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Ao governo eleito ou paralelo

Independência do Banco Central? O exemplo norte-americano

Banco Central independente so é independente do voto nas urnas que escolheu o governo. É pura trairagem com o voto do povo

O Banco Central é uma autarquia do governo, mas querem que tenha vida própria e não esteja sob a administração do governo que foi eleito pelo voto popular. Isso configura um poder paralelo ao que o povo escolheu para seu governante. 

Porém, o pior é que a autonomia do Banco Central pode levar a outros problemas ainda maiores somados à possibilidade de se adotar uma política econômica divergente da do governo. Neste caso, precisamos observar o que aconteceu no governo norte-americano.

Na página do portal Occupy the Fed Movement, há a informação de que a Reserva Federal (Fed) está corrompida e nós, o povo, devemos responsabilizá-los. Na matéria “ O escândalo do Fed é maior que Watergate?”Jay Powell, banqueiro e presidente do Fed, está sendo responsabilizado por negociar durante o período de restrição (blecaute restrito), em que os administradores do banco não podem dar entrevistas e falar publicamente e fazer negociações nos dias que antecedem as reuniões marcadas pelo comitê de políticas do banco. E de falhar na divulgação das datas em que fez as negociações, e que aparentemente mentiu sobre o conflito de interesses que o privilegiou nas negociações com títulos municipais.

Diz ainda que ele, Jay Powell, presidiu e está diretamente envolvido no maior escândalo de negociação de ações do governo de todos os tempos e que isso será uma mancha permanente na história americana e que é uma desgraça nacional que o país e sua economia real nunca se recuperarão.

Ele fez negociações de milhões de dólares em ações e títulos pessoais ao mesmo tempo que obstruiu a divulgação pública exigida para essas negociações por anos, quando deveria evitar até mesmo uma aparência de conflito de interesses.

No entanto, as informações que escaparam são condenatórias. Elas mostram que essas negociações ocorreram durante o período de blecaute de restrição. É uma revelação chocante e constitui má conduta grave e indesculpável por parte de alto funcionário do governo.

Powell também direcionou as decisões políticas do Fed para beneficiar sua carteira pessoal de participação em títulos, contrariando a lei federal de conflito de interesses. É como o caso do Paulo Guedes que se beneficiou com a alta do dólar, aumentando suas riquezas em paraísos fiscais. Nem lá nem cá a imprensa divulga massivamente essas ações nefastas, por que será? Parece que a maioria dos jornalistas financeiros são uma combinação de totalmente delirante, sob ordens e mordaças dos superiores ou cúmplices quando se trata de corrupção sistêmica.

O problema disso tudo é que os funcionários do Banco Central possuem informações importantes não públicas o tempo todo, e que são as informações mais importantes e que permitem ganhar muito dinheiro em menor espaço de tempo. Por exemplo, Powell vendeu milhões em ações pouco antes de uma desaceleração significativa do mercado.

Powell também concedeu à BlackRock, gigante do sistema financeiro dos EUA, grandes contratos sem licitação para administrar trilhões em compras de títulos que dobraram o valor do Fed. Segundo um gestor de ativos de Wall Street, a BlackRock administrará um fundo e decidirá se usará o dinheiro do contribuinte para títulos que ela possui. E foi o que ela efetivamente fez, direcionou as compras do Fed para os títulos que ela mesma administra.

Na hipótese do governo eleito não ser alinhado com o neoliberalismo, que privilegia os rendimentos financeiros em detrimento da produção de bens e serviços na economia, nesse caso o Bacen (Banco Central) passa a atuar contrariamente à política que o governo eleito pretende seguir, mais voltada à produção de bens e serviços.

Isso do ponto de vista institucional, onde a opção pelos rendimentos financeiros prejudica o sistema produtivo e causa a desindustrialização do país como visto na Inglaterra com os governos de Margareth Thatcher, nos EUA com o governo Ronald Reagan, na Argentina com o governo Carlos Menem, no Brasil o governo de FHC. Além da desindustrialização e, como consequência, há o desemprego alto e o empobrecimento da classe operária e do povo em geral.

A separação entre Banco Central e o poder Executivo é uma forma de limitar a influência do Planalto sobre decisões de política monetária.

O Bacen é uma autarquia do governo federal e autoridade monetária, e suas atribuições são  manter a estabilidade da moeda e o sistema financeiro. Evitar valorização ou desvalorização muito rápida e acentuada do valor do real, supervisionar as operações financeiras e garantir que os bancos tenham caixa para os saques dos clientes.

Para isso utiliza o principal mecanismo de aumentar ou reduzir a taxa de juros básica na economia, a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que é o custo de captação de dinheiro pelos bancos junto ao Banco Central, o governo.

Juros baixos favorecem o crescimento da atividade econômica, “reduzem os rendimentos de aplicações de renda fixa”, permitem maior volume de empréstimos, mas podem levar ao aumento da inflação, não obrigatoriamente, depende de outros fatores também. 

Juros altos diminuem a atividade econômica, “aumentam os rendimentos de aplicações de renda fixa”, permitem diminuir o volume de empréstimos, mas podem levar à diminuição da inflação. 

Em poucas palavras podemos dizer que a política do governo pode caminhar no sentido de estimular o desenvolvimento econômico aplicando juros baixos, ou então estimular o rentismo em detrimento da atividade econômica, com juros altos. Ou a produção de bens e serviços é estimulada ou as aplicações financeiras são estimuladas, isso depende ainda da força política que os setores da burguesia tem, os aliados à produção ou ao sistema financeiro. Quem pode mais chora menos.

A força maior sempre foi e será da classe trabalhadora, ela é que tem o poder decisório, mas fica sempre dependendo das lideranças dos movimentos sociais e da própria consciência de classe, para onde eles se dirigirem levam o conjunto da classe trabalhadora. Por isso é necessário ocupar as ruas, o autêntico campo de  luta e manifestação dessa classe, para que a política siga rumo aos interesses da maioria da população, os trabalhadores.

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