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Imprensa Pró-imperialista

Hamas, Estado Islâmico e Bolchevismo são a mesma coisa?

Estadão iguala métodos do Hamas ao Estado Islâmico e ao revolucionários da Rússia de 1917

No último domingo (29), o Estado de S. Paulo, jornaleco porta-voz dos interesses do imperialismo e, portanto, do nazismo sionista, publicou uma suposta análise, intitulada “Onde a estratégia do terror do Hamas está vencendo?”, onde comparou tal partido, que foi eleito para representar povo árabe na Palestina, ao Estado Islâmico (conhecido também por ISIS e Daesh) e também aos Bolcheviques.

Em primeiro lugar, cabe esclarecer que, apesar da orientação islâmica de ambos coincidirem, os métodos do Hamas não são os mesmos do Estado Islâmico. Este último faz uso com muito mais frequência do que se convencionou chamar de “terrorismo”. Já o Hamas atua como um exército não regular. Isso não significa que legitimamente um ou outro passam usar diferentes métodos.

As brigadas do Hamas atuam como forças de libertação do povo árabe no território palestino que inclusive lideram outras organizações armadas como a Jihad Islâmicas e a Frente pela Libertação da Palestina. O fato de atuar junto com outras organizações demonstra que o Hamas não está buscando impor os seus interesses sobre outros setores, mas defendendo o interesse de toda população árabe que vive na Palestina. 

Sobre o suposto fundamentalismo do Hamas, as declarações de uma das idosas libertadas por questões de saúde que diz que foi bem tratada pelo Hamas desmontam por completo essa tese. As acusações de decapitações de bebês e de estupro de mulheres sem provas não podem ser levadas a sério, como se sabe, o nazismo se utiliza de uma fábrica de mentiras. A retratação da Casa Branca sobre a declaração de Joe Biden, que afirmou ter tido acesso a fotos das supostas crueldades, deveria colocar uma pedra sobre o assunto. Até mesmo a autoria do lançamento de uma bomba sobre um hospital atribuída à Jihad Islâmica foi desmentida.   

Alguém poderia questionar ainda sobre as mortes e reféns que resultaram das incursões inéditas do Hamas em território colonizados. Mas, desde 1948, o Estado de Israel dominou quase todo território da Palestina, milhões de cidadãos foram expulsos de seu país, centenas de milhares foram presos e dezenas de milhares foram assassinados. Sendo assim, as ações sionistas são infinitamente mais questionáveis que das forças de resistência palestina.  

O sequestro de um embaixador dos Estados Unidos que resultou na libertação de 15 presos políticos da Ditadura Militar no Brasil deveria ser questionado? Os métodos do Movimento 26 de Julho que abriu caminho para derrubada da ditadura de Fulgêncio Batista em Cuba deveriam ser questionados? Ou o terrorismo da resistência argelina contra a colonização francesa no país? Finalmente, a luta contra os colonizadores e ditaduras somente pode ser realizada através da força e não cabe questionar os métodos dos oprimidos. 

É importante destacar também o cinismo do imperialismo em relação ao Estado Islâmico. Na Síria, onde buscava-se desestabilizar o governo de Bashar Al-Assad, o imperialismo armou até os dentes o Estado Islâmico. Em outros países, quando é de interesse do imperialismo, como na Somália, busca-se combater o Estado Islâmico. Então, tudo é bastante relativo quando se trata dos métodos utilizados pelo imperialismo, o problema fundamental não é o extremismo religioso, basta ver que o imperialismo manteve relações promíscuas por muitos anos com a Arábia Saudita. 

A comparação com o Bolchevismo é uma tentativa de justificar a participação das Forças Armadas dos países imperialistas na Palestina. Após a derrubada da Monarquia Czarista na Rússia, um regime autocrata que foi vítima do terror dos oprimidos, os países imperialistas buscaram impedir que a Revolução Russa liderada pelos Bolcheviques se concretizasse e, mesmo com todo poder bélico que dispunham, foram derrotados pelo Exército Vermelho. Esse é o problema fundamental neste caso, o fim do Nazismo Sionista na Palestina abre caminho para o maior pesadelo do imperialismo, a Revolução Socialista do povo palestino.

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