Nesta terça-feira (21), o Manifesto Comunista completou 175 anos desde a publicação de sua primeira edição. Desde então, revolucionou por completo a luta dos oprimidos, tornando-se um marco importantíssimo na história dos trabalhadores.
Para comemorar a data, o jornal Granma publicou um artigo que este Diário reproduz logo abaixo. Confira:
O Manifesto Comunista, a fé que não morre
Em 21 de fevereiro de 1848, dois jovens filósofos alemães no exílio, Karl Marx e Friedrich Engels, assistidos pela esposa de Marx, Jenny Von Westphalen, publicaram, em uma pequena gráfica em Bishopsgate, Londres, a primeira edição de um livro que logo se tornou um dos textos mais importantes da história: O Manifesto Comunista.
Devido a sua linguagem profética, mobilizadora e profunda, ainda galvaniza quem o lê. Não importa quantos anos tenham se passado desde seu nascimento. Quem abre suas páginas não pode escapar ao desafio de sua convocação.
No Congresso da Liga dos Comunistas em Londres, em novembro de 1847, Karl Marx e Friedrich Engels receberam a tarefa de elaborar um programa partidário, uma tarefa que cumpriram com devoção e eficiência.
O Manifesto tinha a virtude de revelar o fantasma que assombra o mundo, aquele que ainda faz tremer os exploradores e sonhar os despossuídos, ao declarar abertamente a intenção de mudar o mundo derrubando o poder da burguesia.
Foi um texto claro e esperançoso, que apresentou os comunistas como defensores consistentes dos interesses dos trabalhadores, mostrou as condições desiguais de propriedade e produção na sociedade, bem como a necessidade e possibilidade de mudá-la, construindo um mundo livre sem classes e sem opressores.
Denunciava as precárias condições de vida e de trabalho dos trabalhadores, a exploração do trabalho infantil e das mulheres, o enriquecimento de uns poucos privilegiados, enfrentava a difamação dos opositores do comunismo e clamava pela unidade para vencer.
O desejo marxista de construir a nova sociedade comunista, a certeza de que o proletariado derrotará o capitalismo, mesmo nas condições atuais de sua existência, é uma realidade a que não podemos renunciar. A esta fé baseada na ciência e na luta, estes jovens rebeldes nos chamam a partir das páginas do Manifesto.
Sua voz não poderia ser silenciada, porque se baseia, além disso, numa certeza: os proletários não têm nada a perder, a não ser suas correntes.
Fonte: Granma