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Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Imperialismo em crise

Isso não nos atinge, portanto…

A enorme derrama de armas e dinheiro que os imperialistas estão fazendo na Ucrânia torna a situação insustentável do ponto de vista do controle de armamentos

A guerra por procuração que os Estados Unidos travam contra a Rússia, utilizando o território e o povo ucraniano como bucha de canhão, não somente com a cumplicidade, mas com a aquiescência direta do governo fantoche e marionete de Volodomyr Zelensky, cada dia mais se revela como um fato inquestionável.

Tanto é assim que não há, por parte dos EUA e dos aliados europeus agrupados na OTAN, qualquer iniciativa no sentido de colocar termo ao conflito, que já entra em seu décimo sétimo mês, sem qualquer perspectiva nem mesmo de um armistício.

Em declaração dada ao portal Sputnik, o especialista do Instituto Internacional de Estudos Políticos e Humanitários, Vladimir Bruter, disse que “todas as questões políticas e militares são decididas em Washington, Kiev não tem controle sobre nada desde o início do conflito”.

As palavras foram literalmente estas: “A Ucrânia não tem controle sobre absolutamente nada desde o início ou mesmo antes do início [do conflito]. Não existe nenhuma Ucrânia em termos de tomada de decisões políticas ou político-militares há muito tempo. Todas essas decisões são tomadas em Washington“.

E não há razões para duvidar que seja mesmo assim, pois o próprio governo norte-americano está bem ciente disso, de que algumas armas se desviam do caminho. A Casa Branca, no entanto, parece também não se importar muito com isso, uma vez que não representa uma grande ameaça para eles, afinal, a guerra vem se desenrolando há muitos quilômetros de distância do espaço territorial dos EUA.

No entanto, aliados importantes dos americanos começam a ver essa questão com uma certa preocupação, como o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que recentemente externou sua preocupação dizendo que armas ocidentais entregues à Ucrânia já aparecem nas fronteiras próximas a Israel. 

Uma outra declaração se coloca também como bastante plausível em relação ao fornecimento de armas em quantidades volumosas que os EUA e os demais países da OTAN estão destinando à Kiev. O diretor do Instituto de Avaliações Estratégicas e vice-presidente da Associação Rússia-EUA, Sergei Oznobischev, acredita que não há nada de surpreendente no fato de armas ocidentais fornecidas à Ucrânia serem encontradas perto das fronteiras de Israel. Para ele, onde “há muito dinheiro e suprimentos militares colossais, há uma falta de controle adequado“.

O fato é que ao entupirem a Ucrânia com armas e dinheiro (muito dinheiro), os EUA e as potências ocidentais organizadas na OTAN, não somente prolongam a continuidade da operação militar especial que a Rússia realiza no território da Ucrânia, como faz prolongar também o sofrimento do povo ucraniano. Os EUA e a OTAN sabem perfeitamente bem que o exército de Zelensky não tem condições de medir forças com os russos, e menos ainda impor uma derrota militar definitiva aos bem preparados e bem equipados soldados do Kremlin.

O que resta aos inimigos da Rússia, aos que querem aniquilar a potência militar euro-asiática, é continuar tentando desgastar e desacreditar o regime liderado por Vladimir Putin, na perspectiva de que isso possa vir a abalar a estabilidade do presidente russo via um levante popular da população. 

Isso – no entanto – está mais próximo de um sonho de uma noite de verão do que de alguma coisa minimamente próxima da realidade.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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