Presos desde o dia 4 de março, José Rainha Júnior, Luciano de Lima e Cláudio Ribeiro, líderes da Frente Nacional de Luta (FNL), tiveram a prisão preventiva revogada nesse dia 12 de junho. Eles estavam detidos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá, no sudoeste de São Paulo. A decisão foi tomada pela 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP).
José Rainha e seus companheiros são vítimas de uma perseguição política impulsionada pelos latifundiários e pela direita golpista. Uma tentativa de intimidar o movimento popular e a esquerda. Não é uma perseguição isolada, ela vem junto com a chamada “CPI do MST”, que visa criar condições para a repressão ainda maior no campo.
Certamente é uma vitória do movimento popular. A campanha contra a perseguição e a prisão de José Rainha tomou corpo e contribuiu para a decisão judicial.
Na III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, a luta pela liberdade de José Rainha esteve em destaque. Além de fazer parte dos dois banners principais da atividade, os comitês imprimiram milhares de cartazes e panfletos para iniciar uma campanha de rua.
A Conferência, em São Paulo, ocorreu nos dias 10 e 11 e o habeas corpus foi expedido no dia 12. Uma vitória da mobilização nacional que os comitês organizaram. Na atividade participaram companheiros de uma série de organizações de luta pela terra, moradia e dos índios, incluindo companheiros da própria FNL.
Essa vitória mostra a importância da mobilização e que é necessário aprofundá-la para conquistar as reivindicações populares.
É preciso colocar em marcha a luta pela expropriação do latifúndio, ocupando as terras e exigindo a reforma agrária. É preciso denunciar a perseguição contra os movimentos de luta pela terra e a ação criminosa dos latifundiários.
A mobilização precisa continuar também, pois a liberdade de José Rainha e seus companheiros ainda é precária e provisória. Se depender da direita, ela colocará na cadeia todos aqueles que lutam por seus direitos.
É preciso unificar as lutas pela terra, moradia e pelos direitos dos índios. Realizar uma mobilização nacional que levante todas essas reivindicações do povo trabalhador da cidade e do campo.