Na última semana, o bloco de oposição no Japão se posicionou contra a política anunciada por Fumio Kishida, autoridade máxima do executivo japonês, denunciando que os sucessivos aumentos de impostos são uma medida do governo para encobrir os gastos que vêm sendo aumentados, mês após mês, com as Forças Armadas. Como alegam os críticos à gestão de Kishida, a maior cobrança de impostos virá para fazer com que os trabalhadores paguem pelas vontades do governo atual de expandir as despesas militares.
As alegações do governo são as seguintes: para melhorar as condições do país se defender de ameaças estrangeiras, deve-se aumentar imediatamente o investimento nas Forças Armadas em 3 trilhões de ienes (aproximadamente 38,5 bilhões reais). A realidade, por sua vez, vai além da justificativa de Kishida. O regime japonês necessita aumentar seus investimentos nos assuntos de defesa porque conforme aumenta a crise política, aumenta a pressão imperialista para os seus países se armarem mais, produzirem mais munições, produzirem mais ogivas e prepararem mais homens para serem mandados aos frontes. O Japão, assim como os Estados Unidos e a Alemanha, estão aumentando em todos os âmbitos seus gastos com fins militares e suas políticas imperialistas, condenando os trabalhadores de seus países ao pagamento de uma despesa que não os diz respeito – assim como fez a Ucrânia, quando o governo democrático foi derrubado pelos Estados Unidos e pela União Europeia para colocarem capachos ianques no poder.
No caso do Japão, entretanto, há a posição geográfica que faz com que urja o investimento militar do arquipélago: a situação política da região está esquentando, à medida que, nos últimos meses, a preocupação do imperialismo com Hong Kong e Taiwan aumentou gradativamente. A tensão entre o bloco liderado pelos Estados Unidos com a China irradia para toda a Ásia, enquanto o conflito da OTAN com os russos na Ucrânia fez com que Putin voltasse seus olhos para as Ilhas Curilas – região de disputa entre Japão e Rússia desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
No entanto, como um bom país imperialista, as intenções do governo direitista japonês, liderado por Fumio Kishida, resultarão em um fim comumente visto no imperialismo: os trabalhadores pagarão pelas empreitadas de seus governos.
