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Enviado dos EUA

Kerry mostra que imperialismo cobiça a Amazônia

Agente do imperialismo John Kerry vem ao Brasil fazer pressão contra governo Lula usando ambientalismo como ponta de lança, e exige medidas com relação a Amazônia

Kerry e Marina Silva

O assessor especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, esteve no Brasil e se reuniu com Marina Silva nesta última terça-feira, dia 28 de fevereiro. No encontro, Kerry afirmou que a Amazônia é “um teste para toda a humanidade”, e a caracterizou como um tesouro extraordinário que “pertence a todos”. Kerry também não deixou de sinalizar que tem interesse em elaborar projetos para uma suposta contenção das mudanças climáticas no Brasil, projetos no melhor estilo imperialista para o controle da política nacional.

Kerry sustentou afirmações que dão a entender o interesse do imperialismo de seguir adiante com a internacionalização da Amazônia, implicando que a Amazônia seja de todos. É curiosa a postura dos Estados Unidos e dos demais países poluidores, que não cuidam de seus países, mas têm pretensões de cuidar da Amazônia. Como o caso de Macron, presidente francês, que fazia declarações do mesmo tipo.

Ao longo das últimas décadas, a questão ambiental tem sido uma das maiores preocupações do imperialismo. Todavia, essa campanha tem se intensificado exponencialmente nos últimos anos e tem se concentrado, principalmente, na questão da Amazônia.

Finalmente, o desmatamento de uma floresta que fica dentro do território, por exemplo, do Brasil, só deve ser motivo de ingerência por parte do povo brasileiro. E não de um Parlamento que fica do outro lado do globo. Antes, é um projeto que procura monitorar o País e, dessa maneira, golpear a sua soberania. Não é à toa que a base do projeto em questão é a de que as empresas importadoras possam julgar os produtores na sua cadeia de abastecimento por meio de coisas como monitoramento por satélite.

Além do perigo econômico, com uso o das sanções contra o Brasil, o imperialismo, mais especificamente o americano, também ameaça a soberania nacional por meio de mobilizações militares ao redor do território brasileiro. Os Estados Unidos, o mais ativo e mais poderoso nesta campanha, possuem cerca de 800 bases militares em todo o mundo. Delas, mais de 76 estão na América Latina, ou seja, cerca de 10% do total.

Segundo o Comando Sul Norte-Americano, esses postos pretendem lutar contra o narcotráfico, o crime organizado, fornecer ajuda humanitária e um efetivo de resposta a desastres naturais. Desculpas que tentam justificar o injustificável, a intervenção imperialista no resto do mundo. É curioso, boa parte dessas bases estão localizadas ao redor de reservas naturais, como é o próprio caso da Amazônia.

Aqui, é preciso ficar claro que se trata, antes de mais nada, de um projeto de interferência na política interna de outros países. Qualquer tipo de sanção diz respeito a uma imposição econômica unilateral, que procura forçar seu alvo a aderir à política do país que a emite, sem que seja necessária uma intervenção mais enérgica, como a militar.

É preciso deixar bem claro que o Brasil não necessita de nenhuma ajuda estrangeira para gerir a Amazônia. Não precisamos nem de Estados Unidos, Europa ou qualquer outro país imperialista. A Amazônia é uma das maiores fontes de riquezas naturais do mundo e o interesse dos grandes capitalistas é se aproveitar de uma luta supostamente ambientalista para se apoderar de uma parte enorme do território nacional.

Lula não deve aceitar a pressão externa para ceder o território nacional ao imperialismo. No ano passado, durante a conferência climática da ONU, a COP 27, Lula havia declarado que o Brasil deveria cuidar da Amazônia mantendo a “liderança” e a soberania, ou seja, tendo o papel de destaque e definindo quais seriam os termos para qualquer preocupação ambiental com a floresta. Essa é a posição correta e deve ser mantida. É também uma posição que indica a tendência de Lula à esquerda e de defender um governo nacionalista.

Lula já destacou inúmeras vezes que a Amazônia é do Brasil, e o Brasil tem que cuidar dela com os países da América do Sul que também tem território na Amazônia. Mas há pessoas dentro do governo que estão a serviço de outra política, como a Marina Silva e a Sônia Guajajara, que acabou de trocar afagos com o governo dos EUA. Nossa posição: a Amazônia é do Brasil, fora EUA e o imperialismo daqui!

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