Conforme relatos de fontes de dentro do Hospital al-Shifa, alvo de uma incursão das Forças de Defesa Israelenses (FDI) em 15 de novembro, ao canal de notícias catarense Al Jazeera, os soldados sionistas destruíram depósitos de medicamentos da instituição. O hospital já enfrentava cortes de energia e água, suspendeu a admissão de novos pacientes em 12 de novembro devido à falta de remédios e condições adequadas.
Além da destruição de suprimentos essenciais para o atendimento dos palestinos feridos, Omar Zaqout, funcionário do pronto-socorro do Hospital al-Shifa, relatou à Al Jazeera que os soldados detiveram e agrediram brutalmente alguns homens que buscavam refúgio no hospital. Eles foram interrogados no pátio do hospital, estando nus e diante de tanques de guerra.
Segundo a fonte do Al Jazeera, os soldados israelenses não trouxeram “qualquer ajuda ou suprimento, apenas terror e morte”, referindo-se à promessa de ajuda feita por Israel no sábado anterior aos bebês prematuros do hospital, dois dos quais faleceram devido à falta de energia.
Por sua vez, as FDI afirmaram ter “entregado equipamento humanitário e o deixado na entrada do hospital”, com vídeos nas redes sociais mostrando soldados carregando macas, incubadoras e caixas de equipamentos médicos.
Um médico entrevistado pela Al Jazeera, Ahmed El Mokhallalati, descreveu a presença de tanques israelenses dentro e ao redor do hospital, acompanhados de tiros e bombardeios. Ele enfatizou a situação aterrorizante para as famílias, civis e a equipe médica no hospital, que está enfrentando escassez de água e comida há seis dias.
Mokhallalati destacou que o posto de oxigênio dentro do hospital está inoperante, descrevendo a situação como um sistema totalmente colapsado, incapaz de fornecer assistência aos pacientes. Ele pediu à comunidade internacional que tome medidas para impedir as ações de Israel em Gaza.
O médico também mencionou que as pessoas no hospital não conseguem sair para buscar ajuda, mover pacientes ou procurar água e comida. O Hospital al-Shifa, que abriga três mil palestinos fugindo dos bombardeios israelenses, incluindo 36 bebês prematuros, está sob operação das FDI, que alegam a presença de centros operacionais do Hamas no subsolo e o uso do hospital como abrigo pelos combatentes. Antes da operação, o hospital estava cercado desde 11 de novembro.