Passado mais de um ano do conflito entre OTAN e Rússia, o imperialismo já está em uma nova fase de ataques à população ucraniana. Como se não bastassem as mortes e a destruição do país causada por eles, o imperialismo mundial através de seus órgãos máximos de dominação financeira de todo o planeta, o Banco Mundial e o FMI, agora discutem números para a “reconstrução” da Ucrânia.
A medida fará de refém o que restou daquela população, toda a economia e o serviço público ucraniano estará finalmente sob o domínio completo do imperialismo mundial, principalmente o norte-americano, tendo em vista o colapso causado também pelo conflito nos países da Europa ocidental.
A imprensa burguesa já noticiou o fato. A culpa, segundo eles, como não poderia deixar de ser, é atribuída aos russos, cabendo às instituições financeiras imperialistas reparar os danos.
De acordo com levantamento, os danos causados na Ucrânia ultrapassam os R$750 bilhões, o resultado foi obtido a partir de um relatório financiado pelo governo do Reino Unido com apoio do notório órgão golpista norte-americano ligado a CIA, USAID (Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional).
O relatório faz parte de um projeto chamado “A Rússia pagará”, um projeto criminoso que estimula a população, empresários e organizações a relatar os danos sofridos pelo conflito para que seja cobrado da Rússia. Como divulgação da iniciativa, é utilizado o seguinte lema: “conte-nos sobre suas perdas – faça a Rússia pagar”.
A plataforma é apoiada pela Transparência Internacional, por diversos ministérios do governo ilegítimo da Ucrânia e pelo Instituto KSE (centro analítico da Escola de Economia de Kiev). Percebemos então mais uma movimentação do imperialismo na tentativa de encobrir seus crimes e culpar a Rússia pelo conflito iniciado pela própria OTAN. Quem deveria pagar não só pelos danos na Ucrânia, mas em todo o planeta, é o próprio imperialismo.
A estimativa do Banco Mundial para a reconstrução da Ucrânia, de acordo com uma avaliação realizada pelo governo ucraniano, as Nações Unidas e Comissão Europeia, tem o valor equivalente a R$2,1 trilhão.
Foi anunciada ajuda de R$82 bilhões do FMI para “reconstrução” da Ucrânia. Segundo uma nota do órgão, o plano promete: “sustentar a recuperação econômica gradual, enquanto são criadas as condições para um crescimento no longo prazo, em um contexto de reconstrução após o conflito (com a Rússia) e com um mapa para a adesão à União Europeia”.
As informações confirmam a já conhecida tática do imperialismo de dominação em suas áreas de interesse: o estímulo de conflitos, a destruição da área e a iniciativa de reconstrução através dos principais órgãos financeiros de seu controle, usando como base a doutrina neoliberal.
Entretanto, fato é que essa “reconstrução” que o FMI diz defender é uma farsa. Na realidade, emprestam dinheiro para o país que o próprio imperialismo destruiu e, na contramão, querem que esse país aplique de maneira ferrenha a política neoliberal. Trazendo danos ainda mais devastadores à população ucraniana às custas do enriquecimento da burguesia imperialista.
Recentemente, passaram-se vinte anos da invasão ilegal norte-americana no Iraque. Em nome do combate ao terror, o exército imperialista invadiu o país e simplesmente destruiu toda sua economia e o serviço público iraquiano para logo após “reconstruir” mediante empréstimos e privatizações. O mesmo será feito com a Ucrânia.
A Rússia não deve pagar pelos crimes do imperialismo, é necessário todo apoio ao esforço russo em defender a sua população e os ucranianos de mesma origem que sofrem há anos as hostilidades do governo nazista de seu país.