro está próximo com esse passo na venda do esporte, para mudar o trágico destino somente a mobilização popular, a mobilização das torcidas organizadas contra a privatização do esporte é fundamental, é preciso colocar a camisa 12 na rua para fazer tremer os cartolas almofadinhas que vendem o esporte mais popular do mundo, tirar dos clubes o controle do empresariado e colocá-lo nas mãos dos torcedores. Por um futebol livre dos tubarões internacionais.

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