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As mentiras dos sionistas

Falar apenas do Hamas é manipulação para justificar o genocídio

Hamas luta ao lado de outras organizações política

No dia 28 de outubro, cinco organizações de resistência da Palestina reunidas em Beirute emitiram uma declaração em conjunto sobre a guerra em curso, são elas o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o Movimento da Jihad Islâmica, a Frente Popular para a Libertação da Palestina, a Frente Democrática e a Liderança Geral da Frente Popular. O documento é só mais uma das provas de que a luta palestina não é somente liderada pelo Hamas, como faz querer crer a máquina de propaganda de guerra americano-sionista.

Desde o dia 7 de outubro quando ocorreu a Tempestade Al-Aqsa, os meios de comunicação e as redes sociais foram inundadas por um tsunami de mentiras da propaganda americano-sionista, construindo uma série de narrativas para imediatamente organizar toda opinião pública mundial contra os combatentes do Hamas. Em poucas horas, inúmeras notícias falsas já estavam nas manchetes da imprensa burguesa brasileira e mundial, como os “massacre da rave”, “os bebês decapitados”, “as mulheres estupradas”, “assassinatos indiscriminados de civis” e por aí vai. Todas essas ações bárbaras teriam sido supostamente organizadas pelo Hamas. 

Cabe mencionar outra narrativa que foi construída desde o primeiro minuto da guerra e que parece ter feito a cabeça dos desavisados: o ataque foi organizado somente pelo Hamas. Meia verdade. Uma pesquisa mais cuidadosa revelava desde muito cedo que o ataque foi articulado por várias organizações armadas palestinas, não apenas o Hamas, dentre elas o Movimento da Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina. Bastava ir direto na fonte, como os sites das próprias organizações palestinas, para obter essa informação. Essa iniciativa tão básica de buscar informações fora do circuito da imprensa burguesa, ouvir o outro lado, se dar o benefício da dúvida, contudo foi totalmente ignorada pelas esquerdas. A isca da propaganda de guerra americana-sionista foi mordida muito rápido. Ao longo da semana, uma série de textos escatológicos da esquerda atacavam o Hamas, condenavam suas ações e  “seus métodos”, tentando desassociá-lo da luta palestina. Uma verdadeira capitulação à pressão sionista. 

A reflexão necessária a se fazer é: qual o motivo por trás da propaganda nazisionista em construir a narrativa de que o Hamas agiu sozinho e agiu como um “cachorro louco”, um “bárbaro malvado”, atribuindo a ele falsamente toda horda de crimes monstruosos imagináveis?

A resposta é: para incitar todo o mundo a se colocar contra ele e a repudiar sua luta de resistência. E o mais importante que deve ser mencionado: justificar os crimes bárbaros que estão sendo agora cometidos sistematicamente contra a população civil como algo necessário e criminalizar qualquer movimento que os defenda na contramão da propaganda de guerra.

Ora, se o Hamas é a “encarnação de todo mal”, se eles são “terroristas”, então é necessário com urgência exterminar toda Faixa de Gaza. Ademais, aqui se abre o caminho para que todos aqueles que defendam essa “encarnação de todo mal” sejam criminalizados por apoio ao terrorismo. Assim se constrói a narrativa do imperialismo. E essa criminalização já está sendo levada adiante não só no Brasil, como em vários países. Uma queixa crime já foi apresentada contra um companheiro do PCO por iniciativa de uma horda de deputados bolsonaristas. A justificativa é que na sua defesa do Hamas, feita em uma manifestação pública, ele estaria “fazendo incitação ao crime”.

O mais deplorável nesse cenário é que a esquerda mordeu essa isca também e joga água nesse moinho, contribuindo com esse plano monstruoso do nazisionismo. Assimilando acriticamente a máquina de propaganda de guerra, ela condena as ações do Hamas e, pasmem, impede, durante as manifestações, militantes de manifestar seu apoio à organização que está no campo de combate lutando contra a limpeza étnica levada à frente por “Israel”, como fizeram militantes do PSTU nos atos de defesa da Palestina no último sábado, 28 de outubro. O que esperam esses diletantes? Que as forças de resistência lutem contra uma limpeza étnica com cartas de repúdio? Com moções na ONU? É patético e é o mais alto grau de capitulação, pois impede o trabalho fundamental de esclarecimento da população que desmascare a propaganda do sionismo, que visa unicamente tornar “aceitável” as ações criminosas cometidas pelos genocidas de “Israel” na Palestina e eliminar toda resistência popular. 

A declaração conjunta das forças de resistência em Beirute é, portanto, mais uma das provas de que essa ação não é nem isolada e tampouco bárbara, mas uma luta gloriosa e legítima diante da limpeza étnica perpetrada pelo nazisionismo há décadas. Na declaração, que traduzimos e apresentamos abaixo, os combatentes enfatizam: “Esta epopeia heróica é a batalha de todo o povo palestino”. Nós assinamos embaixo das organizações armadas. Viva o povo palestino e sua resistência armada!

Do Escritório da Frente Popular para a Libertação da Palestina no Líbano

“As cinco forças palestinas realizaram uma reunião de liderança em Beirute no sábado, 28 de outubro de 2023, para discutir os desenvolvimentos na batalha de Tempestade Al-Aqsa com o inimigo sionista e seu ataque brutal à Faixa de Gaza.

As cinco forças saudaram em sua declaração os mártires do nosso povo palestino e nossos compatriotas na resistente Faixa de Gaza, que enfrentam uma campanha de genocídio organizada. Elas afirmaram que são pessoas de dignidade, honra e resistência, são os fiéis defensores de sua causa e sua pátria, e fizeram um compromisso para continuar no caminho da resistência até a conquista da vitória sobre o inimigo sionista.

Os participantes enfatizaram o seguinte:

Esta epopeia heroica é a batalha de todo o povo palestino, lutando em defesa de sua terra, santidades, existência e direito à liberdade, contra um inimigo brutal que não poupa ninguém de nosso povo em seus crimes, visando hospitais, mesquitas, igrejas, universidades, ambulâncias, cortando eletricidade, água, combustível, internet e comunicações celulares para nosso povo sitiado.

Manter a unidade nacional como a pedra angular na luta contra a guerra de genocídio sionista contra nosso povo, rejeitar tentativas do inimigo de dividir ou destacar qualquer parte de nosso povo, e enfatizar a união de esforços, unindo-se nesta batalha crucial.

Apelamos às massas de nossa nação árabe e islâmica, bem como aos defensores da liberdade no mundo, para continuar seus esforços a fim de deter a agressão sionista americana, abrir passagens, fornecer ajuda humanitária e combustível, e retirar os feridos da Faixa de Gaza.

Saudamos as forças de resistência em nossa nação, especialmente no Líbano, Síria, Iraque, Iêmen e Irã, e afirmamos que nosso povo palestino não está sozinho nesta batalha.

Responsabilizamos os Estados Unidos pela guerra de genocídio que nosso povo enfrenta, pois escolheram apoiar e intensificar essa guerra contra nosso povo. Isso exige uma forte resposta dos países árabes, islâmicos e amigos de nosso povo para deter esse massacre contínuo contra nosso povo palestino.

Exigimos a abertura do cruzamento de Rafah, o fornecimento de ajuda humanitária, combustível, equipes médicas e assistência ao nosso povo sem demora, permitindo a transferência dos feridos para o Egito e países árabes e islâmicos sem interferência da ocupação ou de quaisquer países agressores.

Chamamos as massas de nosso povo em toda a Palestina ocupada para intensificar todas as formas de resistência e luta contra o inimigo sionista, visando seus soldados e colonos, fortalecendo as iniciativas populares de resistência contra os ataques dos colonos e a opressão das forças inimigas.

O bloqueio completo do acesso a Gaza pelo inimigo, o cerco e o corte total de comunicações e internet são uma cobertura para um grande crime de genocídio, e insistimos na quebra desse bloqueio com uma posição oficial e popular árabe.

Defendemos o direito de nosso povo à resistência e confiamos na vitória de nosso povo nesta batalha, pois lutamos em defesa de nossa terra, povo e santidades, para a libertação, o retorno, a determinação do destino e o estabelecimento do Estado palestino com Jerusalém como sua capital.

Glória aos mártires, cura para os feridos, liberdade para os prisioneiros e vitória para nosso povo e sua corajosa resistência.”

Movimento de Resistência Islâmica Hamas – Movimento da Jihad Islâmica – Frente Popular para a Libertação da Palestina – Frente Democrática – Liderança Geral da Frente Popular.

Sábado, 28 de outubro de 2023.

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