A cada Copa do Mundo que passa a entidade reguladora do futebol profissional internacional, FIFA, anuncia a realização de mudanças para supostamente “aperfeiçoar” o esporte. A mais nova medida que a FIFA estuda impor nas partidas é nos penaltis. Dessa vez, a chamada “catimba” que muitos goleiros usam e ficou bem característica pelo goleiro argentino Emiliano Martínez na última Copa do Mundo, se tornaria proíbida no esporte.
Provocar, tentar desestabilizar, sob qualquer interpretação o jogador adversário que cobrará a penalidade se tornará uma infração no esporte. O jornal inglês The Sun afirmou que a entidade pretende inibir possíveis “jogos psicológicos” na hora das cobranças, ficando a critério da arbitragem e agora também do VAR, para anularem uma cobrança de pênaltis, algo que pode ser decisivo num jogo.
No passado, a cobrança de penaltis já havia sido afetada inúmeras vezes, tendo uma das mais famosas as chamadas “paradinhas”, tipicamente utilizadas pelos jogadores brasileiros para enganar com habilidade e destreza os goleiros adversários.
O goleiro também passou a ser proíbido de ir à frente na hora da cobrança, entre outras tantas modificações que em grande medida tiveram como objetivo tornar a cobrança o mais mecânica e burocrática possível. Aumentando assim a possibilidade daqueles jogadores que tiverem menos habilidade, menos inteligência de jogo, a marcarem em suas cobranças.
Na prática, todas estas alterações, acompanhadas da implementação do VAR e outras medidas de controle, tem como único objetivo tornar o futebol um esporte cada vez mais mecânico, burocrático e passível de uma ampla interferência por parte da equipe de juizes, agora, inclusive externa ao campo. Dessa forma, a ação da FIFA mais serve para atacar o futebol-arte do que qualquer outra coisa. É preciso um esporte menos burocrático e que valorize mais a habilidade e a inteligência esportiva do jogador.