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15º título desde 1990

Fluminense vence e mantém supremacia brasileira na Libertadores

Atacado pelo que seus críticos costumam chamar de “dinizismo”, a filosofia de jogo de Diniz não podia ter melhor teste do que o troféu que conquistou

No último dia 5 o Fluminense Football Club derrotou os argentinos do Boca Juniors por 2 a 1 e conquistou, pela primeira vez, uma das competições mais importantes do planeta, a Copa Libertadores da América, que chegou nesse ano em sua edição de número 64. Com a final disputada no Maracanã, o clube carioca teve ao seu lado a torcida, um elenco nitidamente superior e um dos melhores técnicos da atualidade: o mineiro Fernando Diniz.

Com a vitória, o Brasil chega a 23 conquistas da competição, 2 a menos do que a Argentina, que ainda detém a maior parte dos títulos. Desde os anos 1990, porém, quando as esquipes brasileiras passaram a valorizar mais o torneio continental, foram apenas 9 conquistas do país vizinho (a última foi do River Plate, em 2018), contra 15 dos clubes brasileiros.

Acumulando o cargo de treinador interino da Seleção Brasileira, Diniz deu um belo “cala-a-boca” a seus críticos e defensores dos treinadores estrangeiros, após conquistar o torneio continental com uma campanha irretorcável, com direito a goleadas homéricas como o 5 a 1 contra o também argentino River Plate, ainda na fase de grupos. Além disso, outra importante e elástica vitória foi obtida em pleno Paraguai, contra o Olímpia. Carrasco do também carioca Flamengo (à época da derrota, treinado pelo argentino Jorge Sampaoli), o Olimpia chegou às quartas-de-finais precisando tirar a vantagem do “Fluzão” construída no Maracanã, onde o tricolor das Laranjeiras derrotara os paraguaios por 2 a 0. Em Assunción, no entanto, 3 a 1 para o time brasileiro.

Na última partida das semi-finais, contra o gaúcho Internacional de Porto Alegre, o time de Diniz precisou de mais do que um toque de bola envolvente e assim o fez. Após empatar o primeiro jogo em 2 a 2 na Cidade Maravilho, o Tricolor foi à capital gaúcha e sofreu um gol logo aos 10 minutos do primeiro tempo. Em uma partida emocionante e demonstrando grande poder de reação, o “Flu” conseguiu empatar aos 36 minutos do segundo tempo e arrancou uma virada seis minutos depois, aos 42, deixando mais de 50 mil colorados que lotaram o Beira Rio atônitos com o milagre que testemunhavam.

Claro que “milagre” é uma hipérbole. O padrão de jogo dado por Diniz à equipe carioca, o toque de bola envolvente, mas buscando o gol – sem enfadonha troca de passes curtos para os lados proporcionado pelo tiki-taka de Pep Guardiola – e também a fibra é que proporcionaram a virada heroica. Foi o trabalho do treinador e a garra dos jogadores que criaram as condições perfeitas para que dois gols em menos de 6 minutos, e a poucos instantes do fim da partida, pudessem acontecer.  

A conquista da Libertadores coroa, portanto, uma impressionante campanha conduzida pelo Tricolor, que chegou à finalíssima da Libertadores para enfrentar um típico time argentino, cuja principal qualidade é catimba. Um adversário difícil portanto.

Copeiro, o Boca passeou pela fase de grupos, mas chegou à final sem ter vencido uma única partida, arrancando a classificação nos pênaltis, desde as oitavas-de-finais até a semi-final, quando superou o Palmeiras empatando sem gols em Buenos Aires e por 1 a 1 em São Paulo. No Maracanã, o time portenho ainda conseguiu levar o jogo para a prorrogação, animando a torcida argentina que esperava ver o mesmo feito das outras fases se repetir. John Kennedy, no entanto, estava a postos para marcar ainda no primeiro tempo da prorrogação.

Em um lindo arremate para a meta portenha, de primeira, após cabeceio de Keno, o “Flu” voltou à ficar a frente no placar, conseguindo ser também a única equipe a vencer o Boca Juniors na competição desde a fase de grupos. 

Atacado pelo que seus críticos costumam chamar de “dinizismo”, a filosofia de jogo de Diniz não podia ter melhor teste do que o troféu que conquistou. Comprova que o treinador está a anos-luz dos badalados técnicos estrangeiros e é plenamente capaz de levar uma equipe ao topo de uma competição do tipo mata-mata, como a Copa do Mundo.

Ainda, comprova também que o País do futebol não precisa de técnicos de fora, especialmente na Seleção canarinho. Temos o que há de melhor em nossa terra.

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