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Imperialismo enfraquecido

Golpes militares na África: o efeito dominó

Com o imperialismo enfraquecido, o poder de seus fantoches na África também fica profundamente debilitado

Quinta-feira, 31 de agosto. O presidente de Uganda decide aposentar compulsoriamente onze generais das Forças Armadas. O mesmo havia acabado de acontecer em Ruanda e em Camarões. Quarta-feira, 30 de agosto. Uma junta militar anuncia “à comunidade internacional e à comunidade nacional” que o presidente Ali Bongo foi deposto. Golpe militar no Gabão. Quarta-feira, 26 de julho. Uma junta militar anuncia a derrubada do presidente Mohamed Bazoum. Golpe militar no Níger.

Não há dúvida de que há um amplo movimento em curso na África. Como os golpes efetivamente se desenvolverão, ainda é cedo para afirmar. No entanto, uma coisa já é clara e objetiva: eles se dão contra a dominação imperialista francesa nesses países. Eles surgem de uma revolta contra a política de rapina operada pelos países ricos, que fazem da África uma espécie de campo de caça.

Tudo se torna ainda mais bem definido quando levado em conta alguns outros acontecimentos. Por um lado, se levarmos em consideração os golpes militares que ocorreram em 2021 na Guiné e no Mali e o golpe militar que aconteceu em 2022 em Burquina Fasso, os acontecimentos mais recentes na África se revelam como a aceleração de um processo de grande envergadura que já vinha acontecendo há, pelo menos, três anos.

Outros acontecimentos relevantes são os recentes encontros entre representantes dos países oprimidos. Pouco antes do golpe no Níger, ocorreu a cúpula dos países africanos com a Rússia. “Os chefes de Estado africanos devem parar de se comportar como marionetes dos imperialistas”, declarou, no evento, Ibrahim Traoré, presidente de Burquina Fasso, revelando a tendência de enfrentamento com os países ricos por parte dos setores mais nacionalistas dos regimes africanos. Não por acaso, o golpe no Gabão também aconteceu pouco depois de um evento de extrema importância: a 15ª Cúpula dos BRICS, que teve como uma de suas principais consequências a adesão de países africanos como Egito e Etiópia.

O que todos esses acontecimentos revelam é que o movimento em curso é, na verdade, uma espécie de “efeito dominó”. Uma derrocada espetacular da dominação francesa no continente africano. A França é um país imperialista que está muito enfraquecido, ao mesmo tempo em que a Rússia apareceu desafiando abertamente o imperialismo e tem sido extremamente bem sucedida. Com a debilidade cada vez mais evidente dos opressores, a tendência em todo o mundo é de uma rebelião completa contra a ordem mundial.

A rebelião dos países africanos está intimamente relacionada com todas as grandes demonstrações de fraqueza dos opressores. Os Estados Unidos, donos do exército mais poderoso do planeta, foi expulso por milícias miseráveis no Afeganistão. A Ucrânia, mesmo com o apoio de todos os países imperialistas, está em um processo de desintegração social, tamanha a sua derrota perante a Rússia.

O enfraquecimento do imperialismo é o fator fundamental para a existência de todos esses golpes militares na África. Em todos os países africanos que se rebelaram, havia governos extremamente autoritários e corruptos, mas que conseguiam manter a sua dominação por que eram temidos. Ali Bongo, por exemplo, era tido como “o homem de Obama na África” – isto é. uma pessoa ligada diretamente ao regime mais poderoso do mundo. Desafiar sua autoridade seria o mesmo que comprar uma briga com a OTAN, com a CIA e com o exército norte-americano.

Com o imperialismo enfraquecido, o poder de seus fantoches na África também fica profundamente debilitado. E na medida em que os governantes vão sendo, um a um, derrubados, os militares nacionalistas vão mostrando aos povos oprimidos que é possível vencer a ditadura dos países imperialistas.

Que venham mais golpes nacionalistas por aí. Fora o imperialismo da África!

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