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Ucranização de Taiuã

Imperialismo deseja fazer de Taiuã a nova Ucrânia

Expansionismo imperialista bota em cheque postura norte-americana sobre política de Uma China.

“Washington está preparando Taiuã para que sigam o mesmo destino da Ucrânia”. A frase anterior foi dita por Vyachesslav Volodin, presidente da Duma Estatal da Federação Russa. Sua fala, no entanto, expressa uma preocupação real com a escalada da situação no Pacífico e da postura do imperialismo em relação à China e à Rússia.

Recentemente, a gestão de Joe Biden anunciou 345 milhões de dólares de suporte militar para Taiuã, o equivalente a pouco menos de 2 bilhões de reais. Anteriormente, mas ainda neste ano, os EUA já havia enviado um pacote de presente para a ilha chinesa de 1 bilhão de dólares.

Em entrevista à Sputnik, o tenente-coronel dos Estados Unidos Earl Rasmussen expressou sua preocupação com a situação no Pacífico, porque o conflito não se daria só por terra, como na Ucrânia, mas por meio de um conflito naval. O militar também menciona a Presidential Drawdown Authority, um mecanismo presidencial norte-americano que permite que, em situações consideradas de emergência, o presidente possa enviar armamentos aos demais países – como foi feito na Ucrânia – de forma menos burocrática e mais rápida.

As falas de Rasmussen encontram eco no que denunciou Volodin anteriormente, sobre não só a falta de interesse do imperialismo em solucionar o conflito, mas seu desejo em prolongá-lo e derrotar seus inimigos políticos, como são a Rússia, a China e qualquer país que ousar levantar a voz contra o decadente império. O presidente da Duma afirmou ainda que a Organização das Nações Unidas deveria condenar os Estados Unidos por enviar armas à Taiuã nessas “ações provocativas”, ameaçando detonar um conflito de larga escala contra os chineses.

“Se a ONU é incapaz de prevenir conflitos e garantir a segurança global, então não há sentido algum nesta organização, assim como não havia anteriormente na já falecida Liga das Nações.”

Nos últimos meses, os norte-americanos enviaram para a Ucrânia bombas de fragmentação, banidas por mais de 100 países ao redor do mundo, devido ao seu estrago e ao risco oferecido aos civis. Pela primeira vez de forma oficial, os ucranianos as utilizaram contra a região ocupada de Donetsk, nos últimos dias, incinerando casas e outros locais sem nenhum envolvimento militar. O desejo de Washington, no entanto, é ver casas taiuanesas terminando da mesma forma com armamento de seu país. Os Estados Unidos são uma verdadeira máquina de guerra, iniciando e incentivando conflitos ao longo do mundo e levando centenas de milhões de pessoas a perderem suas vidas.

No que diz respeito ao conflito, Rasmussen afirma que o complexo industrial militar dos EUA sairia amplamente favorecido caso a situação em Taiuã escale, sendo uma jornada lucrativa para os norte-americanos. Além disso, sua indústria naval já obteve um acordo firmado pelos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, garantindo submarinos por anos de duração. O militar realça que sua preocupação se expande para toda a região Índia-Ásia-Pacífico, pois “está claramente no foco da atual administração dos EUA”, apesar da preocupação dos chineses sobre uma potencial corrida armamentista nuclear na região.

Seu receio, no entanto, vai além das regiões abraçadas apenas pela Europa e pela Ásia banhada pelo Pacífico. Rasmussen afirma temer que novos conflitos provocados pela OTAN eclodam também na África Central e em outros locais.

“Precisamos manter um olho aberto na África Central, mas definitivamente precisamos ver de perto o que está acontecendo na Síria. A situação por lá está ficando mais intensa, assim como no Níger. A situação vai escalar? França está falando sobre intervir. Nós temos as embaixadas do Ocidente retirando cidadãos daquela região, mas não é só no Níger. Se você intervier no Níger, estará confrontando múltiplos países africanos de uma vez só, sendo um verdadeiro pesadelo para o ocidente”.

A fala de ambos citados nesta matéria corrobora com a realidade dos fatos e com a escalada da situação no Pacífico. A China considera Taiuã parte de seu território soberano, com razão, enquanto deseja uma união novamente com a ilha de forma pacífica. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos, que reconhecem de forma oficial a política de “Uma China”, tem defendido cada vez mais a autonomia de Taiuã em relação ao governo chinês e flertado com a possibilidade de defesa da ilha em uma suposta “invasão” chinesa. Por fim, o que o imperialismo não quer é ver seu decadente controle sobre o mundo se esvaindo ainda mais, e a situação será levada até o último nível, caso assim julguem necessário os imperialistas.

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