Os banqueiros golpistas do Itaú/Unibanco se utilizaram dos famigerados Planos de Demissões “Voluntárias” para demitir trabalhadores mais antigos de casa e, principalmente, funcionários que se licenciaram por motivo de doenças laborais.
Este Diário, em matéria no ano passado, havia denunciado que os banqueiros do Banco Itaú/Unibanco estavam aplicando o golpe do PDV naqueles trabalhadores que gozavam de estabilidade provisória no emprego decorrente de retorno de período de afastamento por motivo de saúde (doença ou acidente) em que tinham recebido auxílio-doença ou acidente há 30 dias ou mais. Além disso, determinaram como elegíveis também aqueles funcionários com mais de 60 anos.
Naquela ocasião, o Diário Causa Operária salientava que os tais programas de demissões dos patrões não tinha nada de voluntário, e aqueles que porventura não aderissem ao programa passariam a fazer parte da lista negra dos chefes de plantão, para que na primeira oportunidade serem demitidos sumariamente.
Pois bem, uma operação efetuada pelos Auditores Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) constatou que “dos 1.501 funcionários que aderiram naquele PDV, 85% estavam afastados há pelo menos 30 dias por motivo de doença ou acidente, ou se encontravam em estabilidade provisória após tratamento médico. Somados aos idosos, eles totalizam 93,9% do público inscrito do PDV”. (Site spbancarios 24/07/2023)
Ainda, segundo o relatório do MTE, “a operação afirma que trabalhadores com esses perfis, e que não se inscreveram no PDV, foram ‘assediados’ com e-mails e mensagens de SMS para aderir ao programa” (Idem).
O relatório do MTE é mais uma prova da verdadeira ofensiva reacionária dos banqueiros contra os trabalhadores bancários através da política de demissões em massa, rebaixamento salarial, superexploração etc.
Em setembro é a data base da categoria e os bancários precisam cobrar das suas direções de luta a organização de uma gigantesca mobilização, que tenha como uma das pautas fundamentais a estabilidade no emprego, a proibição das demissões.