Matéria publicada no Globo afirma que o sogro de Juscelino Filho, ministro das Comunicações, usou a sede dos ministérios para despachar com empresários. Embora despache do Ministério das Comunicações, o empresário Fernando Fialho não tem qualquer relação com o setor. Ao jornal Folha de S. Paulo, o ministro afirmou que o sogro despachou do gabinete.
A imprensa golpista não perde tempo, pega esses lixos políticos que estão dentro do governo e tenta associá-los ao presidente Lula. O Estadão, algum tempo atrás, publicou uma matéria afirmando que esse cidadão – Juscelino Filho – escondeu do Tribunal Superior Eleitoral um patrimônio de R$2,2 milhões. A reportagem faz um cruzamento de dados e liga diretamente o ministro à compra de cavalos de raça e entre outras coisas que são, em primeira instância, altamente suspeitas.
Neste momento, o governo Lula enfrenta dois tipos de direita golpista no poder. A direita ligada ao Arthur Lira, que é mais poderosa e desafia o governo a todo minuto, e a direita mais golpista, menos relevante, que são os figurões que compõe o governo de uma forma mais genérica, como Alckmin, Tebet, Marina Silva etc. São direitistas também, mas sem possuir um poder como tem o bloco do Congresso ligado a Lira.
Juscelino é da ala que não agrega nada, está do lado desse setor frente-amplista, não tem força nenhuma no Congresso e vai passar o tempo todo desmoralizando o governo Lula com suas falcatruas junto aos seus comparsas. Esse cidadão deve ser expulso do governo imediatamente. A justificativa para mantê-lo no Executivo seria a de conseguir o apoio do União Brasil, o que também não lhe garante nenhum apoio efetivo. Pois, ao manter Juscelino, ele não consegue o apoio de todo o União Brasil, mas sim de um setor inexpressivo. Fica claro que não há motivos concretos – senão a pura pressão política por parte da direita e da imprensa burguesa – para Lula não se livrar imediatamente dos elementos direitistas da frente ampla.
Se livrar desse setor frente-amplista, inclusive, facilitaria a vida de Lula com o Congresso porque eria mais fácil enfrentar a direita mais poderosa. Por outro lado, Lula não deve abrir mão do apoio popular, é preciso mobilizar e manter as massas pressionando a direita no Congresso e no governo de uma forma geral. Em ambos os casos, trata-se de setores totalmente antinacionalistas e que estão ali para atrapalhar o desenvolvimento econômico do País em prol da burguesia, seja a burguesia brasileira, seja a imperialista.
Se Lula quer mobilizar a população, ele precisa se apoiar em uma política de polarização, em uma política de apelo às massas. E vai ser muito mais fácil levar adiante essa política se não tiver esses elementos em seu governo. São verdadeiros encostos que só confundem o cenário, que só tornam mais difícil o governo se entender com o povo.