“Quer queiram ou não os antissemitas, Israel é uma democracia em região onde esta não vigora”. Pronunciada em 2016 pelo ex-big brother e ex-deputado federal Jean Wyllys (PT), hoje membro da ala identitária e ongueira do governo Lula, a frase mostra o esforço que o imperialismo faz para apresentar o Estado Nazista de Israel como uma “democracia”.
Acontece que essa mesma “democracia” proíbe, desde 2011, que os palestinos realizem qualquer atividade no dia 15 de maio que faça alusão ao que chamam de Nakba (catástrofe). A lei, aprovada pelo parlamento israelense, prevê multa para qualquer instituição pública que preste seu luto ao Nakba.
O que os palestinos chamam de Nakba, curiosamente, é nada menos que o massacre de seu povo provocado pelos israelenses. Esse massacre, embora costume ser apontado como o resultado de uma série de medidas tomadas entre 1947 e 1948, com a fundação do Estado de Israel, perdura até hoje, ultrapassando sete décadas de martírio.
A Nakba tem, para o povo palestino, o mesmo significado que o holocausto tem para os judeus. Um massacre que, no intervalo de dois anos, teria resultado no exílio de 711 mil palestinos, com a diferença de que, neste caso, não foi obra do imperialismo alemão, mas sim de uma conspiração que envolveu praticamente todos os governos da face da terra.
A catástrofe palestina e a fundação do Estado de Israel são sinônimos – não há como falar de um sem falar do outro. O exílio, a morte e o massacre dos palestinos aconteceu com um propósito bem definido: o estabelecimento de um enclave imperialista no Oriente Médio. E para que isso acontecesse, Estados Unidos, França, Grã Bretanha e até mesmo a União Soviética de José Stálin estiveram envolvidos.
Ao proibir sequer o luto pelos mortos e exilados da Nakba, o Estado de Israel mostra a sua verdadeira face: uma ditadura nazista, que não apenas comete crimes bárbaros contra um povo, como lança mão da mais brutal censura para omitir as suas maldades.