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Ofensiva do Hamas em 7/10

Israel matou civis para que não fossem feitos reféns pelo Hamas

Max Blumenthal, editor do The Grayzone, concedeu entrevista ao jornalista Chris Hedges e denunciou as mentiras contadas por Israel sobre a Operação Dilúvio al-Aqsa

Dando continuidade ao seu trabalho investigativo sobre o dia 7 de outubro, quando a resistência armada palestina, liderada pelo Hamas, realizou uma bem sucedida ação revolucionária que pôs “Israel” e o imperialismo de joelhos, o jornalista americano Max Blumenthal, editor-chefe do sítio de notícias The Grayzone segue desmascarando as mentiras da máquina de propaganda sionista sobre o que ocorreu naquele dia.

Em entrevista para o canal The Real News Network, conduzida pelo jornalista Chris Hedges, Blumenthal inicia expondo qual é a história oficial que está sendo contada pelo governo israelense e pela imprensa “ocidental” – ou seja, imperialista -, a respeito do dia 7 de outubro.

“A história oficial, que foi contada a americanos e israelitas, é que os ‘terroristas’ do Hamas invadiram o sul de Israel e começaram a disparar e a matar pessoas aleatoriamente. Depois queimou-os vivos, amarrou famílias inteiras nas suas casas e então queimou-os todos, de alguma forma, derreteu carros e queimou pessoas nos seus carros enquanto tentavam fugir e realizou este gigantesco tiroteio em massa.”

O jornalista explica que essa versão, de que o Hamas cometeu atentando terrorista e que brutalidades inimagináveis foram cometidas pelo grupo da resistência palestina, continua sendo mantida pelo Estado de “Israel”, o que cumpre a função de manter a atenção do público focada no dia 7 de outubro, enquanto “Israel” promove um genocídio em Gaza:

“os militares israelitas e o gabinete do primeiro-ministro, o gabinete de Netanyahu, estão reciclando as atrocidades de 7 de Outubro e também introduzindo novos enganos, a fim de tentarem manter as lentes dos meios de comunicação focadas no 7 de Outubro, agora que está começando a focar-se no horror de Gaza. Temos estas novas histórias sobre bebês assados ​​em fornos, ouvimos histórias sobre bebês cortados do ventre das mães pelos chamados terroristas do Hamas, violação, violação coletiva de mulheres após serem raptadas, violação coletiva nas ruas da Cidade de Gaza. Todas essas mentiras foram espalhadas. “

Uma vez esclarecido isto, o americano expõe seus achados e o que concluiu a respeito deles, mostrando que a versão oficial ditada pela propagada sionista não se sustenta diante de uma investigação afundo. Blumenthal explica que o objetivo do Hamas e da Jiade Islâmica fora fazer reféns e levá-los a Gaza, a fim de viabilizar uma troca de prisioneiros palestinos nas prisões israelenses:

“É importante compreender que o principal objetivo desta ofensiva militar do Hamas e da Jiade Islâmica Palestina era reunir o maior número possível de cativos, especialmente soldados israelenses, a fim de desencadear a troca de prisioneiros”.

Em sua entrevista, Blumenthal esclarece também o que encontrou a respeito das mortes que ocorreram no 7 de outubro. E concluiu que muitas delas decorreram de ataques das forças armadas de “Israel”. Sua investigação, inclusive, baseou-se em informações retiradas da própria imprensa sionista (o Haaretz, por exemplo) e canais oficiais do governo:

“[…] helicópteros Apache foram mobilizados pela manhã. O ataque começou por volta das 6h da madrugada e, por volta das 10h30, de acordo com relatos da mídia israelense, todas as equipes de comando da força especial e as equipes bem treinadas do Hamas já haviam partido. A essa altura, dois esquadrões de helicópteros Apache haviam sido mobilizados e só estavam com força total às 12h. Então você tem ação na Passagem de Erez e depois tem o kibutz Be’eri, que é o local que registrou o maior número de vítimas de não-combatentes. Contei algo em torno de 150 entre o número de mortos confirmados impresso no Haaretz e a maioria deles não eram soldados. Eram pessoas que foram apanhadas no fogo cruzado, homens armados do Hamas tentaram capturá-las e houve impasses nas suas casas. E quando as forças especiais israelitas chegaram, muitos desses impasses já tinham terminado ou acabaram com eles simplesmente bombardeando as casas das pessoas com tanques”.

O editor-chefe do The Grayzone explica ainda que os ataques realizados pelas forças de defesa de “Israel” contra os próprios judeus decorreram de uma diretiva que guia o próprio Estado e suas forças armadas, no que diz respeito a lidar com a luta de libertação nacional dos palestinos. Tal política chama-se Diretriz Aníbal, segundo a qual, basicamente, “Israel” não pode deixar que seus cidadãos sejam feitos reféns. Caso haja a possibilidade de isto ocorrer, é preferível matá-los:

“[…] coordenador de segurança do kibutz Be’eri, que você citou no início desta entrevista. Ele estava em uma linha direta com o Comando Militar Israelense e eles decidiram bombardear as casas em cima dos seus ocupantes, incluindo civis israelenses. Agora, por que eles estavam fazendo isso? Como você mencionou, existe a Diretriz Aníbal […] em homenagem ao general cartaginês Aníbal – que tirou a própria vida, tomando veneno em vez de ser levado cativo pelo inimigo – e autoriza os comandantes israelenses a matar seus próprios soldados se eles forem levados cativos pelo inimigo para evitar que tal troca de prisioneiros ocorra.

[…]

Mas voltando à Diretriz Aníbal. Temos de questionar se foi posto em prática no dia 7 de Outubro”.

Blumenthal prossegue dando detalhes sobre como a diretriz fora aplicada sobre os kibutzim no dia 7, resultando na morte de vários judeus israelenses:

“Há sérios danos estruturais no telhado da Passagem de Erez – Você tem o kibutz Be’eri, onde houve bombardeios de tanques e então você tem esses pilotos de helicóptero Apache no ar que declararam em seus depoimentos em hebraico à mídia israelense que não tinham inteligência, não há forma de distinguir civis de combatentes no terreno.

E ainda assim eles foram instruídos a esvaziar seus tanques, descarregar completamente a munição, depois voltar para a base, abastecer-se novamente, recarregar e então atirar em tantos carros e pessoas quanto pudessem no chão. Caos puro. A propósito, estes testemunhos foram totalmente ignorados pelos meios de comunicação ocidentais”.

Exemplificando sua tese de que grande parte dos danos matérias às propriedades israelenses e das mortes de judeus causadas no dia 7 de outubro foram obras das forças de defesa de “Israel”, Blumenthal relembra que o próprio Estado sionista divulgou imagem de veículos completamente derretidos, danos estes que não poderiam ter sido causados pelos armamentos portados pelos militantes da resistência palestina:

“Israel divulgou de carros completamente derretidos e com os cadáveres dentro deles carbonizados. Isso para mim são sinais reveladores de ataques de mísseis Hellfire de helicópteros Apache e das tripulações, os esquadrões. Depois, eles divulgaram um vídeo deles mesmos atirando em carros, atingindo carros com mísseis Hellfire e atirando em pessoas que eram pedestres andando no chão com tiros de canhão.

Não sabemos quem eram essas pessoas, mas se olharmos, muitos dos carros voltavam para Gaza. Portanto, muito provavelmente eram carros de pessoas de Gaza que poderiam ter levado cativos e muitos cativos ou possíveis cativos foram mortos”.

A existência de uma política para assassinar a própria população mostra o perigo que a manutenção do país fictício representa, para os judeus e claro, para todos os árabes da região. Joga por terra o mito de que sua existência é uma proteção aos judeus. Não é. “Israel” tem o único propósito de garantir a exploração e a opressão e é o que faz.

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