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Genocídio palestino

Israel massacrou dezenas de civis em Quibia, em 1953

A Unidade 101, um dos braços armados do fascismo de Israel, matou dezenas de civis na aldeia de Qibya, levando o terror para milhares

Em outubro de 1953, a aldeia de Quibia, situada na Cisjordânia, foi palco de um tenebroso crime promovido pelas forças de ocupação sionistas no solo da Palestina. Naquele mês, tropas israelenses, incluindo membros da infame Unidade 101, lançaram um ataque que resultou na morte de 69 palestinos. Essa incursão brutal deu origem a um cenário de devastação, com 45 casas, uma escola e uma mesquita reduzidas a escombros, além do terror promovido na vida dos palestinos que sobreviveram.

Situação do conflito

O Massacre de Quibia ocorreu em meio à tensão no Oriente Médio, onde a ocupação israelense na Cisjordânia se desdobrava e os sionistas, com amplo apoio e financiamento do imperialismo, buscavam ampliar seu território. Como resposta ao fato de palestinos não quererem sair de seus territórios e virarem refugiados dentro de seu próprio país, as tropas israelenses foram lideradas pela Unidade 101, uma força especial de caráter fascista criada para “combater ameaças”, segundo Israel, e que era referência no terror e na brutalidade praticada pela ocupação sionista, conduzindo uma operação militar que se tornaria um ponto de inflexão no genocídio palestino.

A Unidade 101, sob o comando do então tenente Ariel Sharon, foi responsável por diversas operações durante seu curto período de existência de forma oficial. Além do Massacre de Quibia, a unidade atuou em outras incursões, sobretudo nas fronteiras, utilizando métodos como atirar em civis com rifles de alta precisão ou incendiando casas palestinas.

O massacre de Quibia

Muitos dos residentes de Quibia estavam em suas casas quando a violência começou. Bombas explodiram, reduzindo lares a destroços e tirando a vida de dezenas e dezenas de civis. O impacto humano desse evento é difícil de quantificar, mas as consequências foram extremamente cruéis. Como mencionado anteriormente, 69 palestinos perderam a vida neste trágico evento. Esses números, apesar de duros, são frios e estatísticos, não conseguindo capturar o terror que recaiu não só sobre os sobreviventes de Quibia, mas sobre todas as aldeias próximas da região.

Além das perdas humanas, a infraestrutura local foi severamente destruída. Quarenta e cinco casas foram destruídas, deixando famílias desabrigadas e reféns dentro de sua própria aldeia. A destruição de uma escola e uma mesquita ampliou o tamanho da tragédia, privando a comunidade dos poucos espaços essenciais que seguiam funcionando sob as incursões sionistas.

A Repercussão Internacional

O Massacre de Quibia é mais um ataque com características fascistas, passando do ponto de um “simples” massacre (cotidiano do imperialismo), que precisou receber represálias inclusive pela comunidade internacional – ainda que pequenas. A resposta global foi de condenação, com aliados tradicionais de Israel expressando repúdio pela magnitude da ação militar, recebendo até suspensão de ajuda financeira por parte dos Estados Unidos – claramente não por benevolência ou senso de culpa, mas porque ficaria feio, politicamente, se atrelar à Israel logo após o massacre.

Conclusão

Quibia permanece como um dos muitos episódios sombrios da ocupação fascista sionista do território palestino, como vem sendo noticiado incessantemente por este Diário. Ao recordar as tragédias passadas, é fundamental reiterar a compreensão mais profunda da ocupação, relembrando que o sionismo é uma doutrina racista e supremacista, que visa a implementação de um Estado colonial que submeta os palestinos a um regime de apartheid. Deve-se lembrar, também, que a luta pelo fim do Estado de Israel nada mais é que a luta por um futuro em que a coexistência pacífica prevaleça sobre a adversidade, com judeus, palestinos e cristãos sob a mesma bandeira de um país laico, democrático e plural.

Assim como o regime nazista precisou acabar, em 1940, para que os alemães pudessem ser livres e o regime de apartheid, na África do Sul, precisou acabar para que a maioria negra pudesse viver sem a opressão de Estado, o regime sionista precisa acabar para que possa haver uma coexistência dos povos no lugar de um regime pautado no ódio racial e sua supremacia segundo a vontade das distorções de uma religião. Distorções, no caso, pois os próprios judeus ortodoxos se contrapõem ao Estado de Israel, alegando que não só é uma heresia segundo sua religião a composição de um Estado ali, como equiparam os regimes sionista e nazista.

A Unidade 101, embora extinta, deixa um legado controverso que nos instiga a refletir não apenas sobre o Massacre de Quibia, mas sobre todo o regime de ocupação da Palestina e o massacre da sua população.

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