Após o dia 7 de outubro, o Estado sionista realizou uma campanha gigantesca declarando uma guerra total aos combatentes palestinos. Mesmo com toda propaganda e apoio do imperialismo, oceanário não é favorável a Forças de “Defesa” de Israel (IDF, sigla do inglês Israel Defence Forces).
Pelo contrário, o plano de invasão a Zona de Gaza da guerra total revelou-se uma série de erros estratégicos. Seja a invasão por terra ou bombardeio, os custos e consequências não foram devidamente avaliados pelos sionistas, lembrando em muito o episódio de Stalingrado, durante a II Guerra Mundial.
Invasão por terra
Originalmente, o governo de Netanyahu pretendia realizar uma grande incursão sobre Gaza com força total. Nas palavras de Netanyahu: “Ontem à noite, forças terrestres adicionais entraram em Gaza, marcando o início da segunda fase da guerra, que visa destruir as capacidades militares e políticas do Hamas”.
Segundo o Chefe do Estado-Maior das IDF, General Herzi Halevi: “Não há conquistas sem riscos e não há vitória sem pagamento de preços. Para expor o inimigo e destruí-lo, não há outra maneira senão entrar em seu território com grande força.”
Entretanto, esse plano se mostrou extremamente ineficiente, o terreno de Gaza, cheio de escombros após os bombardeios, limitou o uso de tranques e veículos blindados, retirando um importante recurso da IDF. Restando a estes para confronto apenas a infantaria e forças especiais.
A realidade é que a IDF e a unidade especial norte-americana “Delta”, não tem o mesmo nível de conhecimento da geografia local que o Hamas e demais milicias. Outro ponto é que tanto a IDF, quanto a unidade especial norte-americana não estão familiarizadas com confronto prolongados.
Por outro lado, os combatentes palestinos contam com uma estrutura de túneis que permite avanços e retiradas protegidos. Além de servirem de abrigo, hospital de campanha e armazenam para armas e suprimentos.
Nestes, cenário grande grupos de soldados da IDF, acabam sendo alvos fáceis para os combatentes palestinos. Segundo o antigo conselheiro do Pentágono Douglas Macgregor, tropas israelitas e americanas que tentavam entrar em Gaza foram “despedaçadas e sofreram pesadas perdas”.
A divisão da IDF em grupos menores não ajudar, os mesmos não estão habituados ao combate físico. Um maior intervenção de combatentes externos norte-americanos ou de outras nações imperialistas tender a envolver mais agentes no conflito e abrir novos flancos, agravando a situação já ruim.
Bombardeios mais mortíferos
A maneira mais viável para a IDF dominar a situação seria intensificar os bombardeios, enfraquecendo os combatentes palestinos. Todavia, essa política ocasionar mais baixas civis e pressão internacional, aventando novamente a possibilidade de escalada do conflito.
O imperialismo dos EUA, que sempre apoio essa política, tentar certa parcimônia nesse momento, perante a repercussão do genocídio do povo palestino. Essa foi uma das razões dos EUA tentarem uma estratégia diferente com grupos menores e forças especiais.
É certa que o custo políticos dos bombardeios é gigantesco ao sionismo e seus apoiadores. Além de ocasiona uma pressão imensurável em todos os governos dos países árabes da região.
Gaza prevalece
Todas as estratégias praticadas pelo governo sionista de Israel tem um custo político altíssimo, com pouquíssimo retorno. Todos os acontecimentos até o momento demonstraram o blefe da invencibilidade de Israel e sua incapacidade de dominar sobre o território da Faixa de Gaza.
O povo palestino resiste a todas essas décadas de ocupação, e mesmo com o apoio do imperialismo, a continuidade do enclave de Israel esta em questão. Fragilizando toda a dominação imperialista na região.
Se no dia 7 de outubro, declaramos que o Hamas e demais combatentes palestinos tiveram uma vitória política, mesmo que isso não se concretizasse do ponto de vista militar. Hoje, com os dados atuais, podemos afirmar que os palestinos provavelmente terão além da vitória política uma vitória militar, ao menos na Faixa de Gaza, território que Israel dificilmente conseguira tomar.
Ruína do governo sionista
A pressão sobre o governo de Netanyahu, não é apenas internacional, pelo contrário, há uma grande pressão interna contra o mesmo. Sua política ditatorial tem consequências com os grupos opositores internos, e os resultados desse conflite tendem a devastadores sobre Netanyahu.
Neste conflito já ocorreram o maior de número de baixa de judeus desde o Holocausto. Somados as derrotas que se acumulam, poder levar a maior crise política do Estado sionista, algo sem precedentes em Israel.
Novamente, vemos aqui que a Faixa de Gaza pode ser um ponto de inflexão na ofensiva imperialista através do sionismo no oriente médio. Assim como Stalingrado, foi um ponto de inflexão para ofensiva do Terceiro Reich.
Fraternidade com palestinos
Em sentido contrário ao do sionismo, os palestinos contam cada vez mais com apoio da classe trabalhadora de outras nacionalidades e povos. Sentimento esse traduzido em um crescente apoio militar a luta pela autodefesa dos palestinos.
Embora os governos imperialistas tentem proibir, a exemplo da Alemanha, Inglaterra, França, cada dia crescem as mobilizações em todo o mundo. Mesmo que o flagelo do povo palestino tenha acontecido com aprovação ou no mínimo omissão de todos os governo, suas populações, principalmente no povo árabe, tendem pressionar seus governos e forçar o envolvimento, inclusive militar, em defesa dos combatentes palestinos.