Era uma vez
Aquela historia de insucesso.
A fina flor ilibada.
Branco.
Muito branco.
Era a vez,
Da sacrossanta das máculas,
A bela e voraz.
O sexo. E os pelos pubianos
Enroladinhos nos dedos da carícia.
E no jornal ao fundo,
Cinco mil mortos, torturados.
Uma nau de ideais naufragados
Na praia estreita do fascismo.
Antrepto ritmo, negocio de corpo na Nasdaq.
E a wall street tecendo os fios do destino de mais sete mil nações.
Sacrossanta mácula, aquela.
Angustiada ferida aberta.
O sangue a marchar o engodo branco.
Bronco demais.
Entreguista.
E, na dança das armas,
O velho convidado do tempo:
Desacerto, a meretriz contra o batalhão vermelho.
Dos braços semicerrados de trabalho e suor,
Pouco mais que cinco léguas e vira-tempo.
Pela navalha dos povos,
Partidários de classe,
Uma consciência toda.
Bela-vista. Dos recôncavos da existência humana.
Obscurecidos pelo engano.
Mas presentes.
Mais que palavra, gesto.
Gerindo a guerra final.
O seio da alvorada tênue.
A surgir enquanto a noite ainda aterroriza os inertes
E o bicho-papão mostra suas garras finas.
Mais afiada é a manha,
Morte aos papos,
Sua demagogia inválida,
Cinismo tri-destilado em béquer tetrapurificado de carbono diamante lavado.
Estéril.
E nem in-vitro, infértil de todos os condimentos,
Reacionário.
Morte a todos os sapos,
Os infláveis,
Os olhos cruzados.
Morte aos patos.
Morte as torres.
E ao terno, engomado.
Morte, rolando as cabeças
Subam à vida os pés descalços.
Que o vermelho sangue escorra pelas calhas
E que palpitem os corações libertos da morte eterna.
Estige das gerações,
O come-ossos do tempo,
No dialeto consumado,
Dialética