A trégua entre “Israel” e os grupos armados da Faixa de Gaza, principalmente o Hamas, foi estendida por mais um dia em um acordo de última hora. Inicialmente a trégua acabaria na segunda-feira (27), ela foi estendida por 2 dias e na noite de quarta-feira (29) por mais um dia. O Hamas se coloca à disposição para manter o acordo ao menos enquanto os reféns estão sendo trocados. “Israel” no entanto tem uma posição dividida, uma parte do governo, principalmente a extrema-direita, quer o retorno imediato da guerra.
O acordo de trégua não só garante a liberdade para presos palestinos, foram 150 até agora, como também garante a entrada de ajuda humanitária em Gaza, mesmo que muito aquém das necessidades da população. O grande problema é que o acordo é uma vitória do Hamas e está sendo encarado por todos como uma vitória palestina. Isso pressiona os israelenses a tomarem alguma ação para não sairem como os derrotados. Contudo, enquanto há troca de reféns a situação israelense é ainda mais difícil pois o governo está muito pressionado para salvar os seus cidadãos.
Ao mesmo tempo há uma pressão do imperialismo sobre “Israel” para manobrar a situação. Está claro que o imperialismo quer evitar a escalada da guerra, principalmente para outras frentes, algo que estava crescendo conforme os confrontos se acentuavam. O Hesbolá do Líbano e o Ansar Alá do Iêmen estavam se tornando um grande problema, e para o imperialismo ainda há a questão do Iraque e da Síria onde também se abriu uma frente de guerra. A pressão do imperialismo para definir os rumos de “Israel” é tão grande que o próprio chefe da CIA, William Burns, foi enviado para o Catar para fazer parte das negociações.