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Desde o 11 de Setembro

Guerras promovidas pelos EUA mataram mais de 4 milhões

Estimativas conservadoras apontam para um morticínio impressionante causado pelo imperialismo sobre as populações pobres do mundo

Estudo publicado em março deste ano por Stephanie Savell, da Brown University nos Estados Unidos, propôs contabilizar os mortos direta e indiretamente pelas guerras que aconteceram após os atentados no país, ocorridos em 11 de setembro de 2001. O estudo se intitula “Como a Morte Sobrevive à Guerra: o impacto reverberante das guerras pós 11/9 na saúde humana“.

As informações levantadas indicaram entre 900 e 940 mil mortos diretamente nos conflitos armados ocorridos, por exemplo, no Iraque, Afeganistão, Paquistão, Iêmen e Síria. Já as mortes indiretas foram estimadas entre 3,6 e 3,8 milhões. No total, chegaram a um patamar de morticínio entre 4,5 e 4,7 milhões de mortos. Algo que não é abordado no estudo, mas que cabe pontuar aqui é que todos esses conflitos foram impulsionados direta ou indiretamente pela máquina de guerra dos Estados Unidos.

Entre as pessoas mortas por consequências das guerras, o estudo destacou mulheres e crianças, vitimadas especialmente por doenças diante da destruição dos serviços de saúde, das economias dos países atrasados e por danos ambientais. A desnutrição aparece como um importante fator para a degradação da saúde humana nos países que recebem doses cavalares da “democracia” norte-americana. Lembrando que sempre que preparam bombas para explodir nas cabeças de algum povo miserável, os governos norte-americanos se utilizaram das mais nobres justificativas.

A defesa dos “direitos humanos” e da “democracia” parecem um código para as mais desumanas aventuras militares. Após os atentados ao World Trade Center em Nova Iorque em 2001, os Estados Unidos montaram uma gigantesca operação militar visando uma dominação mais intensiva do Oriente Médio e da África. Primeiro foi o Afeganistão, depois o Iraque, e não pararam de eleger vilões mundo afora. Por “coincidência”, todos países atrasados com recursos a serem explorados pelas empresas imperialistas, como as petroleiras.

O impacto de sanções econômicas no número de mortes é apresentado como um fator que prova que a degradação econômica mata. Essas mortes não foram consideradas na contagem feita no estudo, então sabemos que, na verdade, o número de mortos pelas ações de guerra do imperialismo são bem maiores do que o estimado e as sanções econômicas, são, de fato, atos de guerra contra populações inteiras.

Os 4,5 a 4,7 milhões de mortos foram calculados com base na mais conservadora proporção de mortes em conflitos armados estabelecida na Declaração de Genebra de 2008. Essa conta considera que o número de mortos indiretos seria de apenas quatro vezes o número de mortos diretos. Porém, o estabelecido no documento aponta que essa proporção pode ser de três a quinze vezes maior. Se usando, por exemplo, a proporção de 10 mortes indiretas para cada morte direta, o levantamento realizado chegaria quase aos 10 milhões.

O estudo disserta sobre as dificuldades nesse tipo de cálculo, ao mesmo tempo, afirma que é impossível desconsiderar o enorme alcance das consequências das guerras na saúde das populações flageladas. Fica explícita a hipocrisia do imperialismo quando aponta quem seriam os “vilões” no mundo, pois nenhum deles têm a capacidade de acumular uma contagem de corpos tão gigantesca. Os Estados Unidos que querem a “mulher negra no STF”, fazem milhões de mulheres negras morrerem em decorrência dos conflitos que patrocina, impulsiona ou atua diretamente.

Frequentemente, o imperialismo patrocina filmes que mostram os norte-americanos como inimigos mortais do nazismo, que seria o mais terrível governo da história da humanidade. Porém, quando se leva em conta a quantidade de vidas destruídas ou simplesmente ceifadas pelas ações do imperialismo, em especial o norte-americano, Hitler e Mussolini parecem aprendizes diante dos Estados Unidos.

Quando a esquerda embarca nas campanhas contra governantes como Nicolás Maduro, Vladimir Putin ou Bashar al-Assad mostra uma indigência política digna de dó. Isso quando fazem isso inocentemente e não seguindo conscientemente as coordenadas dadas pelos seus patrocinadores.

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