Desde antes mesmo de o governo Lula assumir o mandato, a questão ambiental já aparecia como um dos principais flancos de entrada das pressões do imperialismo no governo. A escolha de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente deixou esse flanco ainda mais exposto.
Marina Silva é uma mulher de confiança do imperialismo no que diz respeito às chamadas políticas ambientais. Ligada a ONGs internacionais, ela é a representante da política ecológica demagógica e cínica do imperialismo, cuja função é frear o desenvolvimento dos países pobres, além de preparar o terreno para que as grandes empresas imperialistas explorem o território desses países.
O Ministério de Minas e Energia, juntamente com a Petrobrás, colocaram em marcha um projeto para iniciar a exploração de reservas de petróleo na foz do Rio Amazonas. O projeto visa, a princípio, verificar a disponibilidade e viabilidade da exploração na região para, aí sim, iniciar o projeto de exploração propriamente dito, previsto para 2030. Há grandes chances de sucesso, já que, em regiões próximas, da Guiana Francesa, empresas já estão explorando petróleo.
A iniciativa é essencial para o desenvolvimento não apenas da região – é importante lembrar que o Amapá e outros estados da região sofrem com um profundo atraso econômico -, mas de todo o País.
É aí que entra o Ministério do Meio Ambiente, liderado por Marina Silva. O presidente do IBAMA, órgão subordinado ao ministério, indeferiu o pedido da Petrobrás de exploração do petróleo na região.
Marina Silva já havia declarado, em entrevista dada a um portal chamado Sumaúma, em março, que a “Petrobrás não pode continuar como uma empresa de exploração de petróleo”. A declaração, uma verdadeira aberração, demonstra as intenções da ministra: ela quer, se possível, que o Brasil retroceda para a idade da pedra.
Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, em março, o gabinete de Marina enviou ofício ao Ibama com um abaixo-assinado, organizado por uma ONG chamada Coalizão Pelos Rios, “em defesa da biodiversidade e das comunidades indígenas e tradicionais da foz do Rio Amazonas”.
Também segundo o Estadão, no dia 12 de abril, 80 organizações, incluindo a WWF e o Observatório do Clima, entregaram nota aos ministérios e ao Ibama pedindo o arquivamento do pedido de licenciamento.
Fica bem claro que é o imperialismo que está por trás dessa política. Todas elas são ONGs e organizações ligadas direta ou indiretamente a grupos estrangeiros.
A alegação do Ibama para impedir a exploração é a de que o projeto apresentado não é suficientemente seguro, mas o presidente da Petrobrás, Jean paul Prates, afirma que nunca houve vazamento durante atividade de perfuração em mar.
Para quem tem dúvida sobre o caráter pró-imperialista da decisão do Ibama, basta saber que a presidenta do órgão, durante o governo Temer, Suely Araújo, é diretora do Observatório do Clima.
Integrantes do partido de Marina, a Rede Sustentabilidade, afirmaram que a ministra poderia sair do governo caso o projeto passasse. Nesse caso, temos que concordar: que saia logo! O povo brasileiro elegeu Lula não para respeitar os interesses imperialistas, mas para fazer o Brasil crescer economicamente e possibilitar que povo retome seus direitos básicos.
O governo Lula precisa estar atento às atividades de sabotagem do imperialismo, capaz de destruir o meio ambiente para fazer valer seus interesses. O Equador denunciou que um oleoduto da empresa estatal Sistema de Oleodutos Transequatoriano (SOTE) foi sabotado nesse dia 10, o que gerou vazamento em um rio amazônico.
Esse é o método do imperialismo e é preciso denunciar as tentativas de tomar conta da Amazônia. É isso o que está por trás da política pseudo-ambiental de Marina Silva e das ONGs.