No começo deste ano, José Pessoa, filiado ao PCO, foi processado pelos golpistas da Lava Jato, Moro e Dallagnol, por escrever um cordel contra os dois. Diretamente da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, Pessoa recitou o seu texto “proibido” para o Diário Causa Operária.
“Estou numa situação ‘privilegiada’ por estar sendo processado por Dallagnol e Sério Moro devido a uns versos que publiquei no 247. Vou ler esses versos cabeludos que ele [Dallagnol], inclusive, leu na Câmara:
Sérgio Moro é bandido
A casa caiu de vez
Deve ser cassado e preso
Para pagar o que fez
Tacla Duran confirmou
Com coragem e altivez
Esse ex-juiz de merda
Sujou a magistratura
Esse verme desgraçado
Merece a sepultura
O seu fim está bem próximo
Filhote da ditadura
Dallgnol é outro lixo
Que também vai pro inferno
Seu nome está na lista
Anotei no meu caderno
Esse verme sem moral
Não verá outro inverno.
Esses dois cabras safados
De ninguém vai ter perdão
Cometeram muitos crimes
Prejudicaram a Nação
Cadeia é muito pouco
Quero os dois no paredão.
Vou fuzilar Sérgio Moro
Dallgnol pego no laço
Se ninguém me ajudar
Sozinho o serviço eu faço
Esse cabra é muito frouxo
Eu o enfrento no braço.
Lula nunca se engana
Foi tudo uma armação
Esse ex-juiz de bosta
Não passa de um bufão
É um lixo sem serventia
Que morrerá na prisão. Esses versos foram censurados, parei de escrever no 247. Eu os publiquei no cordel do Lula, que eu lancei há 30 anos. O Dallagnol espumou na tribuna da Câmara lendo esses versos, o que para mim foi um privilégio.”