Jones Manoel voltou à carga no seu Twitter com a seguinte frase “O enfraquecimento de Sônia Guajajara e Marina Silva nesse momento interessa ao agronegócio, latifúndio, mineração, madeireiras e afins. Quem ataca essas ministras agora, consciente ou não, faz o mesmo jogo de latifundiários escravocratas e bolsonaristas. Se liguem na vida”. Começando pelo final, temos o velho golpe de ‘se você critica tal coisa, logo é bolsonarista’.
Setores da esquerda se enrolaram nos próprios pés com esse argumento falacioso e acabou apoiando as piores barbaridades autoritárias. Vejamos: O PCO, há décadas, critica o sistema eleitoral, defendia, por exemplo, que se pudesse auditar fisicamente os votos. Há sistemas no qual o eleitor recebe um comprovante de seu voto, que fica armazenado pelo tribunal eleitoral, e qualquer partido pode solicitar a recontagem de votos, caso veja a necessidade.
Anos depois, Bolsonaro criticou as urnas que, de fato, como qualquer sistema eletrônico, é passível de falhas. Isso bastou para o PCO passar a ser chamado de bolsonarista, negacionista. E esses setores da esquerda apoiaram a decisão autocrática do ministro do STF, Alexandre de Moraes, de impedir que se questionasse as urnas. Qualquer pessoa, pelo menos em uma democracia, teria que ter o direito de questionar qualquer coisa, quanto mais um sistema eletrônico. No entanto, esse direito elementar foi tratado, absurdamente, como um atentado à democracia.
Identitarismo
A posição de Jones Manoel, que se diz comunista, é cada vez mais identitária, uma ideologia burguesa que nasceu nas universidades americanas e se espalhou pelo planeta na forma de bolsas de estudos, ou ONGs financiadas pela CIA e fundações de fachada como Fundação Ford, dentre muitas.
O identitarismo tem a tarefa de pegar as lutas gerais da classe trabalhadora e transformá-las em lutas parciais, o que resulta no enfraquecimento das lutas. Um exemplo conhecido se dá no movimento feminista, que já se encontra às voltas com as “feministas negras” e os movimentos trans.
Sônia Guajajara, como ela própria não pôde deixar de admitir, viajou pela Europa com uma comitiva financiada pela Fundação Ford. Não por acaso, lutou contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e, para surpresa de ninguém, esse movimento “ambientalista” teve financiamento da Fundação Ford.
O imperialismo não quer que se desenvolva a região Amazônica, pois está empenhado em separar a região do Brasil e então explorar suas riquezas e lucrar trilhões e trilhões de dólares. Se a região começar a se desenvolver, o que fatalmente ocorrerá com a presença ali de uma hidrelétrica, vai dificultar a pilhagem do grande capital internacional.
Sônia Guajajara, ela mesma, vive confortavelmente com eletricidade, celular, internet; mas tenta impedir que milhões de pessoas tenham acesso a esses mesmos bens. Enfraquecer Sônia Guajajara não é fortalecer o latifúndio, mas enfraquecer o imperialismo.
O petróleo
O mesmo podemos dizer de Marina Silva, que tem conhecidas ligações com o Banco Itaú e George Soros, o magnata da Open Society envolvido em revoluções coloridas pelo mundo, e que já foi o maior acionista privado da Petrobrás.
Marina Silva, que se diz ambientalista, protetora da criação divina, praticamente ficou muda quando houve os rompimentos das barragens de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), quando a Vale do Rio Doce, uma das maiores mineradoras do mundo, estava sob controle parasitário do capital financeiro.
Na semana passada esteve no Brasil o presidente da Open Society, Mark Malloch-Brown, um inglês, que acabou se reunindo com muitas pessoas, o que nos fazer ficar em alerta, pois um golpe contra Lula pode estar sendo tramado.
Após essa ilustre visita, a ministra Marina da Silva, do Meio Ambiente, se colocou contra a Petrobrás fazer estudos na Foz do Amazonas, a 530 quilômetros da costa. O Ibama, sob a pasta da ministra, também deu parecer contrário alegando “inconsistências”. Ocorre que a Petrobrás é referência mundial em perfuração em águas profundas, nunca provocou acidentes.
Como já era de se esperar, a Rede Globo se opôs à exploração de petróleo na região. Da mesma maneira que foi contra a exploração do Pré-sal.
O potencial da região é enorme, talvez se trate da maior reserva mundial de petróleo. O imperialismo não pode deixar que o Brasil, um país atrasado, explore essa imensa riqueza e se desenvolva.
Parasitas como George Soros, querem impedir que o Brasil explore o petróleo, por isso manda na frente seus “ambientalistas” de plantão para oporem resistência e desgastarem o governo, fazendo-o parecer irresponsável com a natureza diante da população.
Enfraquecer Marina Silva é enfraquecer George Soros e o imperialismo. A ministra, na verdade, nem deveria ter sido admitida no governo, pois é porta-voz de interesses estrangeiros. Vive falando de “mudanças climáticas”, que é uma política imperialista substituta do falido “aquecimento global”.
Os países desenvolvidos, que seguem prospectando petróleo, impõem sanções aos países atrasados que, segundo eles, estariam contribuindo para as “mudanças climáticas”.
Jones Manoel e todos esses setores de esquerda ligados a ONGs financiadas pelo imperialismo, conscientemente ou não, apenas fazem o jogo do grande capital. E quem os critica é logo tachado de bolsonarista dou coisa que o valha. Este truque, no entanto, não está convencendo. Sendo assim, só temos que devolver o conselho dado por Jones Manoel? – Se ligue na vida!
É dever da esquerda desmascarar e combater aqueles que atuem contra os interesses da classe trabalhadora.