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Palestina

Hamas impõe dificuldades militares a Israel no norte de Gaza

Nesta terça-feira, 14 de novembro, Osama Hamdan, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, garantiu que o povo libre e Hamas “estão no controle da situação na Faixa ".

Nesta terça-feira, 14 de novembro, Osama Hamdan, porta-voz das Brigadas Al-Qassam – braço armado do Hamas -, garantiu que os palestinos e o Hamas “estão no controle da situação na Faixa de Gaza”.

A declaração numa entrevista em Beirute, capital do Líbano, ocorreu horas após o comunicado do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, propagandeando que as Forças de Defesa de Israel (FDI) tomaram o controle da região norte da Faixa de Gaza.

Qual o controle de Israel em Gaza?

Segundo Gallant: “Nossas forças terrestres estão lutando nas áreas onde estão localizados vários batalhões da organização terrorista. A capacidade de combate do inimigo foi seriamente desestruturada e as bases militares do Hamas nesse local deixaram de funcionar de forma organizada”.

“Sabemos que as forças israelitas ainda encontram resistência nas zonas fronteiriças onde entraram pela primeira vez na Faixa de Gaza há cerca de 10 dias, e parece razoável assumir que enfrentam maior resistência dentro da Cidade de Gaza”, afirmou Rabbani.

Entretanto, a realidade difere da apresentada pela máquina israelita de propaganda. A FDI continua travando combate diário desde 27 de outubro, inclusive nas regiões fronteiriças.

Segundo o escritor e analista independente especializado em assuntos palestinianos, Mouni Rabbani: “Embora seja claro que as forças israelitas estão avançando com sucesso para dentro da Cidade de Gaza, ainda não está claro até que ponto estas são incursões em oposição a avanços que estabeleceram o controlo real. Por um lado, as forças israelitas estão claramente a avançar, por outro , o seu significado militar permanece obscuro”.

Todas as áreas sob “domínio” da FDI estão repletas de combatentes palestinos, que travam combates diários. A região segue em conflito com resistência do povo palestino organizado, os únicos frutos das “incursões” e “avanço” da FDI são a captura de edifícios civis, sem qualquer significado militar.

“A presença dos militares israelenses em locais-chave como aqueles que você menciona é indiscutivelmente de valor político simbólico, mas a sua utilidade militar é marginal. A residência do governador, o conselho legislativo, etc., não são locais militares importantes, nem sequer são locais militares. Estas ações são mais relacionadas com a promessa de Israel de eliminar a capacidade do Hamas de governar a Faixa de Gaza”, enfatizou Rabbani.

Qual a situação do Hamas e demais combatentes?

Sobre a situação ao norte de Gaza, onde a FDI afirmou ter controle, Hamdan: “garante ao povo palestino e a todas as pessoas livres que a resistência e as Brigadas Al-Qassam estão no controle da situação na Faixa de Gaza”.

Para Rabbani, a situação é Gaza é a seguinte: “Sabemos que as forças israelitas ainda encontram resistência nas zonas fronteiriças onde entraram pela primeira vez na Faixa de Gaza há cerca de 10 dias, e parece razoável assumir que enfrentam maior resistência dentro da Cidade de Gaza”.

O mesmo Rabbani completa afirmando: “Pelo que posso observar, as capacidades de comando e controle do Hamas, a sua capacidade de disparar foguetes contra cidades distantes como Tel Aviv e a sua capacidade de continuar atacando as forças israelenses em avanço não foram afetadas. Não posso imaginar que não tenham sido degradados ou sofrido perdas, talvez significativamente. Mas como organização combatente permanece intacta “.

Temos então que a capacidade organizativa e bélica das forças combatentes palestinas continua intacta. Nas palavras de Hamdan: “A batalha apenas começou, haverá mais por vir”.

Guerra aos civis

Foto: AFP 2023 / JACK GUEZ

Os números dos últimos dias dos conflitos são reveladores. Em 39 dias de conflito foram assassinados 11,5 mil civis palestinos, havendo nesse período o registo de 30 mil feridos e 16 milhões de desabrigados.

Israel demonstra as claras sua política genocida ocupação territorial. Após perder o controle sobre a região, apoiado pelo imperialismo norte-americano, tentar a todo custo retomar sua antiga posição no Oriente Médio.

Israel apenas assassina civis

Considerando o aspecto militar, o desenvolvimento de Israel, mesmo num conflito contra uma população sem um exército regular tradicional, é pífio. Não avanços militares significativos, pelo contrário a um custo político e econômico altíssimo, sem qualquer retorno.

As forças militares de Israel não fazem nada além de assassinar civis, principalmente mulheres e crianças, os setores mais frágeis da sociedade. Tanto que, dois terço dos mortos palestinos são mulheres e crianças.

Ataque a hospitais

Direita de Fato/Twitter
Soldados israelenses interrogaram diversas pessoas no hospital, inclusive pacientes

Nesta quarta-feira, dia 15 de novembro, o Hospital Al-Shifa localizado no norte de Gaza, foi invadido pela FDI. O Al-Shifa é o maior hospital de Gaza, contando com uma equipe medica de 400 funcionários e um abrigo para mais de 3 mil civis refugiarem-se dos bombardeios.

Os soldados israelenses entraram no hospital encapuzados e atirando, exigindo que todos os maiores de 16 anos se entregassem. Depois começaram a interrogar funcionários, pacientes e os refugiados palestinos.

O diretor do hospital pediátrico de Rantissi, Mostapha Khaalout, que fica a cerca de 2 quilômetros do Al-Shifa, em entrevista à rádio Monte Carlo Doualiya, afirmou que:

“Já no hospital Al-Shifa a situação é dramática. Ele está cercado pelas forças israelenses e mortos são empilhados nos corredores. Os corpos não podem ser enterrados porque quando se tenta sair do hospital, os soldados atiram contra as pessoas. Cachorros de rua estão comendo os cadáveres”.

Se alguém não lembra do comboio de ambulâncias bombardeado por Israel, podemos listas alguns hospitais que passaram por situação similares ao do Al-Shifa.

No Hospital al-Rantissi, a FDI afirmou existir um “centro de comando e controle do Hamas”, realizaram uma intervenção similar ao do Al-Shifa e depois encenou uma libertação do Hamas.

Essa prática não é novidade. Em conflitos anteriores, diversos hospitais foram invadidos ou desativados pelas forças israelenses. O Hospital al-Quds teve suprimentos cortados nos anos 2000, foi bombardeado em 2008 e 2009, e neste conflito houveram “21 terroristas foram mortos” no hospital, supostamente.

Um Hospital financiado pela Indonésia, construído em 2015, sofreu bombardeios israelenses nos dias 28 e 29 de outubro, tendo um saldo de 30 mortos. No dia 5 de novembro, a FDI justificou os bombardeios por suposto posto de comando subterrâneo do Hamas, informação não reconhecida pelas forças palestinas, que seguem atuantes, apesar das mentiras e das inúmeras tentativas frustadas das forças sionistas de arrasar com a reação armada palestina.

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