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Crime hediondo acobertado

Historiadores comprovam uso de armas biológicas contra palestinos

Envenenados, submetidos a um surto de tifo e enfrentando exércitos fortemente armados pelo imperialismo. Palestinos não tiveram qualquer chance contra Israel e o imperialismo

Reforçando o caráter criminoso e inescrupuloso da ditadura sionista de Israel, os historiadores israelenses Benny Morris (da Universidade Ben-Gurion do Negev) e Benjamin Z. Kedar (Universidade Hebraica de Jerusalém) divulgaram, em setembro de 2022, documentos comprovando que os sionistas fizeram uso de armas biológicas contra a população palestina, ainda antes da oficialização da invasão da Palestina. “‘Cast Thy Bread’: Israeli Biological Warfare during the 1948 War” (“Lance seu pão’: Guerra biológica israelense durante a Guerra de 1948”, em tradução livre) é o nome do artigo escrito por Benny e Kedar, dando concretude à série de horrores cometidos pelos sionistas contra os palestinos.

A partir de documentos oficiais, os autores detalham como, em abril de 1948 (um mês antes da criação do Estado invasor de Israel), os sionistas envenenaram as fontes de suprimento de água dos palestinos com a bactéria Salmonella typhi, responsável por causar a temida e mortal febre tifoide.

Os sintomas mais característicos que acompanham a doença são: febre prolongada, alterações intestinais que vão da constipação à diarreia com sangue, cefaleia (dor de cabeça), falta de apetite, mal-estar, prostração, aumento do fígado e baço, distensão e dores abdominais, náuseas e vômitos. Em alguns casos, aparecem manchas rosadas no tórax e abdômen conhecidas por roséola tífica.

Sem tratamento, esses sintomas se agravam e podem surgir complicações graves, como hemorragias abdominais e perfuração do intestino, com risco de o quadro evoluir para septicemia, coma e morte.

Febre prolongada, diarreia com sangue, prostração, eventualmente coma e morte. Não é preciso muita imaginação para vislumbrar como o “sucesso” dessa operação desumana foi celebrada pelos criminosos que a executaram. Um método verdadeiramente nazista, combinando doses cavalares de brutalidade e covardia para minar qualquer tipo de resistência e expulsar massas de seres humanos de suas terras, esclarecendo também o quão mentirosa é a afirmação de que os sionistas querem coexistir pacificamente com o povo palestino.

Segundo o estudo dos historiadores israelenses, vários vilarejos e cidades árabes foram alvo de envenenamentos do tipo, mesmo antes da guerra de 1948, o que foi destacado pelos invasores da Palestina como uma tática fundamental, permitindo a captura permanente de terras palestinas e a expulsão dos habitantes originais.

O envenenamento do aqueduto de Kabri, uma fonte primária de água para diversos assentamentos palestinos, foi considerado o mais sério e potente caso de uso de armas biológicas durante a Guerra de 1948, apesar de ter ocorrido antes do início formal do conflito.

Na cidade de Acre, localizada em território que seria árabe mesmo após a partilha criminosa da ONU, muitos árabes, ainda sofrendo os efeitos do envenenamento, tentaram se refugiar. Um surto de tifo acomete a cidade, que em pouco tempo recebe a visita das forças sionistas, que dão um ultimato: ou os moradores abandonam a cidade, ou, anunciam os sionistas, “vamos destruí-los até o último homem e totalmente”. Horas depois, os líderes árabes se renderam, levando consigo 13.510 civis que seriam deslocados. Para sempre.

Os agentes sionistas iniciaram uma ampla campanha de “assédio por todos os meios” contra soldados e civis em toda a Palestina, e no território dos países árabes envolvidos na Guerra de 1948. O objetivo era expulsar não apenas os moradores da porção territorial entregue pela ONU aos sionistas, mas também dominar a Cisjordânia e garantir que os refugiados deslocados não voltassem para casa.

Mesmo ultrapassando qualquer noção de limite, os crimes cometidos pelos sionistas eram conhecidos por autoridades e pela ONU. Ainda conforme os documentos obtidos pelos historiadores, no final de maio daquele 1948, o ministro das Relações Exteriores do Egito enviou um telegrama ao secretário-geral da ONU anunciando a prisão de dois “agentes sionistas que admitiram ter sido instruídos a contaminar as fontes das quais as tropas egípcias em Gaza extraem seu suprimento de água”.

A dupla reconheceu ter despejado germes causadores da febre tifoide e disenteria em poços, tendo também sido encontrados em posse de “vários frascos contendo um líquido contendo os germes de disenteria e febre tifoide”, assim como um “cantil contendo um líquido com uma alta concentração de germes de febre tifoide e disenteria”.

Longe do que seria humano supor, a operação criminosa continuou, envenenando milhares de palestinos indiscriminadamente, mulheres, crianças, enfermos e idosos. Apoiados pela cumplicidade criminosa de governos árabes e da ONU, os palestinos continuaram sofrendo seu pesado martírio, adoecendo, incapazes de resistir e enfrentando hordas de nazistas furiosos, e fortemente armados, dispostos a qualquer loucura para roubar suas terras e seu país.

Há quase um ano, tais informações são públicas, à revelia de todos os esforços empreendidos pelos sionistas para ocultar seus crimes. A propaganda imperialista, no entanto, insiste em caracterizar a resistência armada palestina como criminosa, hedionda, quando não explicam que as monstruosidades cometidas por Israel são uma reação à ação dos palestinos. São cúmplices também de todos os crimes bárbaros sofridos pelo povo palestino.

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