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A saída é a paralisação

Ferroviários britânicos em luta por seus direitos

A luta com as empresas operadoras ferroviárias continua e a greve recente e altamente eficaz dos trabalhadores nas 14 empresas ferroviárias mostrou sua determinação.

Os operadores de trem do sindicato ferroviário da Inglaterra, RMT, votaram favoravelmente, na segunda-feira (20), a uma oferta da empresa de infraestrutura Network Rail que ofereceu entre 9,2 e 14,4%. Após longo período de greve, dos 90% de trabalhadores que votaram, 76% votaram a favor da oferta da empresa.

O resultado foi considerado um alívio para a empresa e o sindicato considerou uma vitória, conforme apontou o portal progressista Jungewelt.de, na quarta-feira (22). Em relação à proposta inicial da empresa foi realmente uma vitória, pois a primeira oferta da Network Rail foi de 2% de aumento, há um ano. Pela proposta atual seriam um aumento de 14,4% para os salários mais baixos e 9,2% para os salários maiores, além disso um aumento de salário base entre 15,2% para os salários mais baixos e 10,3% para os mais altos. Um incremento no salário médio em mais 1,1 %. Os pagamentos adicionais também foram aumentados.

Foto: Reprodução

Do ponto de vista da proposta do governo foi igualmente uma vitória pois o governo neoliberal sinalizava que aumentos acima de 3,5% “são inacessiveis e aumentariam a inflação”. A inflação no Reino Unido está aproximadamente em 10,2%.

Contudo, como destacado por Steve Hedley, ex-deputado do RMT em entrevista ao JungeWelt, terça-feira (21), o aumento ainda está mais de 11% abaixo do nível pré-pandêmico.

O sindicato ainda insiste na questão da reestruturação de manutenção, o que ainda não está sendo aceito pela Network Rail, situação que deixa os operadores em risco.

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A RMT sinaliza ainda com o prolongamento de um plano social até janeiro de 2025 e maiores descontos nas viagens de comboio em tempos de lazer. O  secretário geral do RMT, Mick Lynch, declarou na noite de segunda-feira (20): “A ação de greve, a solidariedade e a determinação dos membros forçaram um novo dinheiro e uma nova oferta que foi claramente aceita por nossos membros. A briga acabou agora.”

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Analisando o noticiário da JungeWelt que coloca mais exigências por parte da RMT que vão ser expostas com novas greves que já estão agendadas, este Diário considera que os trabalhadores da RMT tomaram a postura mais correta para, senão minimizar todas as suas perdas, pelo menos não continuarem sendo esfolados à mercê da Network Rail que nasceu como resultado de privatização do sistema ferroviário inglês. Visa somente o lucro e a única maneira de diálogo com a empresa é fazendo com que ela seja atacada diretamente no que lhe é primordial, o lucro.

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Ressaltamos, porém, que a única maneira de não levar uma rasteira nas negociações e nos acordos de greve seria que toda a rede ferroviária inglesa fosse administrada diretamente pelos trabalhadores da empresa, o RMT já demonstrou a competência da classe. A burguesia repetidas vezes tem descumprido os acordos.

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“Nossa luta com as operadoras ferroviárias continua e a greve recente e altamente eficaz de nossos membros nas 14 empresas ferroviárias mostrou nossa determinação. A bola está nas mãos do governo”, disse Lynch.

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As próximas greves do RMT e de outros sindicatos em 14 empresas ferroviárias estão planejadas para 30 de março e 1º de abril. Segundo a BBC, mais da metade de todas as conexões ferroviárias foram canceladas durante a última greve dos ferroviários da RMT no último sábado . A conclusão é considerada uma tendência para novas negociações no transporte público.” noticiou o JungeWelt (destaque em negrito é nosso).

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Os trabalhadores precisam enxergar que a empresa só fatura a troco de exploração de mão-de-obra, e não, os trabalhadores não podem se contentar com aumentos baixos e o lucro maciço indo parar nas mãos da empresa, que além de não pagar um salário adequado, não reinveste na própria atividade que exerce; o lucro é desviado para outros alvos. Os trabalhadores têm que exigir postura correta dos Sindicatos em favor de toda a classe. Segundo a JungeWelt a tranquilidade parece distante. Trabalhadores de uma das maiores empresas de ônibus públicos entraram em greve “indefinida” na segunda-feira (20), de acordo com o sindicato Unite. A National Express West Midlands emprega 3.100 motoristas e transporta mais de 600.000 passageiros diariamente. Os funcionários recusaram um salário de 14,3 % mais oferta da empresa.”

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