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Francisco Weiss

Militante do PCO em São Paulo. Juntou-se ao partido em 2018, em meio à campanha da luta contra o golpe e pelo “Fora Bolsonaro”. É membro da coordenação do Grupo por uma Arte Revolucionária Independente (GARI), além de dirigente do PCO em São Paulo. Apresenta de segunda a sexta o programa Reunião de Pauta na COTV e outros programas do Canal e também da Rádio Causa Operária.

Um mestre brasileiro do piano

Há 160 anos nascia Ernesto Nazareth, entre o clássico e o popular

Neste mês de março, celebram-se 160 anos do nascimento de Ernesto Nazareth, o primeiro compositor brasileiro a cruzar com tranquilidade a ponte entre o erudito e o popular

Neste mês de março, irão se completar 160 anos de nascimento do pianista Ernesto Nazareth, um dos mais famosos do Brasil, referência para quaisquer admiradores da música instrumental brasileira, seja aqui mesmo ou no restante do mundo.

Nazareth, compositor de música ritmada e melodiosa, revolucionou a forma como se toca piano. Obras como Odeon, Brejeiro, Batuque e muitas outras mostram a capacidade do compositor de trazer a sonoridade dos violões, flautas e percussões para o piano, de modo que ele se torna um dos primeiros compositores do Brasil a fazer uma ponte entre o erudito e o popular. Fenômeno artístico que é, aliás, muito comum aos compositores brasileiros, haja visto figuras como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Villa Lobos e muitos outros.

Nascido no Rio de Janeiro, a 20 de março de 1863, Nazareth foi o que se pode chamar de prodígio. Aprendeu piano desde a infância com sua mãe, Carolina Augusta Pereira da Cunha, de quem herdou a paixão pela música do compositor polonês, Frederico Chopin. Carolina fazia com que o pequeno Ernesto ouvisse os clássicos, através de sua própria execução. Segundo consta, Nazareth se empolgava e dançava as peças dos mestres, elaborando suas próprias coreografias.

Após a morte precoce da mãe em 1874, Ernesto passa a receber aulas de outros pianistas renomados da época. Compôs sua primeira música, a polca-lundu, chamada “Você bem sabe”, a qual dedicou para seu pai, o despachante aduaneiro, Vasco Lourenço da Silva Nazareth. A apenas duas semanas de completar 17 anos, Nazareth realizou sua primeira apresentação no Club Mozart, o qual era frequentado pelo imperador Pedro II e sua família.

Seu primeiro grande sucesso veio em 1879 com a polca Não caio noutra!!!. Em 1893, compõe o tango Brejeiro, uma de suas mais famosas peças, com o qual alcançou sucesso internacional. A peça foi lançada nos Estados Unidos em 1914.

Durante um largo período de sua vida, trabalhou como pianista demonstrador na casa Carlos Gomes. À época, as casas de música era a forma mais comum de se tomar conhecimento das principais novidades musicais. Sua grande habilidade e originalidade foi reconhecida pelos principais estudiosos e músicos de sua época. Mário de Andrade era um grande admirador, Heitor Villa-Lobos dedicou a ele seu Choro nº 1.  

Nazareth era um grande compositor e alcançou fama mundial criando música essencialmente brasileira. Ele procurava trazer para o piano o som que vinha das ruas nas serestas e grupos de choro. Portanto, suas peças podem ser executadas tanto por um grande pianista de concerto quanto por Jacob do Bandolim ou outros chorões. Ao contrário do personagem Pestana, do romance O Homem Célebre, de Machado de Assis, o qual se frustrava por não conseguir escrever música de concerto e ter que se relegar a polcas, Ernesto Nazareth transformou as polcas, tangos brasileiros e outros ritmos nacionais em música de concerto.

* A coluna não expressa necessariamente a opinião desse jornal

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