Há 20 anos, em 2003, as tropas norte-americanas que invadiram o Iraque cometeram um grave crime de guerra: um atentado que resultou na morte do jornalista espanhol José Couso. Esse crime de guerra mostra como o imperialismo americano atuou de maneira mais bárbara do que no Vietnã, intimidando a cobertura da imprensa internacional.
José Couso chegou ao Iraque pouco antes do início da guerra, em 2003, junto a vários colegas da imprensa internacional. O edifício onde estava hospedado foi bombardeado pelo exército dos Estado Unidos. No mesmo evento, o jornalista ucraniano Taras Protsyuk foi morto na hora. Couso, que fazia filmagens no piso do prédio, foi gravemente ferido e levado ao hospital. Contudo, faleceu durante uma cirurgia.
Esse evento mostra como funciona o “humanismo” americano: consiste em coisas como bombardear um prédio civil, onde, além de tudo, havia jornalistas cobrindo a invasão norte-americana, numa clara tentativa de silenciar a imprensa internacional acerca das atrocidades cometidas pelos Estados Unidos. Posteriormente, o próprio Pentágono reconheceu a autoria do crime.
É importante destacar isso porque na Guerra do Vietnã, quando os Estados Unidos saíram derrotados, a imprensa teve papel importante para mostrar ao mundo e aos próprios cidadãos americanos que os EUA saíram derrotados. Do contrário, a narrativa de vitória americana poderia prevalecer. Desse modo, uma cobertura jornalística independente no Iraque era tudo que o imperialismo americano queria evitar para, além de ter controle das informações, poder cometer suas atrocidades livremente, como aconteceu.
Acontece que esses crimes de guerra não ficaram em segredo por muito tempo. Os jornalistas Julian Assange e Pablo Gonzalez, através da rede WikiLeaks, divulgaram informações e documentos confidenciais sobre os crimes de guerra cometidos pelo Estado norte-americano no Iraque.
A partir disso temos a outra face do imperialismo: a demagogia. O imperialismo gosta de acusar países como Rússia e a Bielorrússia de cometer censura e perseguição a jornalistas. No entanto, a OTAN, ou países ligados a ele, possuem mais jornalistas presos do que Rússia e Bielorrússia juntos. São 77 a 68, respectivamente.
Dentre eles, encontram-se os jornalistas Julian Assange e Pablo Gonzalez, citados anteriormente, presos porque expuseram a verdade dos crimes de guerra dos EUA. Julian Assange, por exemplo, trava uma luta sobre-humana para não ser extraditado aos Estados Unidos (no momento, está em cárcere na Inglaterra), país onde ele pode pegar prisão perpétua e corre risco de vida por divulgar os crimes de guerra dos Estados Unidos.