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Análise da 3ª:

“Frente contra Venezuela vai do bolsonarismo à extrema-esquerda”

Rui Costa Pimenta tratou da campanha de calúnias contra a Venezuela e Maduro e de vários outros temas de política nacional e internaciona

O programa Análise Política da 3ª, transmitido ao vivo pelo canal da Rádio Causa Operária no YouTube foi ao ar nesta semana em horário excepcional, na quarta-feira, às 17 horas. Nesta semana, o tema destacado foi a visita de Nicolas Maduro ao Brasil. O programa seguiu com a mesma dinâmica de sempre, em que Rui responde às perguntas dos apresentadores João Pimenta e Francisco Muniz, e também às do público, que chegam através do chat

A questão da visita de Maduro ao Brasil foi abordada logo no começo, com o comentário de que a imprensa brasileira fez uma campanha gigantesca contra o tratamento positivo dado por Lula a Nicolas Maduro, classificando-o de “vexatório para o Brasil”.

Sobre o caso, o presidente nacional do PCO comentou que é natural que a imprensa brasileira (que, em geral, age a serviço de Washington) ataque Maduro e Lula por recebê-lo. A Venezuela é um país que vem sendo governada pelos nacionalistas há muitos anos. Hugo Chávez procurou levar adiante uma política independente para a Venezuela, o que foi continuado por Maduro.

Rui também lembrou que o imperialismo procurou empossar um presidente fictício para a Venezuela, Juan Guaidó, que foi eleito pelo imperialismo. Além disso, os órgãos internacionais de “direitos humanos”, que agem em prol da política norte-americana, também contribuem para a campanha de calúnias, emitindo relatórios farsescos de violações de direitos humanos na Venezuela. 

O próprio fato de o governo Maduro ter convocado uma Assembleia Constituinte, que possibilitou aos setores mais pobres da população terem poder de voto nas decisões do país, foi classificado como “anti-democrático”, o que é de um cinismo gigantesco, visto que no Brasil é tudo decidido por figuras que ninguém elegeu como Alexandre de Moraes e outros ministros do STF. Tudo a serviço do imperialismo norte-americano, que exerce um duríssimo bloqueio econômico contra os venezuelanos para poder botar a mão no seu petróleo. 

Como a campanha foi encomendada por Washington, juntaram-se a ela a direita tradicional, os bolsonaristas e até um setor da esquerda (PCB, PSOL, PSTU, etc.) que está sempre alinhado com o imperialismo. Formou-se uma frente ampla, portanto, que vai do bolsonarismo até a extrema-esquerda, para atacar Maduro, a Venezuela e Lula. Essa postura vergonhosa de todos esses setores apenas mostra que a esquerda e a direita no Brasil são forças coloniais, que agem a serviço de seus patrões do Norte.

Também foi lembrado o presidente do Chile, Gabriel Boric, que fez uma declaração atacando Lula por classificar toda a campanha de calúnias contra a Venezuela como uma “narrativa”. Segundo o “mordomo da direita chilena”, as violações de direitos humanos na Venezuela seriam fatos, coisas reais.

Rui lembra que Boric só diz isso porque a Secretária de Direitos Humanos, Michelle Bachelet, é “cupincha” de Boric e ex-presidente do Chile. Agora, Boric está entregando o país para a direita, mantém vários presos políticos em seu país e vem acusar Maduro de uma série de coisas sem ter autoridade política nenhuma para isso. 

Lula está certo. Inventaram uma “historinha”, um “conto de fadas” para atacar a Venezuela, mas tudo não passa de mentira. As mentiras são contadas por toda a imprensa e, vergonhosamente, até pela esquerda, numa campanha coordenada, mas os grandes “sacerdotes da verdade” do Brasil, entes como Flávio Dino e Alexandre de Moraes, nada fazem a respeito. 

Também foi comentada a justificativa de Jones Manoel para não defender a Venezuela. Ele disse que Nicolás Maduro estaria tentando “acabar” com o Partido Comunista Venezuelano, o que é uma mentira, já que o PCV não foi colocado na ilegalidade e pode participar de eleições. 

Outro tema abordado foi a construção da ferrovia Ferro Grão, que irá ligar o Centro-Oeste ao Norte do Pará, para transporte de carga. O PSOL entrou com um pedido para embargar a ferrovia porque ela passa por 0,0054% de terra indígena. A ferrovia irá acompanhar a BR163, portanto não haverá nenhum desmatamento. O PSOL ainda conseguiu uma liminar do STF para barrar a construção.

Rui concluiu que isso é parte de uma verdadeira guerra econômica contra o Brasil, junto com a questão do petróleo. Trata-se de uma obra importante, num país gigantesco, que está sendo embargada por uma besteira. Não se trata de um projeto que irá desabrigar dezenas de milhares de índios nem nada do tipo, será apenas uma ferrovia que irá passar pelo mesmo trecho onde já passa uma BR e que irá, inclusive, diminuir o tráfego de caminhões naquele local.

Isso, somado à tentativa de impedir a exploração de petróleo – que é feita sob o argumento de que “não se deve explorar petróleo” – consiste numa gigantesca guerra econômica contra o país. São as mesmas pessoas que se colocam contra o projeto do governo de disponibilizar carros populares para a população e contra todos os tipos de geração de energia elétrica (hidrelétrica, eólica, solar etc.). Rui diz que espera que o Lula trate essa campanha da mesma forma que tratou as críticas ao Maduro: “Não ligue a mínima”.

Para acompanhar os outros temas discutidos no programa e se aprofundar na discussão, basta acessar o vídeo abaixo. A Análise Política da 3ª vai ao ar todas as terças-feiras, às 16 horas, no canal de YouTube da Rádio Causa Operária.

Lula, Maduro e a revolta da imprensa burguesa - Análise Política da 3ª, com Rui C. Pimenta - 31/5/23

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