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Um sindicato amedrontado

Greve na UnB: movimento curto desarmado pela burocracia sindical

Mais uma ilusão antes da derrota

Na terça-feira, dia 13 de junho, a assembleia do Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da UnB, votou pela saída da greve. Entenda os motivos.

Gilmar Mendes ao sinalizar que iria rever o caso da retirada da URP (Unidade de Referência de Preços) devido ao recurso dos advogados do SINTFUB (Sindicato dos Trabalhadores da UnB) que apontaram a sua ação como algo que poderia trazer dano irreparável aos servidores públicos federais em educação, foi o motivo necessário para os sindicatos e as forças políticas antigreve se fortalecerem e influenciarem com floreios advocatícios a categoria. Os fatos apontam que as universidades e a educação em geral estão sofrendo fortes ataques políticos com intuito de controlar o Ministério da Educação e colocá-lo sob a guarda da direita e dos liberais, com claro projeto de destruição e consequente privatização do serviço.

A educação superior enfrenta algo que é extremamente penoso aos órgãos públicos que é o teto de gastos do serviço público, que desde o golpe de 2016 trouxe a emenda constitucional 95 de 2016 às pressas, arquitetado, votado e assinado pelos golpistas Renan Calheiros e Romero Jucá do MDB. O golpe de 2016 era antes de tudo um conjunto de medidas para atacar o Estado brasileiro e prejudicar ou sacrificar ainda mais a classe trabalhadora, e o teto de gastos foi uma dessas medidas duras engendradas pelo imperialismo à época para retroceder os avanços trabalhistas.

Dito isso, é preciso antes estabelecer o que de fato significa esse teto de gastos no seu exemplo prático na Universidade de Brasília – UnB. Em 2011, a UnB contava com valores repassados pela união acima do custeio básico para operação na universidade, sendo tal aporte um investimento fundamental para transformar a universidade. O valor em 2011 era de 67,8 milhões e que desde o golpe de 2016 tem sofrido tantas retiradas que hoje o repasse para a universidade sequer equivale à operação básica da universidade, destruindo, assim, toda a estrutura universitária que, inclusive, não consegue fazer mais reformas nos seus próprios apartamentos que são um recurso importante para equilibrar as contas universitárias e seus investimentos em pesquisa. Recentemente, o próprio CAD – Conselho Administrativo da Universidade de Brasília aprovou o processo de cessão de direitos para administração condominial dos seus apartamentos, pois a própria universidade alegou incapacidade de fazê-los diante de tamanha crise econômica.

A universidade está trabalhando pendurada nas contas e com a corda do teto de gastos no pescoço. Esse gargalo político é um instrumento fundamental para destravar as universidades, que está servindo para alavancar o processo de destruição das estruturas e serviços públicos.

O fato é que a categoria deflagrou a greve diante de um conjunto de fatos políticos que culminaram na Universidade de Brasília (UnB). Os ataques advindos da União nesses últimos anos desde 2016, característica da gestão neoliberal e burguesa do período pós-golpe, somada à impossibilidade das universidades lançarem novos editais para contratação de novos servidores, contribuiu para o processo de adoecimento e excesso de trabalho na universidade, acumulados pelos técnicos que vivem desde sua entrada no serviço público com a batuta do MEC de desvio de função para suprir a falta de concurso público na área.

Foi uma greve curta e intensa em grande medida devido à radicalização do movimento. No entanto, as forças políticas (SINTFUB, advogados, alianças com ADUNB) que desde o início estavam trabalhando contra a greve e seguiram organizando um caminho para amansar a categoria foi vitoriosa em sua apresentação dos floreios para recuar todo o movimento radicalizado na esperança de votação positiva da URP, um passo errado diante da oportunidade de avanço nas reivindicações. Votaram derrotados e enganados na oportunidade criada, rebocando a categoria pela ideia de que seus salários não serão mais roubados. Ledo engano, perdeu-se oportunidade de negociação com a reitoria melhores condições de trabalho, perdeu-se a toada das discussões do plano de carreira, perdeu-se a oportunidade de vanguarda vitoriosa contra uma decisão do Supremo.

A lição tirada é que a categoria nunca esteve parada de fato, mas profundamente adormecida por direções inócuas no movimento operário. A categoria provou-se competente e forte para conduzir suas reivindicações e deve estar colada ao sindicato para pressionar a gestão “querida” pela reitoria a fazer mais pela categoria para além dos acordos patronais. A luta não se encerrou nessa oportunidade, mas apenas começou.

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