No último sábado, na Análise Política da Semana, Rui Costa Pimenta foi enfático: a classe dominante brasileira não tem competência para desenvolver o Brasil. Ela já perdeu todas as oportunidades que a História lhe deu, sempre nos levando para trás. Está na hora de desocupara a moita.
A classe dominante brasileira é formada por vermes parasitas ignorantes que entregam o país ao subdesenvolvimento em troca de alianças de vassalagem com os norte-americanos e com os demais países europeus. Com tantas riquezas à disposição, essa classe dominante poderia ser uma das mais ricas e poderosas do mundo.
Mas o que ela faz? Ela entrega tudo em troca de fazer parte dos falsos círculos de status internacional. Compra-se Ferraris, mas jamais pensa-se em produzir carros similares com tecnologia brasileira.
Essa estreiteza condena todos nós a vivermos menos da metade da vida que poderíamos viver. É hora de cobrar a conta pelo subdesenvolvimento brasileiro.
Essa semana, tomei conhecimento de dois textos que compartilho. Um diz respeito ao passado recente do Brasil, outro diz respeito ao futuro.
No Jornal GGN, o jornalista Luis Nassif publicou um artigo que compara o Brasil à ex-União Soviética e Fernando Henrique Cardoso a MIkhail Gorbachov. Ele busca entender porque o Brasil perdeu a oportunidade de ser a China.
Diz ele: “Coube a Fernando Henrique Cardoso ser o nosso Mikhail Sergeevitch Gorbatchov, o dirigente que destruiu a economia russa, transformando uma das maiores potências econômicas em um mero coadjuvante de segunda linha.”
Mais adiante, coloca: “Era impressionante o grau de estupidez e de desconhecimento da economia real, por parte dos economistas do Real. Lembro-me do pânico deles com a demora em deflagrar o processo de importações, apertando o câmbio e os juros, criando a âncora verde que quebrou milhares de empresas pelo país.”
E acrescenta: “No final de 1998, FHC implementou seu trágico modelo de privatização do setor elétrico, baseando-se no modelo inglês, cuja matriz energética era totalmente distinta da nossa, e a privatização do setor de telecomunicações, jogando fora estudos e pesquisas que poderiam ter tornado o país um player global.”
É bom ver que, finalmente, vozes além do PCO também mostram a era FHC com a lupa que ela merece. A era FHC é o retrato da estupidez da classe dominante brasileira. Foi nesse mesmo período que a China começou a dar o salto para ser o país que é hoje. E foi naquele momento que esses imbecis do PSDB começaram a cavar a cova em que estamos.
E eles ainda não estão satisfeitos. A agenda deles é que afundemos ainda mais. E parece que vão conseguir.
Uma estudo da empresa americana Goldman Sachs projetou as 15 mais importantes economias do mundo em 2075. Se a Goldman Sachs estiver correta, nosso futuro está condenado. Tudo bem que precisamos levar em consideração que se trata de uma empresa de análise de risco do império. Provavelmente é só propraganda. Mas, a projeção levanta a discussão.
Segundo a empresa, em 2075, China e Índia estarão na frente dos Estados Unidos como as maiores economias globais, com PIBs de mais de 50 trilhões de dólares. O Brasil ocupará a 8ª posição com um PIB de 8 trilhões de dólares, que não chega a dobrar o atual. A Nigéria, a Indonésia e o Paquistão estarão na nossa frente. Nós estaremos na frente da Alemanha e da França.
Essa posição da Nigéria por si só, diante da crise atual na África, merece um comentário à parte.
No entanto, se essa previsão se concretizar, isso significará que, nos próximos 50 anos, a classe dominante brasileira irá repetir a sua ignoráncia eterna contra o país e os partidos políticos de esquerda, sindicatos e demais instituições continuarão a fazer absolutamente nada para mudar esse quadro.
A soberania nacional e o desenvolvimento do país continurão na lata do lixo. As novas gerações já estão condenadas.
Para mudar esse prognóstico, está na hora de mandar a classe dominante brasileira para o lugar que ela merece.
O texto de Luis Nassif está neste link.
O ranking da Goldman Sachs está aqui.