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O Banco Central serve a quem?

Gleisi está certa: fora Campos Neto! Fim da autonomia do BC!

É preciso mudar mesmo a direção do Banco Central, mas não podemos ter ilusão de que será com apoio do senado.

Gleisi Hoffman

A atual situação do governo Lula, no mínimo, inspira uma grande discussão para que se busque uma saída política concreta para o país, que está refém dos golpistas da terceira via e do bolsonarismo. Para alguns membros do PT, como a deputada federal Gleisi Hoffmann, a discussão urgente sobre os combustíveis e o caso do Banco Central e seu presidente Roberto Campos Neto precisa de uma solução. Segundo o portal Brasil247 a “presidente do PT afirmou que Roberto Campos Neto ‘não entrega resultado’ e que o governo Lula poderá articular junto ao Senado a troca do presidente do Banco Central”.

A deputada ainda enfatizou “É um absurdo uma taxa de juros de 13,75%”, afirmou Gleisi em entrevista a Guilherme Amado, do Metrópoles. “Está gerando desvantagem competitiva para o Brasil. É contra o Brasil. Acho que ele tinha que pedir para sair do Branco Central, ele não tem nada a ver com esse projeto que ganhou nas urnas. Nós precisamos ter um Banco Central que cumpra seu papel, que é de controle da inflação – mas também de geração de emprego, que está lá na lei da autonomia -, mas que não estrangule o país. Não está certo o que ele está fazendo”.

A deputada alertou para algo que o tal “mercado” já vem sinalizando para este ano, isto é, uma desaceleração ainda maior da economia com risco de recessão. Segundo ela, o governo precisa se contrapor a isso agindo na direção contrária, a partir da criação de investimentos, geração de emprego e renda, algo que não contempla o projeto do então presidente do Banco Central Campos Neto. Uma coisa que chama a atenção da fala da deputada do PT diz respeito a algo que ela diz que o tal “mercado” não quer: a desaceleração da economia e muito menos uma recessão econômica.

Será que não quer mesmo? Afinal, o tal “mercado” poderia conviver muito bem com uma recessão econômica, já que os lucros dos bilionários brasileiros e de fora do país não são provenientes da atividade econômica produtiva (bens e serviços); muito pelo contrário, pois é justamente a política monetária hedionda de estratosféricas taxas de juros que gera a recessão e ao mesmo tempo enche os bolsos de banqueiros e especuladores que recebem altíssimas remunerações provenientes das taxas de juros pagas aos títulos da dívida pública a rentistas nacionais e estrangeiros.

Uma recessão econômica pressionaria ainda mais o governo Lula provocando uma instabilidade ainda maior ao país, o que torna o governo ainda mais refém dos golpistas de plantão e ocasião. Quem sofre com a política recessiva imposta pelo imperialismo e banqueiros oportunistas e entreguistas do país são os micro, pequenos e médios proprietários de negócios, além dos milhões de brasileiros assolados pelo desemprego, miséria e fome, que estão vivendo em condições precárias na forma de moradias irregulares, ocupações, marquises de casas e edifícios, além das cotidianas filas pra conseguir ossos, cartilagens e demais restos de comida em doações e lixeiras nas grandes e médias cidades, em destaque.

O portal Brasil247 destaca fala da deputada Gleisi: “Ela explicou que para trocar o presidente do BC, o presidente Lula (PT) precisará da chancela do Senado: para isso, precisará articular internamente os votos necessários, ação esta que não pode ser descartada, disse Gleisi. “É uma decisão do presidente da República e tem que ser votada pelo Senado. Eu acho que seria mais fácil [ele pedir para sair], para ele, para nós, para todo mundo. Se ele ficar e continuar não entregando resultado, acho que tem que submeter ao Senado. Qual é o problema? As coisas não são imexíveis. É um medo disso, de falar do tema do Banco Central, do presidente do Banco Central. Onde é que está o problema? Não deu certo, sai. E eu acho que o Senado da República tem responsabilidade com o país, tem que fazer uma discussão. Pode ser que hoje se a gente for fazer uma discussão não tenha maioria, mas na política tudo muda”.

“Nós não precisamos de um presidente de Banco Central que faça política. Nós precisamos de um presidente de Banco Central que dê resultado. Se ele quiser dar resultado, é baixando a taxa de juros. E não é para agradar o governo não, é pelo país, pelo povo, pelo emprego que a gente tem que gerar, é pelo desenvolvimento”, finalizou.

A questão que devemos destacar do posicionamento da deputada federal do PT é que; apesar da exigência ser correta devemos considerar que o apelo institucional ao senado não irá surtir os efeitos desejáveis, já que a maioria dos congressistas são golpistas delinquentes, que representam os interesses da burguesia e do imperialismo e pouco irão fazer para expurgar Campos Neto da presidência do Banco Central. Precisamos assegurar que a fala da deputada petista tenha apelo popular para que a sociedade se mobilize na direção de impor a política correta do Banco Central; bem oposta a atual. Uma política de taxas de juros “zero” para que os investimentos em políticas públicas sociais e de infraestrutura possam ser viabilizados na prática e que as empresas estatais brasileiras, assim como o próprio BC, trabalhem para o desenvolvimento do país e não para os dividendos dos banqueiros e rentistas de dentro e de fora do Brasil. Fora Campos Neto e todos os agrupamentos políticos da terceira via e do bolsonarismo dentro do governo Lula!

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