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Autoritarismo

Identitarismo vira pretexto mundial para legislações autoritárias

Esquerda pequeno-burguesa é utilizada pela direita, por intermédio da demagogia, para organizar regime de exceção. A única função dos identitários é ajudar o imperialismo

O jornal Gazeta do Povo ligado ao bolsonarismo, e pautas da extrema-direita, publicou provocativa reportagem sobre a cultura “woke” (Mundo à beira do totalitarismo ‘woke’; governos contra a livre expressão) onde estabelecem uma relação entre censura, movimento woke e “controle total” por parte de “governos”. Para tanto, o jornal parte dos vazamentos promovidos por Elon Musk, no caso Twitter Files, uma série de arquivos do próprio Twitter que demonstram como a rede social atuou para favorecer governos, promover censura e atuação eleitoral. O jornal paranaense relacionou os vazamentos à maior necessidade, por parte de governos no mundo inteiro (mencionando exemplos) em criar leis contra as “fake news”.

De acordo com a Gazeta “Governos e ONGs aliadas pretendem forçar as empresas de tecnologia a cumprir suas regras. Legisladores do Reino Unido ameaçaram prender administradores de rede social que não censurarem conteúdo suficiente. E o Brasil deve introduzir severas penalidades para plataformas que não removam “notícias falsas”. Primeira questão a considerar que de fato ONGs e Think Tanks atuam diretamente para estabelecer uma política de censura, inclusive no Brasil. Contudo, o que a Gazeta não menciona é que ONGs, por meio de lobistas infiltrados em todos os governos, é que costuram esse acordo para algo maior que governos mencionados na reportagem, que é o projeto do imperialismo.

Na Ucrânia, país governado por um governo de extrema-direita (com diversas características nazistas) trabalha há 9 anos, desde o incêndio da Casa dos Sindicatos de Odessa e de 48 trabalhadores que não conseguiram fugir das chamas, para censurar opositores, fechar sindicatos, fechar partidos políticos, estabelecer a censura, queimar livros russos e de autores marxistas. Esse regime político ucraniano está nas mãos dos mesmos que controlam seus fantoches da “cultura woke” ou, mais claramente falando, da esquerda identitária.

É fundamental compreender que o aparato de guerra do imperialismo norte-americano guia a política de censura. Os Estados Unidos, vem criando diversas leis de censura no país, particularmente após o “11 de setembro”, fortalecendo a lei chamada “Ato Patriótico”, que visando combater o terrorismo, utilizou a lei para atacar opositores internos. Após denúncias do Wikileaks e do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (sigla em inglês, NSA), a Era Obama passou a organizar mecanismos mais rígidos de controle com auxílio das próprias empresas de alta tecnologia, consolidando ao mesmo tempo o identitarismo do Partido Democrata, que é o partido oficial do imperialismo norte-americano e responsáveis por organizar por traz da demagogia da paz, uma política de guerra dura, exportando armamentos e treinando milícias. Por trás dessa política de guerra dura, encamparam uma política por intermédio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), do Instituto Republicano Internacional (IRI) e do Fundo Nacional para a Democracia (NED), voltada diretamente ao financiamento de ONGs no mundo inteiro, tanto ONGs de direita como de esquerda.

A função da guerra suave, por meio de ONGs é provocar desestabilização politica nos países de capitalismo atrasado, remunerando intelectuais, políticos, lobistas, jornalistas entre outros mercenários intelectuais. No caso brasileiro, as ONGs que mais aparecem são de “esquerda”, mais especificamente de comportamento e política identitária, o que causa a confusão nos círculos direitistas, como a Gazeta, reproduzir informações sem orientar a função real das ONGs e o que pretende o imperialismo. Já o PCO vem alertando o conjunto da esquerda, que o imperialismo vem radicalizando a política identitária na esquerda pequeno-burguesa, que mordeu a isca, levando o governo, por meio de figuras como Silvio Almeida, Flávio Dino, Augusto Botelho entre outros, a impor o que manda as organizações que os auxiliam.

É preciso lembrar que a Gazeta auxiliaram ideologicamente a direita atual com colunistas como Olavo de Carvalho, que era a favor da censura aos movimentos revolucionários, o que nos coloca a fazer a seguintes questão: Será que a extrema-direita voltando ao poder executivo, contando com diversos deputados neoliberais e reacionários não utilizarão essa lei contra a esquerda de conjunto? Leis contra o comunismo já estão nas gavetas do congresso e a “PL das Fake news” está sendo forçada sem participação e amplo debate, apenas instrumentalizadas pelo grupo Globo (entre outros associados), do qual faz parte a Gazeta do Povo. Portanto, sendo a Globo a principal interessada na censura das massas na internet, a Gazeta estaria cumprindo um papel de ajudar nessa promoção do imperialismo, isto é, colocando em confrontação opiniões que fortaleçam a histeria da própria esquerda pequeno-burguesa?

Essas questões precisariam ser feitas pelos sindicatos de trabalhadores, por partidos de esquerda e movimentos sociais, a fim de tomarem uma posição de compreensão prática de combate à verdadeira censura, que poderá se voltar, em breve, contra jornalistas, professores, partidos e qualquer oposição à qualquer burguesia que assuma o poder executivo e tome todas as casas do Congresso. Isso poderá levar a um regime de exceção sem precedentes na história do País, pois de fato é isso que almeja a burguesia sempre, ou seja, amplo controle da informação e instrumentalizar o regime para destruir a oposição. Deste modo, o governo não pode permitir que, por meio do identitarismo, tenhamos um regime pleno de censura das massas e do mínimo

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